Notícias
5 de setembro de 2004

Lento e brutal

O Frances chegou à costa da Flórida na hora prevista, madrugada de sábado, e da pior maneira possível, conta reportagem do The Miami Herald (gratuito). Lento e brutal. Os meteorologistas dizem que o furacão vai demorar a deixar a região e que portanto seus habitantes devem se preparar para pelo menos outras 24 horas de horror no domingo. No início da noite de sábado, seus efeitos já tinham atingido níveis terríveis. Além de obrigar a evacuação de 3 milhões de pessoas, deixou 1 milhão delas sem luz, derrubou árvores, casas, afundou barcos e praticamente interrompeu todo o tráfego aéreo na Flórida. O olho do furacão deve bater em terra na manhã de domingo. Cinco minutos de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
5 de setembro de 2004
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5 de setembro de 2004

Ciclo de destruição

Para quem se interessa por detalhes meteorológicos, o The New York Times (gratuito, pede cadastro) tem uma ótima reportagem explicando o que anda acontecendo com o clima na região do Caribe e por que, nos últimos anos, ela foi assolada por tantos furacões. Em 1995 encerrou-se um ciclo de 3 décadas de ventos relativamente calmos na área. A partir de então, o número de furacões violentos cresceu em média quase 3 vezes a cada ano. E as perspectivas são que, no futuro imediato, esse número deve aumentar consideravelmente. A causa é o aquecimento das águas no Atlântico Norte, que reduziu a instabilidade dos ventos no Equador – um dos fatores que contribuem para impedir a formação de furacões. Com ventos estáveis, eles se formam sem qualquer tipo de impedimento natural e acabam ganhando intensidade incomum. Não se deve cair na tentação de atribuir o que está acontecendo atualmente no Caribe às conseqüências do efeito estufa. Segundo os cientistas, a mudança faz parte de um ciclo natural de oscilação de temperatura da água nas regiões mais frias do norte do planeta que em geral dura 40 anos. O Caribe está vivendo a mesma experiência que passou entre os anos de 1925 e 1960, quando ventos com a violência dos que formaram o Frances eram bastante comuns. A diferença agora é que eles estão chegando a áreas muito mais densamente populadas e devastadas pela mão do homem. Isso as torna bem mais vulneráveis à ação dos ventos.

Por Manoel Francisco Brito
5 de setembro de 2004
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5 de setembro de 2004

Ebola arrasa gorilas

Cientistas suspeitam que o vírus Ebola está por trás da nova mortandade de gorilas e chimpanzés em importantes reservas no Congo. Se as suspeitas forem confirmadas, não será a primeira vez que o vírus dizima primatas. Em duas ocorrências já registradas, o Ebola matou 80% dos gorilas e 70% dos chimpanzés em reservas congolesas. Os cientistas esperam que medidas como barreiras geográficas contenham a movimentação dos animais e, em conseqüência, a epidemia. A partir do ano que vem, conta o Science Daily, satélites serão usados para comparar as características das áreas atingidas. O objetivo é resolver o enigma sobre o organismo hospedeiro do violento vírus, para impedir sua proliferação. Animais e seres humanos sucumbem rapidamente ao Ebola após contrai-lo. Dá 5 minutos de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
5 de setembro de 2004
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5 de setembro de 2004

Seqüestro de Carbono

Cientistas reunidos em fórum europeu especulam sobre a possibilidade de conter o efeito estufa retirando gás carbônico da atmosfera. A idéia é capturar as emissões de CO2 e estocá-las no subsolo. Dessa forma, seria possível atingir metas menores de concentração do gás a custos mais baixos. Antes da Revolução Industrial a quantidade de CO2 na atmosfera era de 280 partes por milhão em volume (ppmv). O número atual é de 380 ppmv e os cenários de estabilização giram em torno de 450 a 550 ppmv. Na teoria, isso é suficiente para aumentar a temperatura da terra em 5.5 graus e elevar os oceanos em 6 metros. A notícia é da BBC e sua leitura não dura 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
5 de setembro de 2004
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3 de setembro de 2004

Fúria de vento

O furacão Frances estava previsto para chegar à costa da Flórida na noite de 3 de setembro. Mas o seu coração, onde os ventos são mais fortes e podem causar maiores estragos, só deveria bater em terra no início da noite seguinte, informa o Miami Herald (gratuito). Mais de 2,5 milhões de pessoas foram evacuadas das regiões costeiras e vários vôos foram cancelados, entre eles alguns da Varig e da TAM, diz O Globo (gratuito, pede cadastro). Para quem se interessa por furacões, há muito o que ler no Herald. Se a leitura for só a das duas notícias, não pede mais do que 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
3 de setembro de 2004
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3 de setembro de 2004

Corrida da morte

Era até óbvio que isso acontecesse diante da insistência da Coréia do Norte de manter a toda velocidade seu programa nuclear. Mas aparentemente, ninguém sabia. Diz o Guardian (gratuito) que a ONU está fazendo uma investigação detalhada na Coréia do Sul depois que o governo do país reconheceu que tem um programa de enriquecimento de urânio cujo objetivo é permitir a construção de armas atômicas. A revelação criou o receio de que as duas Coréias estejam metidas numa corrida armamentista semelhante à que havia entre União Soviética e Estados Unidos no auge da Guerra Fria. Leitura de 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
3 de setembro de 2004
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3 de setembro de 2004

Passivo ambiental

A IBM está lidando com imenso passivo ambiental que havia deixado para trás em Endicott, pequena cidade no estado de Nova Iorque onde a empresa, há pouco mais de 3/4 de século, despejava seus rejeitos industriais. Fazia então máquinas de escrever e caixas registradoras numa fábrica em Binghamton, próxima a Endicott. O despejo – principalmente de um composto químico utilizado para lubrificar componentes de suas máquinas – durou várias décadas. O processo de limpeza que está sendo negociado com a promotoria federal de Nova Iorque, informa o The New York Times (gratuito, pede cadastro), vai custar caro. A conta, que ainda não é o número final nem inclui compensação às pessoas prejudicadas pela poluição, pode ultrapassar US$ 5 milhões. Lê-se em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
3 de setembro de 2004
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1 de setembro de 2004

Brincadeira de criança

Reportagem do The Wall Street Journal (só para assinantes) conta que na Islândia até as crianças são mobilizadas para trabalhar em favor do meio ambiente. Uma das mais antigas tradições do país nesta época do ano é colocá-las para fora da cama no meio da madrugada e mandá-las às ruas das cidades para colher filhotes de gaivotas que, inadvertidamente, ao invés de seguirem seus pais em rotas migratórias, acabam aterrissando em áreas urbanas. Os filhotes são colocados em caixas de papelão e entregues ao governo, que se encarrega de levá-los até seu destino final, onde deveriam ter chegado voando.

Por Manoel Francisco Brito
1 de setembro de 2004
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1 de setembro de 2004

Transparente

A gigante farmacêutica GSK vai colocar todos os resultados de testes com drogas em desenvolvimento na Internet. O súbito ataque de transparência da empresa, lembra o The New York Times (gratuito, pede cadastro), não foi totalmente voluntário. Vem na esteira de um acordo com a promotoria federal de Nova Iorque assinado na semana passada. A GSK foi flagrada escondendo dados negativos de testes com o uso do anti-depressivo Plaxil em crianças. Lê-se em 5 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
1 de setembro de 2004