Reportagens
18 de outubro de 2004

Do tamanho do Brasil

Palestrante em Curitiba, americano diz que somos o último país com natureza em escala continental e lança o desafio de preservá-la em sua atual dimensão.

Por Redação ((o))eco
18 de outubro de 2004
Notícias
18 de outubro de 2004

Tempestade de areia

As dunas do Peró, no litoral do estado do Rio, estão invadindo casas e ameaçam soterrar um lago importante para o ecossistema da região. O caso tem tirado o sono dos moradores locais e chamou a atenção da mídia. Numa tentativa de acalmar os ânimos, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) e o Ibama levaram especialistas em dunas para conversar com o Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pau-Brasil, onde fica a faixa de dunas. Eles explicaram para a comunidade local o comportamento das montanhas de areia e as possíveis soluções para o problema. O Ibama, a Feema e técnicos do Laboratório de Geologia Costeira e Sedimentologia da UFRJ pretendem apresentar em um mês um plano emergencial para a região. Depois, será desenvolvido um projeto de médio prazo para conter o avanço das dunas. João Batista, Chefe da Divisão de Estudos Ambientais da Feema, cita como uma possível medida de contenção o reflorestamento das áreas próximas.

Por Redação ((o))eco
18 de outubro de 2004
Notícias
18 de outubro de 2004

O lado positivo

A decisão do juiz Ronald Pietre de negar o pedido do Ministério Público de remover uma comunidade instalada em área de risco à beira do rio Piabanha, em Petrópolis (RJ), produziu um fato positivo: a união do Ministério Público Estadual com a Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas). Depois da repercussão da sentença judicial na mídia, o presidente da Serla procurou o Ministério Público de Petrópolis e propôs uma parceria inédita entre os dois órgãos. Sexta-feira, dia 22, será realizada uma reunião para traçar um plano de preservação das margens do rio Paraíba do Sul e seus afluentes.

Por Redação ((o))eco
18 de outubro de 2004
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16 de outubro de 2004

Mato Grosso

De Ciro Fernando SiqueiraCaro André Alves,O que tu consideras mais fácil, atender as exigências das DRT's ou comprar um trator?? Gostaria de chamar atenção para o tratamento que a mídia está dando ao que se convencionou chamar de "erradicação do trabalho escravo". Quando a sociedade joga sobre os proprietários rurais a pecha de "escravagistas" e brada pela "erradicação do trabalho escravo", a reação dos proprietários é simples: eles substituem mão-de-obra braçal por máquinas e herbicidas (aumentando escala de produção com a conseqüente concentração da propriedade da terra), resultando em redução dos postos de trabalho no campo, redução da renda rural, êxodo, urbanização, favela, violência urbana, etc., etc. Pensar é sempre bom André. Existe um ditado popular que diz que "de bem intencionados o inferno está cheio". Não é mais do que um reflexo da percepção de que ninguém e capaz de prever todas as conseqüências das atitudes que toma. As favelas de hoje foram cultivadas inconscientemente ontem, assim como as favelas de amanhã são cultivadas inconscientemente hoje. Ninguém favorece êxodo rural e favelização deliberadamente. Tu és capaz de imaginar alguém, por ocasião dos estertores do feudalismo europeu, nos burgos que floresciam, quando as relações de trabalho eram terríveis (por desbalanço entre oferta e demanda de mão-de-obra), bradando pela "erradicação do trabalho"?? Ou durante a revolução industrial ?? Talvez, meu caro André, "regulamentar adequadamente o trabalho rural" não cause tanta comoção social, ou venda tanto jornal, quando "erradicação do trabalho escravo". Esse é um problema inerente à prática do jornalismo, grosso modo, é um problema muito mais de vocês do que meu. Acho desnecessário lembrar que o OECO nasceu com a proposta de trazer uma abordagem das questões ambientais diferente do "denuncismo" trágico corriqueiro na mídia convencional. Se tu quiseres aprender mais sobre a tal "erradicação do trabalho escravo" procura o Dr. Gervásio Castro de Rezende no IPEA do Rio, pergunta a opinião dele sobre o assunto e ABRE a tua mente pra OUVIR (e não apenas escutar) a resposta. Quanto a questão da substituição da não-de-obra braçal por máquinas a percepção que eu descrevo nesse e-mail é, não apenas acadêmica, já que eu estou concluindo pós graduação em economia ambiental, mas também empírica, uma vez que sou de uma região da Amazônia onde nunca se vendeu tanta roçadeira e pulverizador de herbicida do que nos últimos 2 anos. Sinceramente eu duvido que venha a receber uma resposta, mas eu gostaria de ver o resultado do possível exercício de raciocínio que esse e-mail vá desencadear em quem o ler. Em todo caso, o editor tem o meu endereço eletrônico. Forte abraço, Respeitosamente,

Por Redação ((o))eco
16 de outubro de 2004
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14 de outubro de 2004

Desfazendo a barbeiragem

O governo do Rio Grande do Sul foi convidado a se explicar sobre um decreto assinado no dia 28 de setembro, que faz o Parque Estadual do Delta do Jacuí virar Área de Proteção Ambiental (APA). Isso significaria um rebaixamento da área, já que os Parques merecem proteção integral e as APAs aceitam as mais diversas intervenções humanas. Acontece que só é permitido desfazer unidades de conservação alterando-se a lei, nunca por decreto (art. 225 da Constituição). Entidades ambientalistas convocaram uma audiência pública com as partes envolvidas para o dia 25 de outubro. Como o decreto é flagrantemente inconstitucional, a tendência é moverem uma ação civil pública contra o executivo estadual.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2004
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14 de outubro de 2004

