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15 de setembro de 2004

Será que vai?

O governo vai tentar aprovar amanhã o projeto de Lei de Biossegurança que está há mais de um ano atravancado no Senado. Ele libera e regula, entre outras coisas, o uso de sementes trangênicas no Brasil e, segundo a Folha de S. Paulo (só para assinantes), seu texto é uma derrota para os ministérios da Saúde e do Meio Ambiente. Os eventuais papéis que ambos poderiam ter em relação ao tema foram repassados à Comissão Tecnica Nacional de Biossegurança. Não há muito tempo mais para empurrar com a barrriga a aprovação do projeto. O Brasil vai começar a plantar soja para a próxima safra em outubro. Com ou sem lei, boa parte dela será transgênica. É pelo menos o que diz, com todas as letras, o presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul à O Estado de S. Paulo (só para assinantes).

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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15 de setembro de 2004

Anti-revolucionário

A MIT Technology Review (gratuita, pede cadastro) publica entrevista com o cientista político Greg Conko, que acaba de lançar um livro, The Frankenfood Myth, no mínimo oportuno para a discussão sobre a modificação genética de sementes. O texto é a favor dos transgênicos e diz que a política de protestos contra eles está ameaçando a revolução pela biotecnologia.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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15 de setembro de 2004

Negócio da China

A aproximação comercial entre Brasil e China, pela qual o presidente Lula tanto tem se esforçado, chegou ao agrobusiness: a Embrapa, diz o Valor (só para assinantes), vai pesquisar o genoma da soja em parceria com os chineses. O Brasil é o terceiro maior exportador de soja do mundo, atrás dos EUA e da Argentina, e o último a aderir à soja transgênica. A pesquisa da Empraba com a Academia Chinesa de Ciências Agrárias pode ser a chance de não precisar de o Brasil não precisar da Monsanto, grande produtora das sementes geneticamente modificadas.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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15 de setembro de 2004

Exagero americano

Os paisagistas americanos estão incluindo nos jardins que desenham para clientes, um novo elemento: animais vivos. Alguns usam lhamas, outros vacas, faisões e até galinhas. Seus donos não estão nem aí para criá-los, conta reportagem do The Wall Street Journal (só para assinantes). Sua única função e servir de decoração – como as plantas.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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15 de setembro de 2004

O novo anti-Bush

Tony Blair rompeu com George Bush por causa do clima. Já era coisa esperada. Blair precisava reconstruir um certo prestígio junto ao eleitorado inglês, que está cada vez mais preocupado com questões ambientais, em especial com o fenômeno do aquecimento do planeta. No parlamento, onde foi provocado pelos conservadores, Blair se disse chocado com as possíveis consequências do efeito estufa e prometeu que vai tornar o tema um dos principais do G-8, forum que reúne as nações mais ricas.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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15 de setembro de 2004

Briga

Quando uma construtora resolveu construir dois prédios em terrenos muito próximos à sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), a Ford avisou: vai dar problema. A construtora não quis nem saber. Levantou sua obra e criou uma pendenga judicial que corre há 3 anos. Os moradores reclamam de vibrações insuportáveis em seus apartamentos. A Ford não fala, mas é evidente que ao sugeir que o condomínio fosse construido em outro lugar, tinha ciência de que era grande a possibilidade de confusão. A construtora foi avisada, mas alega que a empresa desrespeita as normas de ruídos e já foi autuada pela Cetesb. Alguém fez papel de bobo. Tudo indica que foram os compradores dos apartamentos. O Valor (só para assinantes) diz que o caso preocupa os sindicatos do ABC. Temem que estas disputas ambientais acabem levando as empresas para longe da cidade.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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15 de setembro de 2004

Anti-sal

O Guardian (gratuito) faz um perfil da Cash – sigla em ingles da Ação Consensual sobre o Sal e a Saúde – grupo fundado há dez anos para lutar contra o excessivo consumo de sal. Acusa o produto de ser responsável por cerca de 120 mil mortes por ano na Inglaterra. Graças aos seus esforços, o governo está lançando uma campanha de 4 milhões de libras para persuadir a população a reduzir a presença do sal no que ela come. O problema é que a maior parte do sal que é consumido já vem adicionado aos alimentos. Sobre esta parte do sal, nenhum consumidor tem controle. A Cash acha que o governo deveria antes agir junto aos fabricantes de comida.

Por Manoel Francisco Brito
15 de setembro de 2004
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14 de setembro de 2004

Promessa difícil

Em entrevista para O Estado de S. Paulo (só para assinantes), o presidente da República promete que não vai liberar o plantio de soja transgênica, como no ano passado, por Medida Provisória. Quer que o Senado discuta e vote já o projeto de lei que regula a questão e que tramita na Casa. O problema é o tempo. O plantio da soja começa em outubro. Com ou sem lei e com ou sem MP, a maioria das sementes que irão para debaixo do solo serão transgênicas. Leitura de 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004
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14 de setembro de 2004

Altos e baixos

Reportagem da Folha de S. Paulo (só para assinantes) diz que houve alteração nas medidas, e em consequência, também no ranking dos picos brasileiros. Técnicos do IBGE e do Instituto Militar de Engenharia, com a ajuda de satélite, afirmam que o ponto mais alto do território brasileiro, o Pico da Neblina, no Amazonas, tem 20 metros menos do que se supunha. Sua altura oficial passou a ser 2973 metros. O segundo lugar ainda pertence ao 31 de Março, também no Amazonas, que com a nova medição ficou 66 centímetros mais alto. A mudança de colocação aconteceu na Serra da mantiqueira, na região Sudeste, onde se supunha que as Agulhas Negras, no Rio, tinham o pico dominante. Nada disso. É o de Pedra da Mina, em Minas, que a 2798 metros do nível do mar, é 7 metros mais comprido que seu rival fluminense. Lê-se em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004
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14 de setembro de 2004

Varrendo do mapa

A história não chega a ser grande novidade, mas O Globo (gratuito, pede cadastro) produziu sobre ela uma boa reportagem. Os micos-leões-dourados da Reserva Biológica de Poço das Antas, no Estado do Rio estão sendo alvo de uma política de limpeza étnica há nove anos. Cem foram mortos até o ano passado. Este ano, os ataques recrudesceram e outros dez perderam a vida em condições bastante cruéis. Todos morreram com seus crânios esmagados e foram comidos. O Ibama instalou câmeras para tentar identificar os culpados. Até agora, só conseguiu ter vários suspeitos. Das mortes, o principal é o macaco-prego, que pode estar disputando território com os micos. De comer a carne dos mortos, a lista é imensa. Vai de jaguatiricas, a gambás e iraras, animal parecido com uma lontra. O curioso nisso tudo foi a demora dos funcionários do Ibama em acordar para o problema, que parece ser grande. Poço das Antas está sob pressão de caçadores e vivendo uma espécie de decadência de sua flora. Os caçadores podem ter contribuído para tornar a cadeia alimentar na Reserva instável, provocando a disputa territorial. A falta de árvores altas deixa os micos ainda mais à mercê de possíveis predadores. O texto não é longo. Não chega a levar 2 minutos para ser lido.

Por Manoel Francisco Brito
14 de setembro de 2004