Salada Verde
6 de abril de 2009

Três boas idéias do leitor

O leitor Paulo Saponga teve ótimas idéias comentado nota de O Eco sobre Educação Ambiental? Como correta aplicação de políticas educativas, sugere colocar na grade curricular a Educação Ambiental como matéria obrigatória,nos mesmos moldes da Educação Artística, Educação Física, Geografia, História e outras; criar a Justiça Ambiental, semelhante à Justiça do Trabalho; e ainda criar uma Loteria Ambiental, como já existe uma loteria dos clubes. “São propostas para que o Meio Ambiente seja respeitado, caso contrário faremos reunião para marcar outra reunião”, disse.

Por Salada Verde
6 de abril de 2009
Salada Verde
6 de abril de 2009

Animais na telinha

Preocupado com a exibição excessiva ou torta de animais em programas televisivos, reportagens e na publicidade, O Ibama/SP lançou uma série de propostas para melhorar esse relacionamento, evitando multas de até R$ 500 mil para emissoras e desincentivando o comércio e tráfico. Conheça aqui as sugestões do órgão federal.

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6 de abril de 2009
Salada Verde
6 de abril de 2009

O declínio da vida no Iguaçu

Em reportagem do dia 2, O Eco mostrou que a população de onças caiu vertiginosamente na áreas de parques nacionais brasileiro e argentino na região do Iguaçu. E não apenas o grande felino vem desaparecendo nos últimos dez anos, também queixadas (Tayassu pecari) e catetos (Tayassu tajacu). É o que mostra estudo feito pelos pesquisadores Fernando Cesar Cascelli de Azevedo e Valéria Amorim Conforti, ambos ligados à não-governamental Pró-Carnívoros. Como soluções, recomendam esforços para se reduzir o trânsito de veículos e a caça ilegal dentro do parque nacional mais visitado do país. Em entrevista concedida no início deste ano ao site H2Foz, o diretor do parque Jorge Pegoraro informou que a arrecadação de dinheiro pela área protegida federal vem da cobrança de ingressos, de taxas de filmagens e de concessões a serviços privados, como o de hotelaria. Ano passado, ficou em torno de R$ 12 milhões. Cerca de um quarto da receita retorna à unidade de conservação. Ele considerou os recursos "insatisfatórios pela atual administração para a implementação de projetos ambientais (entorno), pesquisas e proteção da unidade".  Saiba mais:Tragédia anunciada no Parna do Iguaçu

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6 de abril de 2009
Salada Verde
6 de abril de 2009

Não sou pró-carvão

Na edição desta semana da revista Época, a senadora Ideli Salvatti (PT/SC) nega (de novo) que seja lobista do carvão. Quando assumiu a presidência da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas no Senado, em março, também presidia a Frente Parlamentar em Defesa do Carvão Mineral. E carvão é um dos combustíveis que, quando queimado, libera gases que ampliam o aquecimento do planeta. “Não posso ter preconceito ao carvão. Em primeiro lugar quero colocar que o carvão existe e faz parte da nossa matriz energética. Inclusive não há, no Plano Decenal de Energia do Ministério de Minas e Energia, nenhuma intenção de eliminar esse combustível da nossa matriz energética. Por isso nossa tarefa é fazer com que o carvão tenha a utilização mais adequada. Meu Estado tem carvão, e ele é uma questão importante na economia de Santa Catarina. O carvão gera empregos em nosso Estado”, disse à revista.

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6 de abril de 2009
Salada Verde
6 de abril de 2009

Braços abertos à poluição

Salvatti está correta quando citou que o Plano Decenal de Energia do Ministério de Minas e Energia não pretende eliminar o carvão da matriz energética nacional. Quer, aliás, mandar ainda mais sujeira para a atmosfera. O Estado de S. Paulo comenta hoje que pelo menos 40 termelétricas movidas a óleo ou carvão estão projetadas para o Nordeste, região que mais deve sofrer com as mudanças climáticas. É o desenvolvimento sujo e sem criatividade patrocinado pelo governo.

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6 de abril de 2009
Salada Verde
6 de abril de 2009

Semana do (de)gelo

Na animação acima: ´Wilkins Ice Shelf' é ligada ao continente pelas Ilhas Chacot e Latady. O centro negro das imagens indica o derretimentoA semana está começando com muitas notícias preocupantes sobre o ritmo de derretimento das calotas polares do planeta. A Agência Espacial Européia divulgou imagem de satélite que mostrou o colapso de uma ponte de gelo que havia entre a península Antártica e a placa de Wilkings.  Esta geleira, localizada no lado oeste do continente, tem o tamanho da Jamaica e está reduzindo desde os 1990s. A avaliação de cientistas é de que a quebra da ponte pode ter sido o sinal do colapso, ou seja a placa vai se despregar do continente. Também nesta semana, estudo da Universidade de Washington (Leia Aqui) revela que o Ártico deverá ter verões sem gelo já nos próximos 30 anos, ritmo três vezes mais rápido que o esperado. 

