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13 de agosto de 2004

Artigo Maria Tereza Pádua

De: Agnaldo Pelosi Jeronymo Artigo Maria Tereza PáduaCaro Editor,Primeiramente gostaria de elogiar a equipe do O Eco pela brilhante idéia desta e-revista, pois lendo seus artigos, podemos perceber que este é realmente um trabalho diferenciado. Quanto ao artigo da Maria Tereza, gostaria de comentar que, o que Ela fala sobre a falta de capacidade do governo Lula na área ambiental, não fica restrito a só esta área, mas sim a todas as áreas do governo. Pois este governo está demonstrando que enquanto o PT era oposição ele tinha uma cara e agora que é governo ficou sem cara, ou seja, o PT que antes era abarrotado de intelectuais e especialistas em tudo, virou governo e ficou acéfalo. Recentemente o João Melão Neto em um artigo no jornal O Estado de Sao Paulo, em tratando do assunto do Henrique Meirelles, bem disse que a única área do governo que funciona é a Econômica, porque ela está sendo capitaneada por um ex-integrante do PSDB, o Meirelles. Todo o conteúdo do artigo da Maria Tereza nos faz refletir que o PT e o Lula não passam de uma trupe mambembe, nos mostra que falar e fácil, quero ver fazer. O PT sempre discursou que o governo (os anteriores) estava a serviço das elites e do capital estrangeiro, mas o que vemos é um governo petista a serviço e subserviente destas mesmas elites e do capital estrangeiro, Maria Tereza deixa isso bem claro, quando diz que para favorecer o crescimento e desenvolvimento, o governo passa por cima de muitas conquistas conseguidas a duras penas pelos governos anteriores, se aliando ao discurso do empresariado inescrupuloso. Faltou dizer que a Comunidade Européia, principalmente, há muito tempo vem rejeitando comprar produtos de empresas que destroem meio ambiente, apesar de já terem destruído todo o seu, portanto se o Brasil abrir ainda mais as pernas para o desmatamento e destruição ambiental, nossas metas de exportações irão por água abaixo, pois não teremos para quem vender. Quanto ao MST citado no artigo, esse é um assunto de polícia, pois como pode uma entidade que não existe legalmente exercer e receber tanto poder sobre a sociedade. O MST é o mesmo que o tráfico dos morros cariocas e favelas paulistanas, um poder inexistente mas reconhecido, isto é um absurdo. É assunto para o Casseta e Planeta, pois só fazendo piada.

Por Redação ((o))eco
13 de agosto de 2004
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13 de agosto de 2004

Impacto ambiental do Governo Lula

De: Mário Luis Orsi Universidade Federal de LondrinaVocês estão de parabéns pela reportagem sobre o Impacto ambiental do Governo, adiciona-se a tudo que a pesquisadora sabiamente colocou as seguintes questões:1) a Criação da SEAP, secretaria especial de aqüicultura e pesca, que vêm sistematicamente atropelando todos os passos de normas ambientais para implantar os sistemas de tanques-rede em águas públicas, sem sequer prestar a atenção de verificar os impactos ambientais de tal atividade, bem como das espécies que podem ser criadas neles, pois a propaganda do referido órgão é só sobre as Tilápias, espécie exótica e que se atingir nossos rios causará enormes impactos como os já observados na bacia do rio Tietê e São Francisco;2) Outro absurdo é a tentativa de empurrar uma nova portaria que trata de espécies introduzidas de peixes no Brasil, sem nexo e deixando livre a questão de novas introduções, sem critérios científicos e técnicos. Será que não podemos aprender com os exemplos negativos que já ocorreram no mundo e aqui, haja visto o caso do mexilhão dourado e outros.3) As normas de pesca e defeso que raramente foram seguidas as sugestões de pesquisadores da área e que são editadas as portarias a revelia.Realmente esse governo só merece o conceito de impactador do meio ambiente e que me desculpe a Ministra, sua falta de competência ou ação já são notórias.

