Notícias
3 de setembro de 2004

Rico no papel

Maior área de preservação de Mata Atlântica do litoral do país, o Parque Nacional da Serra da Bocaina recebe do Ibama para seu sustento 40 mil reais por ano. Não é nada, e do caixa do órgão federal não adianta esperar muito mais. Mas se a legislação fosse cumprida, a direção do Parque nem precisaria se preocupar com isso. Pelo que diz a Lei de Compensação Ambiental, a Bocaina deveria ter 8 milhões de reais em seu cofre, pagos por três empresas elétricas que se beneficiam de seu terreno ou do entorno. Duas são estatais: a Eletronuclear, colada ao Parque, e Furnas, cujas linhas de transmissão passam por ele. Devem, somadas, 5 milhões de reais. O resto cai na conta da AES Tietê, dona da hidrelétrica de Água Vermelha. A Eletronuclear diz que vai pagar em breve 160 mil reais. Pequena parcela do que deve, mas na pindaíba geral que graça nas unidades de conservação do país, já dá para lamber os beiços. O dinheiro vai bancar o custeio da infra-estrutura do Parque. O resto, ninguém sabe quando chega. A Lei de Compensação Ambiental, regulamentada em 2002, ainda é motivo de debate metodológico no Ibama, coisa que só ajuda as empresas, que contestam judicialmente o montante devido ao Parque.

Por Redação ((o))eco
3 de setembro de 2004
Análises
3 de setembro de 2004

Meio ambiente

De Eugênio Maria Tereza,Dói na alma o que você conta.Trabalho há 30 anos na recuperação de uma parcela pequeníssima do cerrado no DF, 70 ha. protegendo nascentes de água e controlando as águas da chuva com barramentos em forma de arcos romanos. Sei quanto é lenta a reconstituição do tecido orgânico depois de tantas funestas agressões.Enquanto se fala em meio ambiente nunca se chegará ao ambiente total. Vale o tracadilho.Obrigado pela avaliação. Lutar é preciso.Humanamente,

Por Redação ((o))eco
3 de setembro de 2004
Notícias
2 de setembro de 2004

Floresta cultural

Há 3 anos, organizações cariocas tentaram obter reconhecimento mundial, através da Unesco, para a Floresta da Tijuca. Queriam que ela fosse declarada Patrimônio Cultural da Humanidade. Ganharam um não como resposta. Segundo a coordenadora do projeto, Taís Pessoto, a organização da ONU para educação, ciência e cultura vetou a proposta inicial porque se referia apenas à floresta e excluía as riquezas históricas e culturais que existem ao seu redor. Agora, essas organizações, lideradas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), preparam uma nova versão do projeto, que deve ser submetida até dezembro à Unesco. O novo dossiê pede que não apenas a Floresta da Tijuca, mas parte do acervo natural e histórico do Rio de Janeiro seja reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade, incluindo os morros da Urca, a orla da Zona Sul, a Lagoa Rodrigo de Freitas e a arquitetura do centro e da avenida Praia do Flamengo. O resultado sai em fevereiro do ano que vem, mas Taís Pessoto tem como certo o reconhecimento da Unesco, dada a importância da “paisagem cultural” do Rio.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2004
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2 de setembro de 2004

Acredite se quiser

Cientistas americanos e canadenses revelaram que o salmão criado em currais marinhos à base de ração tem alta concentração de substâncias cancerígenas. Dizem que quem consome mais de 200 gramas por mês do peixe está correndo grave risco de saúde. O salmão de criação, alimentado com farinha e azeite de peixe, apresenta uma taxa de toxicidade superior à do salmão selvagem, que pode ser consumido com freqüência 8 vezes maior. Nos restaurantes, a maioria dos salmões vem de criadouros. As análises demonstraram que o salmão de criadouros europeus está mais contaminado do que o procedente das Américas do Norte e do Sul. No Brasil, o salmão vem do Chile.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2004
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2 de setembro de 2004

