Análises
27 de dezembro de 2004

Bruaca

De Ney Emilio ClivatiHidreletrica de CorupáFinalmente estamos tornando a discussão sobre a pequena central hidreletrica algo tecnico e paramos com os "chutes" a esmo. A carta do Sr° Germano possibilita que possamos discutir com racionalidade o que a Aneel, o Ministerio da Minas e Energias e a Fatma determinam quanto à vazão de engolimento de uma PCH.A vazão de engolimento medio da PCH Bruaca é de 2,50 m“/s, o que não quer dizer que a usina estará retirando o tempo todo esta vazão. As PCHs se caracterizam por ter uma geração variavel. Podem estar gerando 12 MW em determinado momento como podem ficar paradas o dia inteiro. O que temos que nos conscientizar é que a geração média anual é de 8,50 MW, o que representa um engolimento de 2,50 m“/s. na média.Existe uma vazão minima regulada por lei, que a Aneel analisa, que a Fatma analisa e que a Agencia Nacional das Aguas analisa. Estes dados são para todo o Brasil, ou seja. Qualquer usina hidreletrica estará regulamentada por estas vazões minimas. Não somos da Corupá Energia que determinamos as vazões de engolimento e as vazões minimas sanitarias. Nós apenas cumprimos o que a legislação exige.Quanto ao retorno dos 28 milhões da obra que tanto preocupa o missivista podemos tranquiliza-lo. Se a usina der prejuizo nós que estamos fazendo o empreendimento é que arcaremos com o mesmo. O dinheiro do contribuinte não servirá para cobrir os possiveis rombos. O nosso patrimonio é que garantirá o empreendimento. Quanto à vazão sanitaria o senhor está corrreto. Só podemos retirar do rio 20% da vazão de estiagem. Quando não tivermos estas vazões a usina estará parada, sem geraçao.Quanto ao meu pequeno engano em relação às vazões, tenho a dizer que os dados das vazões são dados oficiais e não estamos enganando a Aneel ou qualquer outro orgão. Estamos usando dados do Governo Federal. Se alguem tem que ser acusado de falsificar ou burlar dados hidrologicos não somos nós. Tambem em nenhum momento eu disse que a vazão de estiagem é de 2,50 m“/s. , o que eu disse é que a vazão de engolimento médio é de 2,50 m“/s. O que é completamente diferente.O nosso levantamento hidrologico está correto. O Senhor Germano em nenhum momento citou as bacias de contribuição a que se refere. Nós temos todas as bacias de contribuição a jusante do nosso inventario. A bacia do Rio Novo, do Rio Correias, Do ribeirão Vermelho e do Bruaca. Com dados tão precisos que a Aneel confirmou o estudo hidrologico. Afirmar que vamos "secar" a cachoeira da Bruaca é agir imtempestivamente motivado pelo sentimento de ser contra. Os dados tecnicos não mentem. A Aneel não mente. A Fatma não mente. A ANA não mente. O Ministério das Minas e Energia não mente.Obrigado.

Por Redação ((o))eco
27 de dezembro de 2004
Notícias
23 de dezembro de 2004

O melhor de 2004

A redação olhou para os cinco meses de vida de O Eco neste final de ano e selecionou as melhores reportagens e colunas publicadas. Vale à pena ler de novo.

Por Redação ((o))eco
23 de dezembro de 2004
Notícias
23 de dezembro de 2004

A vez da natureza

No iníco de outubro, decidindo sobre ação iniciada pelo Ministério Público para retirar cerca de 400 famílias que ocuparam irregularmente as margens do Rio Piabanha, em Petrópolis, Estado do Rio, o juiz Ronald Pietre decidiu que seria cruel a retirada dos invasores. Não se sensibilizou nem com os argumentos de que a medida visava protegê-los, já que moram em área de altíssimo risco. Agora foi a vez da natureza dar a sua sentença. As recentes chuvas que caíram sobre a cidade deixaram as casas construídas irregularmente debaixo d’água. Definitivamente, ela preferia que os invasores não estivessem nas margens do Piabanha.

Por Redação ((o))eco
23 de dezembro de 2004
Notícias
21 de dezembro de 2004

Choro

Depois da audiência pública que apresentou à população de Altamira, no Pará, os planos para a criação de unidades de conservação na Terra do Meio, zona do estado que está sendo devastada pelo desmatamento e pela grilagem de terras, representantes de pecuaristas procuraram o pessoal do Ibama. Disseram-se descontentes com a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Verde para Sempre, criada pelo governo federal em novembro. Pediram que a medida fosse revista.

