Perto de completar um mês do rompimento da barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho (MG), o governo de Minas Gerais divulgou nesta quarta-feira (20) que pelo menos 4 bombeiros que trabalharam nos resgates dos corpos soterrados pela lama apresentam quantidades elevadas de metais pesados no corpo.
Segundo o Governo de Minas, exames de sangue e urina detectaram quantidade de alumínio acima do normal. Também foi detectado a presença de cobre nos organismos dos profissionais. Os agentes serão acompanhados por 20 anos.
“A alteração nesses parâmetros não significa intoxicação aguda por esses metais e essas pessoas permanecem assintomáticas. E seguindo o protocolo de monitoramento de sua saúde. É esperado que após a interrupção da exposição, os níveis destes metais no organismo sejam normalizados”, esclarece o governo, em nota.
O Corpo de Bombeiros estima que cerca de mil pessoas tenham tido contato direto ou indireto com a lama de rejeitos da barragem, inclusive por inalação. “Houve muito revezamento [de agentes]. Depois de todos os exames, somente três militares da tropa que trabalhou lá apresentaram alguma alteração, que pode ser de lá ou de outros lugares onde eles podem ter trabalhado”.
No dia 25 de janeiro, ocorreu o rompimento das barragens da mina Córrego do Feijão, que pertence a mineradora Vale, em Brumadinho. Segundo o último boletim do Corpo de Bombeiros divulgado na nesta quarta-feira (20), 139 pessoas estão desaparecidas e o número de óbitos chega a 171.
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