Por Redação ((o))eco
13 de agosto de 2004
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13 de agosto de 2004

Parabéns

De: Joao Batista S. AguiarGrupo de Editores da EcoAgência de Notícias Ambientais Caro editor:cumprimentamos o colega pelo lançamento do saite O ECO. certamente, pela qualidade de seus contribuintes trará ao cenário ambiental brasileiro novo fôlego e maior capacidade de reação a desmandos ou a desconstruções em políticas públicas.Estamos excepcionalmente publicando no saite da EcoAgência de Notícias - www.ecoagencia.com.br - sem autorização específica de vocês (há uma autorização genérica por 30 dias colocada no saite) o artigo da Maria Teresa, como forma de continuar a prestigiando - o que sempre fizemos aqui no Sul, e de divulgar a própria existência do saite.A EcoAgência Solidária de Notícias Ambientais é a seguidora da iniciativa AgirAzul, publicação ambientalista iniciada a circular em 1992, em papel, deixando esta forma, por ora, em 1998, quando já estava na Internet. É mantida pela colaboração entre o Núcleo de Ecojornalistas do RS e a PANGEA - Associação Ambientalista INternacional, entidade presidida pelo nosso decano ambientalista e conhecido da Maria Teresa, Augusto César Carneiro.Gostaríamos de continuar divulgando as posições fortes e embasadas colocadas no O ECO. Para isto, solicitamos autorização desde já, comprometendo-nos a divulgar de forma clara, e explícita, a fonte, com link e tudo (como fazemos atualmente com o material distribuído pela IPS/Envolverde).Parabéns pelo novo saite.Estamos à disposição.

Por Redação ((o))eco
13 de agosto de 2004
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13 de agosto de 2004

Parabéns

De: Marcelo Korber PadovaniParabéns pelo site! Ouvi hoje pela CBN a entrevista do jornalista Marcos Sá Corrêa a respeito do site e sobre o conteúdo, público alvo, etc.Só tenho a agradecer por mais um veículo a tratar de um tema muito mais complexo e estratégico para o País: o meio ambiente.Ainda não tive tempo de conhecer, e ler, todo o site, que por sinal está muito bonito, mas desde já vale a dica: não esqueçam de convidar o jornalista Washington Novaes para alguns artigos e também não deixem de anunciar o site no "Reporter Eco" da TV Cultura.Novamente, parabéns!

Por Redação ((o))eco
13 de agosto de 2004
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6 de agosto de 2004

Inação

Dinheiro nem sempre é o problema quando se fala da preservação ambiental no Brasil. Duro mesmo é a falta de ação. Há 4 anos, o país liberou empréstimo de US$ 200 milhões para financiar um programa de desenvolvimento sustentável no Pantanal. A quantia seria usada para recuperar bacias hidrográficas, controlar o uso de agrotóxicos na agricultura, ampliar as áreas de conservação e promover o ecoturismo. Parte dele iria viabilizar até projetos de saneamento básico em algumas áreas urbanas da região. Até agora, o ministério do Meio Ambiente não usou nem US$ 1 milhão, embora tenha já pago pouco mais do que este valor para manter o empréstimo em disponibilidade no BID. Em outubro, desembarca aqui missão do banco para avaliar o que anda sendo feito com o dinheiro. Como não há nada para mostrar, é provável que recomendem cancelar o financiamento.

Por Redação ((o))eco
6 de agosto de 2004
Notícias
6 de agosto de 2004

Volta ao futuro

No setor elétrico, há quem veja nas críticas da ministra Dilma Roussef ao processo de licenciamento ambiental de grandes obras no Brasil um eco dos desejos das grandes empreiteiras. A ênfase que o modelo petista dá a geração de energia, a opção pelas grandes hidrelétricas em detrimento das usinas térmicas – que não exigem muita obra – e possibilidade da aprovação das parcerias público-privadas (PPP’s) no Congresso mostram que o país está na bica de voltar aos anos 70, a época do Brasil Grande, que fez a felicidade de muito empreiteiro. Para chegar lá, só falta vencer um obstáculo que inexistia há 30 anos: as exigências de licenciamento ambiental.

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6 de agosto de 2004
Notícias
6 de agosto de 2004

Crise de identidade

MSC - Kiko, lá vai o rascunho do “quem somos”, que você me encomendou. É para ser corrigido e criticado:O Eco é um site jornalístico ligado no...