Por Redação ((o))eco
21 de dezembro de 2004
Análises
21 de dezembro de 2004

Hidrelétrica em Corupá – III

De Germano Woehl Jr.Instituto Rã-bugioGuaramirim, SCNa carta dirigida ao jornalista Marcos Sá Correa da Associação “O ECO” (publicada abaixo), o eng. Ney Emilio Clivati fornece evidências de que vão realmente secar a cachoeira da Bruaca (a única maneira de viabilizar o investimento de R$ 27 milhões).O eng. Ney Clivati comete um “pequeno engano” ao apresentar os números da vazão mínima (vazão em período de estiagem) e média, é um erro pequeno, que eu estimo ser por um fator de 10 a 15 vezes, só isso. Claro que no suposto pedido de licenciamento para a ANEEL foram fornecidos os dados corretos (da vazão do rio Bruacas), o que nos tranqüiliza, uma vez que o órgão só pode autorizar o empreendimento se for desviado no máximo 20% da vazão de estiagem (vazão mínima) do rio – e tão pouca água torna inviável um investimento de R$ 27 milhões. Em anexo está a planilha publicada em 1997, na pág. 79 do Atlas da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SDM), intitulado “Bacias Hidrográficas do Estado de Santa Catarina – Diagnóstico Geral”. Neste Atlas consta que para o rio Itapocu, em Corupá, a vazão de estiagem é de 3,05 m3/seg (metros cúbicos por segundo). Ora, o rio Bruacas é apenas um dos afluentes do Itapocu contribuindo com 10% a 20%, no máximo, do seu volume, e o eng. Ney Clivati diz que a vazão de estiagem do rio Bruaca é 2,5 m3/seg (acima da cachoeira)! Ou seja, ele quer que a comunidade acredite que o rio Bruacas contribui com 82% da água do Itapocu! Quem já passeou pela área rural de Corupá e observou os vários rios cortados pelas estradas deve facilmente perceber que o número informado não bate.Uma vazão (ou fluxo) de 3 m3/seg, significa uma coluna de água medindo 3x1x1 metros se deslocando num tempo de um segundo, que pode também ser imaginado como o volume (de água) contido em 3 caixas d´água de 1 mil litros cada, dispostas lado a lado, sendo derramadas em 1 segundo, num picar de olhos.Em Jaraguá do Sul, de acordo com o atlas da SDM, a vazão em período de estiagem do Itapocu é de 17,56 m3/seg, isso após receber a contribuição rio Ano Bom, Humbolt, Pedra D’Amolar, dentre outros. Vazão esta que representa a água contida em dezessete caixas e meia de 1000 litros derramadas em 1 segundo. É muita água, não é mesmo? Pois é, o sr. Ney Clivati afirma que a vazão MÉDIA (mensal) do rio Bruacas é de 19,26 m3/seg! Um outro exemplo: supondo uma piscina medindo 6x4x1,5 m, com capacidade para conter 30 m3 (30 mil litros) de água; agora, imaginem essa água sendo despejada durante um segundo, num piscar de olhos! Isso deve dar idéia do que significa a vazão MÉDIA (MENSAL!), de 19,26 m3/seg que eles estimaram para o rio Bruacas. É muita água para o rio Bruacas! Eu conheço bem o rio Bruacas e posso garantir que ele não tem essa vazão média - e nem a vazão mínima de 2,5 m3/seg -, de jeito nenhum, e não precisa ser especialista para verificar isso.

Por Redação ((o))eco
21 de dezembro de 2004
Análises
14 de dezembro de 2004

Hidrelétrica em Corupá

De Margaret Klug HahnQuero parabenizá-los pela reportagem que li no Jornal Absoluto - Edição 14/12/04 em defesa da nossa cachoeira que há tantos anos faz parte do Cartão Postal da cidade de Corupá e também sempre que me chama a atenção quando entro na cidade. Estou muito sensibilizada e desde ontem venho tentando achar um meio de evitar este desastre ecológico que ronda a nossa querida cachoeira Broaca.Gostaría de oferecer no que for possível a minha ajuda para que isto não aconteça. Sou defensora da natureza e estou muito triste que pessoas só pensam em tirar proveito do progresso destruíndo o que há de mais bonito.Atenciosamente,

Por Redação ((o))eco
14 de dezembro de 2004
Reportagens
9 de dezembro de 2004

Fruto da terra

Morto há 8 anos, o escritor Carmo Bernardes ainda é pouco conhecido fora de Goiás. Sua obra fala de um Brasil que está sendo varrido do mapa: o do Cerrado

Por Redação ((o))eco
9 de dezembro de 2004