Derrota japonesa

O Japão saiu de cabeça baixa da 13a Conferência da CITES, que regulamenta o comércio internacional de fauna e flora silvestres ameaçadas de extinção. O encontro terminou esta semana em Bangkok, na Tailândia, e priorizou a defesa das espécies marinhas. Mais uma vez foi dado total apoio à moratória da caça às baleias. O lobby japonês fracassou e continuou proibida a comercialização internacional de produtos derivados deste cetáceo. Também foram criadas maiores restrições à pesca do tubarão branco e do peixe-Napoleão. As duas espécies estão ameaçadas de extinção e têm grande valor comercial na Ásia. O Brasil participou da reunião e foi um dos maiores defensores das novas restrições. Representante da delegação e colunista do O Eco, José Truda Palazzo Jr vibrou com a derrota japonesa. Na foto, ele aparece ao lado do ministro do Meio Ambiente da Tailândia.

Por Redação ((o))eco
14 de outubro de 2004
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13 de outubro de 2004

Prêmio Rolex

De AndréaComo é que pude não ter lido ainda?Obrigada Marcos, é sempre muito emocionante ler o que você escreve sobre o IPÊ e sobre as pessoas que fazem a instituição. É realmente imperdoável a nossa falha!Um grande abraço,

Por Redação ((o))eco
13 de outubro de 2004
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13 de outubro de 2004

O espaço aberto da soja transgênica

O presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) disse que a soja transgênica já está sendo plantada no estado e que foi o ministro Roberto Rodrigues quem incentivou os produtores a iniciar o plantio. O professor John Wilkinson, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), lamenta que o Brasil esteja indo, neste problema, para o fato consumado, sem criar regras que protejam quem não quer produzir nem consumir transgênico. Os choques de opinião entre os dois estarão no programa Espaço Aberto Miriam Leitão, na Globonews, nesta quarta-feira às 9:30 da noite.

Por Redação ((o))eco
13 de outubro de 2004
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11 de outubro de 2004

Marcas de um mundo extinto

De: Angélica Beatriz Corrêa Gonçalves      Instituto Natureza do Tocantins      Parque Estadual do JalapãoSou incansável admiradora de Maria Teresa Jorge Pádua, pelo seu histórico de luta em prol da conservação da natureza brasileira. Ao ler o artigo MARCAS DE UM MUNDO EXTINTO sinto-me imensamente reconfortada em saber que finalmente alguém de renome como ela chama a atenção de conservacionistas e governantes para essa relíquia que é o Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins.Obrigada, Maria Teresa, e que suas palavas despertem tão logo o interesse de entidades que possam ajudar o Tocantins a proteger a nossa história.Obs 1: oportunamente informo que foi promulgada a Lei estadual nº 1.179 de 04 de outubro de 2000, criando esta unidade de conservação.Obs 2: Neste mesmo texto foi citado que o Parque Estadual do Jalapão encontra-se no município de "Mineiros", que na verdade está no município de MATEIROS.

Por Redação ((o))eco
11 de outubro de 2004
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8 de outubro de 2004

O Blefe de Barra Grande

De José Roberto AlcantaraCaro Marcos!Lendo a sua coluna onde voce expõe o caso da Fraude de Barra Grande, eu gostaria de lhe informar que o pior ainda esta por acontecer, pois por lei federal toda a madeira extraida de empreendimentos liberados legalmente, deve se dar um destino comercial. E com minha experiencia posso lhe afirmar que com o preço que as empreiteiras pegaram o serviço de desmatamento, elas não vão conseguir atender as exigencias e vão enterrar grande parte das arvores, pois analisando a logistica que se tem que montar para executar os serviços,o tempo para execução do mesmo e as condições de trabalho naquela região, eles REALMENTE, não vão conseguir executar o serviço como deve ser executado:respeitando a fauna e desmatando de forma correta, e retirando a madeira para ser aproveitada (Lei Federal), eles vão destruir e enterrar boa parte da madeira, isto contando com a hipotese que eles vão conseguir executar até o fim o serviço, o que provavelmente vai acontecer é que as empreiteiras vão fingir que estão executando corretamente o serviço e a Baesa vai fingir que está fiscalizando e quando menos se espera já estão enchendo o lago, e mais uma vez a lei será desrespeitada e todos nós sairemos perdendo. Se você tem duvida do que estou lhe dizendo, peça para ver os preços que as empreiteiras pegaram o serviço, me parece que é algo em torno de R$ 4.500,00 por hectare, sendo que o preço normal seria no mínimo R$ 10.000,00 por hectare para executar o serviço como tem de ser executado "dentro das normas legais que consta do escopo dos serviços.". OBS. Não sou concorrente das empresas que vão executar os serviços, mas conheço muito bem o tipo de serviço.Espero que tenha entendido o que eu tentei passar, e daquialguns meses veremos as notícias de mais um BLEFE da BAESA.Grato pela Atenção!

Por Redação ((o))eco
8 de outubro de 2004
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8 de outubro de 2004

Coluna de Marcos Sá Corrêa

De Maria Tereza Jorge PáduaSenhor Editor,Já é chover no molhado dizer que adoro o que Marcos Sá Corrêa escreve. Mas o seu da Economia à Ecologia, nos mostra uma Míriam Leitão incrível. Eu, como milhões de brasileiros, já a admirava muito, mas sabê-la poeta, ainda mais sobre árvores, foi uma delícia.

Por Redação ((o))eco
8 de outubro de 2004