O sonho, ecologicamente correto

Um projeto de casa energeticamente eficiente e confortável, desenvolvida por uma equipe de arquitetos e voluntários brasileiros, foi apresentado à Caixa Economica Federal (CEF). Ela é duas vezes maior que a alternativa proposta pela CEF para casas populares e custa apenas 15% a mais do que o limite de financiamento para este tipo de moradia, que é de 7 mil reais. Tem 70 metros quadrados divididos em dois quartos, sala, cozinha e banheiro. As paredes externas foram feitas de superadobe, terra crua compactada em sacos de polipropileno. As internas têm tijolos de solocimento, feitos também com terra crua e um pouco de cimento. O telhado de cerâmica com forro em madeira foi parte da solução encontrada para diminuir a perda de calor durante o inverno. O projeto também prevê dois anexos de grande importância ecológica. O primeiro é uma estufa para cultivo de hortaliças e ervas, que serve também como centro de reciclagem para lixo orgânico. O segundo, um sistema de captação e armazenamento de 20 mil litros de água da chuva com reservatório em ferrocimento – técnica que utiliza argamassa de cimento e areia sobre uma malha de ferro para produzir paredes finas e resistentes.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2004
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2 de setembro de 2004

Mato Ralo

Em agosto, boa parte do Mato Grosso virou cinza. Até o dia 25, justamente durante o chamado período de restrições às queimadas, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) flagraram nada menos do 54.369 focos de incêndio no estado. Outros números também chamaram a atenção nos dados do INPE. Houve 450 focos de incêndio em Unidades de Conservação. Deles, 272 aconteceram na mesma área, o Parque Estadual do Cristalino, dono da mais rica amostra de biodiversidade da Amazônia. Nos últimos meses, vem crescendo a pressão de sem-terras e fazendeiros nos limites do Parque. Querem invadir as terras e torná-las produtivas. Impedidos de pôr os pés em área protegida, estão mandando o fogo em seu lugar, para adiantar o serviço.

Por Redação ((o))eco
2 de setembro de 2004
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27 de agosto de 2004

Vista para a lagoa…

Considerada um projeto pioneiro pela estatal Furnas por ser uma usina subterrânea e com operação inteiramente digitalizada, a hidrelétrica de Serra da Mesa, inaugurada em 1998, está causando um efeito colateral preocupante. Localizada no município de Colinas, a 260 km de Brasília, ela é abastecida pelo maior reservatório do Brasil em volume de água. São 54,4 bilhões de metros cúbicos represados em uma área de 1.784 km quadrados. Vizinha ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e cercada de reservas ambientais, a região da usina era até então pouco explorada. Com a chegada da enorme lagoa e sua bela vista, os terrenos passaram a despertar interesse imobiliário. Em alguns deles foram erguidas vistosas casas de veraneio.

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004
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27 de agosto de 2004

… costas para o Parque

Na seqüência do "progresso", veio o asfalto. A estrada de terra que liga Alto Paraíso à Vila de São Jorge, e margeia um bom trecho do Parque Nacional, já começou a ser recapeada. Apesar de contar com licenciamento ambiental, a obra preocupa os ecologistas e até mesmo os donos de pousadas, para quem o melhor sinônimo de preservação ambiental é o sossego. Ele periga sumir de vez com a construção de uma nova hidrelétrica na região: a usina Mirador, que ficará ainda mais próxima do Parque. Sua área de influência afetará ainda nove Reservas Particulares do Patrimônio Ambiental (RPPNs), alagando parcialmente uma delas.

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27 de agosto de 2004
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27 de agosto de 2004

Consulta Pública

O Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) abriu consulta pública sobre sua resolução que regulará os usos de subamostras genéticas no Brasil. A minuta do texto está no site do Ministério do Meio Ambiente. O período de consulta acaba no dia 17 de outubro e as sugestões enviadas, depois de compiladas, serão debatidas dentro do próprio Conselho.

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004