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6 de agosto de 2004
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4 de agosto de 2004

Arraias e a carta da SBPC

De: IWC/BRASILPara: Marcos Sá CorrêaAssunto: Arraias e a carta da SBPCO bate-boca abaixo pode te interessar. Estou brigando com os "cientistas" e argumentando em favor das restrições legais que existem à movimentação de material biológico transfronteiras. Não só os temas sanitários são importantes para esse debate, mas também a biopirataria e o tráfico de espécies ameaçadas são freqüentemente travestidos de "pesquisa", e é mais do que comum os "doutores" brasileiros simplesmente meterem amostras no bolso ou na mala e saírem por aí, sem querer se submeter aos processos legais necessários, obtenção de licenças e similares, etc.Estou achando que esse linchamento sumário, que querem promover contra os pobres dos funcionários da vigilância agropecuária, é um obscurantismo corporativista, que presta um desserviço ao cumprimento das normas internacionais de proteção da biodiversidade. Estou mandando isso a um monte de gente, para reflexão, pois acho que a SBPC está patrocinando uma baita injustiça. Pretendo também escrever aos ministros mencionados na carta-bobagem, para fazer um contraponto.Profunda indignação me causa é o teor dessa "Carta aos Comuns", enviadadiretamente do Olimpo dos Deuses Científicos.Realmente, a SBPC já tevedias melhores, em vez de se pronunciar a favor de um corporativismo que eximaos "cientistas" da lei e das normas de comportamento que regem a choldraignara - ou seja, nós. Falta muita leitura aos senhores doutores...José Palazzo.TrudaDe: Osmar Luiz JúniorPara: [email protected]:Arraias e a carta da SBPCSBPC pede apuração das responsabilidades pela destruição das arraias africanasO presidente da SBPC, Ennio Candotti, enviou carta, datada de 29 dejulho, aos ministros da C&T, Saúde, Meio Ambiente, Agricultura e Justiçamanifestando indignação com o ato, ocorrido na última sexta-feira, no RJ.Leia a íntegra da carta, endereçada ao ministro Eduardo Campos:Na sexta feira, 24 de julho de 2004, exemplares raros de arraias. africanas, trazidas ao Brasil das Ilhas Canárias pelo pesquisador brasileiro Marcelo Carvalho da Universidade de São Paulo, USP, foram sumariamente apreendidos e incinerados pelo funcionário José Alberto Correia Cardoso, da vigilância agropecuária do aeroporto do Rio de Janeiro.O material que, por estar preservado em formol, não apresentava qualquer risco de contaminação, havia sido cedido ao pesquisador pelo Governo espanhol e estava devidamente acompanhado por sua documentação de origem. A SBPC manifesta sua profunda indignação pelo deplorável ato de intolerância e prepotência burocrática.Denunciamos a agressão e o cerceamento das atividades de pesquisa científica e o abuso de autoridade do funcionário da vigilância do Ministério da Agricultura que não observou, no exame da questão, elementares normas de civilidade.Solicitamos aos senhores ministros da Ciência e Tecnologia, Saúde, Meio Ambiente e Agricultura e Justiça, a rigorosa apuração das responsabilidades pela destruição do valioso material de pesquisa e exemplar punição da prepotência no exercício da função pública.O caso em questão reveste-se de particular importância por ocorrer após recente manifestação do Sr. Presidente da República, que, por ocasião do programa Importa Fácil reafirmou o valor estratégico da pesquisa e estabeleceu legislação especial para desburocratizar a importação de materiais e insumos de interesse científico.Lamentamos que a orientação presidencial e as determinações Constitucionais de incentivo à ciência (Art. 218) não sejam observadas pelos funcionários e instituições de vigilância do Governo, que revelam ignorar o valor do conhecimento científico para a defesa dos interesses da nação.Observamos que fatos como o que aqui denunciamos ­ apreensão e destruição sumária de material de pesquisa - têm ocorrido com grande freqüência, indicando que os órgãos responsáveis não têm observado as diretrizes de Governo no trato das questões de interesse cientifico e tecnológico.A SBPC se coloca a disposição das autoridades para examinar, juntos, as causas da perseverante resistência destas agências em colaborar com o desenvolvimento científico e tecnológico do país e promover uma campanha de informação e treinamento dos funcionários envolvidos nos diferentes ministérios responsáveis pelas ações de controle e licenciamento do Governo.Eis mensagem de José Ricardo M. Mermudes, do Departamento de Entomologia do Museu de Zoologia da USP: 'Hoje falamos tanto em Biodiversidade e existem ainda burocratas incapazes de reconhecer um papel fundamental do zoólogo no Brasil e no mundo. Quando descrevemos e trabalhamos com espécies do Brasil e do mundo estamos garantindo a soberania do nosso país'.Leia a manifestação de Igor Freiberger, microempresário da área de informática e graduado em Direito pela UFRGS:'Burrice é o termo cabível para a atitude dos fiscais do Mapa no Aeroporto do Galeão. Destruir amostras biológicas por falta de documentação é algo injustificável, seja porque o problema poderia ser resolvido enquanto as amostras aguardassem liberação, seja pelo valor intrínseco do material biológico.No caso das raias emprestadas pelo governo espanhol, a situação é ainda mais grave: a arbitrariedade dos fiscais alcançou propriedade estrangeira e ignorou que os cientistas já estavam tomando as medidas para obter a documentação necessária.Segundo a lógica desses fiscais, um Rembrandt emprestado para uma. exposição no Brasil, se estivesse com a documentação incompleta, seria. queimado. Menos mal que obras de arte não estão sob a competência míope do.Ministério da Agricultura. Servidores públicos que agem dessa forma revelam despreparo e prepotência, violando a legalidade exigida para seus atos.Do alto de sua suposta autoridade, demonstram que existem dois brasis: o do lado de cá do balcão, que é mal-atendido pelo Estado, e o do lado de lá, repleto de prerrogativas e sempre com uma boa justificativa para atender mal'.

