Salada Verde

Artista francês fará pintura gigante em honra às vítimas de Brumadinho

O artista Saype traz seu projeto Beyond Walls pela 1ª vez no Brasil. Francês fez pintura na Praia de Copacabana, no Rio, e agora segue para Brumadinho, Minas Gerais

Redação ((o))eco ·
22 de julho de 2022 · 2 anos atrás
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O artista francês Saype traz para o Brasil pela primeira vez seu projeto Beyond Walls (Além dos Muros, em tradução livre), desenvolvido desde 2019. A iniciativa tem como marca pinturas gigantes, feitas com pigmentos naturais e biodegradáveis, que mostram braços e mãos entrelaçados para simbolizar a união humana. Saype realizou duas obras na cidade do Rio de Janeiro, uma na praia de Copacabana e outra num campo de futebol. Agora, o francês segue para Brumadinho, em Minas Gerais. Por lá, ele fará uma pintura no campo de futebol do Córrego do Feijão, usado pelo Corpo de Bombeiros para trazer os corpos das vítimas do rompimento da barragem, que ocorreu em janeiro de 2019.

Crédito/foto: Saype

O artista conversou com membros da Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos da Tragédia do Rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão (AVABRUM), idealizadora do Projeto Legado de Brumadinho que atua para que tragédias como a que ocorreu na cidade mineira nunca mais aconteçam. Durante a conversa, Saype – nome artístico de Guillaume Legros – manifestou a importância de apoiar a causa dos moradores da cidade mineira e de trabalharmos juntos por um mundo mais sustentável.

“Eu sempre fui apaixonado pela natureza, pela sinergia que existe nela. E quando comecei a pintar na grama, vieram várias coisas em minha mente. A ideia é que as obras seriam efêmeras, que vem do budismo: a obra fica na memória, mas não no solo. E isso me dava possibilidades infinitas. Mas para ter sentido, eu precisaria encontrar, obrigatoriamente, uma maneira ecorresponsavel de fazer isso, então passei um ano pesquisando uma receita de tinta que está em evolução desde 2012. São pesquisas ambientais com os pigmentos que uso, além de estudos de solo, fauna e flora antes de pintar, durante e até três anos depois, tendo assim uma imagem do meu impacto ambiental”, diz Saype, ao falar sobre seu método de trabalho.


Pintura em um campo de futebol, no Instituto Heitor Carrilho, próximo ao Morro do Zinco, Rio de Janeiro. Crédito/foto: Saype

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