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6 de abril de 2009
Salada Verde
4 de abril de 2009

Fora de sintonia com a conservação

Usando os dados que lhe convêm e ignorando a necessidade global de se recuperar e manter todas as florestas possíveis frente aos perigos concretos do aquecimento global, o presidente do Sindicato Rural de Joinville (SC), Jordi Castan, publica hoje um artigo no jornal A Notícia defendendo o polêmico “Código Ambiental” aprovado pela Assembléia Legislativa de seu estado. Chama o ecologismo e juvenil e romântico e atesta que o fato da maioria dos brasileiros residirem em cidades  seria motivo para um descolamento entre as realidades urbana e rural, como se a primeira jogasse na segunda a responsabilidade pela preservação. Assim, ele procura criar uma dicotomia conservacionista, como se todos, em qualquer região do país, não estivessem diretamente envolvidos com a necessidade de se cumprir a legislação e proteger o meio ambiente.Também usa dados oficiais estaduais questionáveis para mostrar que quase 42 % do território catarinense seria coberto por “floresta nativa” e afirmar que ninguém quer desmatar um metro a mais. Curiosamente, isso é justamente o que o “Código Ambiental” defendido por ele promete: mais devastação. E os números são bem superiores aos verificados pelo Inpe e SOS Mata Atlântica, que apontam menos de 24% do estado com matas nativas.   Santa Catarina e Paraná realmente abrigam os maiores remanescentes de Mata Atlântica, mas a desculpa velha de que a preservação inviabiliza pequenos produtores não cola mais. Cabe aos governos criar mecanismos para viabilizar a produção sem mais desmatamento e sem demagogia.

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4 de abril de 2009
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4 de abril de 2009

Catarinenses miram na Mata Atlântica

Não por acaso, os catarinenses parecem querer acabar também com o que resta de Mata Atlântica. A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou essa semana um projeto de lei do deputado federal Celso Maldaner (PMDB/SC) que permite ao “pequeno produtor rural” derrubar árvores primárias para uso próprio. Isso o Código Florestal Brasileiro permite, no entanto, a proposta também dá espaço, “em caráter excepcional”, ao corte de matas em recuperação, inclusive em campos de altitude. É a moda de se levantar questões sociais associadas à pequena produção para, assim, permitir a devastação das florestas e outras formações.

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4 de abril de 2009
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4 de abril de 2009

Minc critica código de SC

Na edição de hoje do jornal O Globo, Carlos Minc critica a aprovação do Código Ambiental de Santa Catarina pela Assembléia Legislativa daquele estado. Diz que o Ministério do Meio Ambiente não reconhecerá a lei, se for aprovada pelo governador Luiz Henrique da Silveira. "O ministério não vai reconhecer uma lei estadual que é menos restritiva do que a lei federal. Esse projeto é um absurdo e não tem sustentação. Já orientei a Advocacia-Geral da União e vamos arguir a inconstitucionalidade dessa lei no Supremo Tribunal Federal", disse ao periódico. A censura é válida, mas um pouco mais de coerência seria interessante. Afinal, o Código Ambiental catarinense é mais um instrumento lapidado por ruralistas na tentativa de se criar massa crítica suficiente para derrubar dispositivos do Código Florestal brasileiro - na mesma linha das manobras conduzidas por parlamentares, pelo ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) e pelo governador Blairo Maggi (Mato Grosso). A essas não se ouvem críticas de Minc.

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4 de abril de 2009
Salada Verde
3 de abril de 2009

Três décadas para recuperação

Para regularizar 140 mil proprietários rurais em Mato Grosso, o governo daquele estado deu prazo de até 30 anos para que eles recuperem áreas desmatadas ou degradadas. Essa foi outra das medidas embutidas no termo de cooperação assinado ontem entre governo estadual e Ministério do Meio Ambiente, dando corpo a uma lei mato-grossense criada no ano passado. Além disso, a recuperação não precisará ser feita na própria propriedade: produtores poderão comprar áreas em unidades de conservação criadas pelo Estado, informou O Estado de S. Paulo.   Saiba mais:MT não quer multas para quem desmatou

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3 de abril de 2009
Salada Verde
3 de abril de 2009

Pura falta de educação

Está marcado para o fim do mês, em Brasília (DF), um seminário de três dias sobre os dez anos da política nacional de Educação Ambiental. Participarão figuras como a senadora Marina Silva (PT-AC), deputado Sarney Filho (PV-MA), ex-deputado federal e autor do PL que originou a Lei Fábio Feldmann (PV/SP), e Mário Mantovani, da SOS Mata Atlântica. Tomara que eles consigam explicar o sucateamento do setor de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. É justamente a falta de conhecimento sobre as questões ambientais que leva populações como a de Santa Catarina a apoiar absurdos como a proposta de Código Ambiental daquele estado, recentemente aprovada. Um verdadeiro tiro no pé.

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3 de abril de 2009
Salada Verde
3 de abril de 2009

Justiça (meio) contra aquecimento

Há poucos dias, a Justiça Federal em Araraquara (SP) e Jacarezinho (PR) ordenou a suspensão da queima de cana-de-açúcar porque a mesma contribuiu para o aquecimento global, além de trazer danos à saúde pública e operar em condições insalubres de trabalho. Por falta de sintonia judiciária, o município paulista de São José do Rio Pardo obteve aval para seguir queimando palha de cana. São Paulo pretende eliminar essas queimadas até 2014, enquanto Espírito Santo e estados nordestinos não se mobilizam para acabar com o problema.

Por Salada Verde
3 de abril de 2009