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004
Notícias
4 de agosto de 2004

Massacre na selva

Com a ajuda da Polícia Federal, o Ibama do Amazonas apreendeu este ano 1.800 peças de artesanato indígena feitas com penas de aves, escamas de pirarucu e dentes de peixe-boi, entre outros subprodutos de animais silvestres. Uma portaria da Funai editada em junho, quando começam as principais festas regionais, proibiu esse tipo de comércio. Antes a venda de artesanato com subprodutos da fauna silvestre era permitida desde que apresentasse “certificado de origem indígena”, uma garantia de que só eram utilizadas sobras da caça de subsistência. As evidências de que os índios passaram a exterminar animais para lucrar com o artesanato levou à suspensão das concessões. Segundo o Ibama, no ano passado cerca de 28 mil araras foram abatidas com este fim, em cálculo subestimado, baseado apenas no material apreendido. A portaria da Funai aumentou o rigor na fiscalização do período de festas em 2004, com a apreensão de todo o estoque das 38 lojas de artesanato cadastradas junto ao Ibama em Manaus. Nem a tradicional festa dos bois-bumbás de Parintins escapou: foram encontradas penas de papagaios e araras azuis na fantasia da cunhã-poranga (espécie de porta-bandeira) do Boi Caprichoso. O Ibama esperou o desfile acabar para apreender o material e multar a agremiação em R$ 25 mil.

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004
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4 de agosto de 2004

Adeus à floresta de araucárias

From: "Germano Woehl Jr." To: "Marcos Sá Corrêa" Sent: Saturday, July 31, 2004 7:03 PMSubject: Adeus à floresta de araucáriasMesmo restando (tanto no Paraná como em Santa Catarina) menos de 0,7% do que foi nossa majestosa floresta de araucárias, sua destruição continua ocorrendo de forma impiedosa e em ritmo acelerado, devido às exportações de soja para a China. Nada é capaz de deter a fúria destruidora do homem em busca da riqueza fácil e imediata. Que se danem as gerações futuras! O importante é o lucro fabuloso da venda da soja para a China, por mais um ou dois anos, quem sabe. A árvore araucária deverá ainda fazer parte do planeta por mais algumas décadas, séculos talvez, mas o ecossistema "floresta de araucárias", que abriga uma fabulosa fauna e flora, tem seus dias contados. Daí vocês podem deduzir que plantar algumas mudinhas de araucária tem pouco efeito prático (do ponto de vista da conservação da natureza), talvez ela tenha sido a árvore mais plantada pelo homem até hoje, no Brasil, e cadê a floresta? Como árvore isolada ou em monocultivo, a tendência é desaparecer também, mas vai demorar um pouco mais.Vejam na foto anexada como é triste o cenário de destruição de uma floresta de araucária que foi derrubada recente em Itaiópolis, SC (Distrito de Itaió). Numa floresta dessas, considerando só os animais vertebrados, deveriam existir algumas centenas de rãzinhas (que tiveram morte instantânea, esmagadas pelo trator-de-esteira), répteis, mamíferos e pássaros, como a ameaçadíssima gralha-azul, que depende dos frutos da araucária para sobreviver, o pinhão. Imaginem o que gralha-azul vai sentir quando estiver faminta e procurar por esta e outras araucárias próximas (estudos revelam que os animais mapeiam em seu cérebro as fontes de comida).Germano Woehl Jr.www.ra-bugio.org.brGuaramirim, SC

Por Redação ((o))eco
4 de agosto de 2004