Rema, rema, remador: caiaque

De Guto Merkle Olá Ana Araújo, Sou instrutor de canoagem e topei por acaso na internet com sua coluna de 5.11.2005. Gostei bastante, só gostaria de comentar que o caiaque era uma embarcação esquimó utilizada exclusivamente para caça e não para passeios ou transporte. Daí só era utilizada por remadores (caçadores) experientes e não por "turistas da cidade", que na época não eram muito freqüentes por lá. Se já parece difícil apenas se manter de pé num caiaque, imagine arpoando algo e sendo arrastado pela presa... Para outros fins, os esquimós utilizavam o "umiak", embarcação maior e aberta com capacidade para várias pessoas, assim como uma baleeira. Aliás se alguém quiser apreender a rolar, é só falar com a gente... Abraços,

Por Redação ((o))eco
22 de novembro de 2005

Vestida de alface VI

De Paulo Moraes Tenho a curiosidade de saber se a jornalista Silvia Pilz dá alguma importância às críticas aos seus artigos, que muitas vezes se mostram mais provocativos do que informativos, atacando de forma frontal, movimentos que sem dúvida buscam, com imensas dificuldades, o bem estar da humanidade, como é o caso do movimento vegetariano/vegan.

Por Redação ((o))eco
22 de novembro de 2005

Vestida de alface V

Marilene VellascoPrezada Senhora,O que me conforta nessa vida é saber que apesar de no mundo haver muitas pessoas que pensam com a senhora (isso explica o mar de egoísmo em que vivemos), é ter a certeza de que TODOS, quando morremos, iremos enfrentar a Justiça de Deus que engloba em seu julgamento o nosso relacionamento com toda criação divina (seres racionais e irracionais).Se dependesse de pensamentos como o seu estaríamos, até hoje, diante da escravidão, de ir a uma arena e assistir o espetáculo de ver cristãos sendo jogados a leões, afinal, adequando suas palavras a cada situação tudo é válido em nome do fascínio:"Clique aqui para ler esta carta na íntegra."

Por Redação ((o))eco
21 de novembro de 2005

Parabéns

De Prof. Dr. Luís Fábio SilveiraDepartamento de Zoologia, Universidade de São PauloPrezado EditorGostaria de parabenizar toda a equipe que produz, semanalmente, o sítio O Eco. Apesar de receber as notícias via e.mail apenas à cerca de dois ou três meses, já há algum tempo eu venho ouvindo comentários positivos sobre as matérias produzidas e publicadas no sítio. Também é freqüente, mesmo fora dos ambientes mais acadêmicos, ouvir comentários sobre as notícias, o que atesta a grande penetração e popularidade do trabalho de vocês. Os alunos do programa de Pós-graduação do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e vários docentes do mesmo instituto são também assinantes e leitores assíduos. A qualidade e a seriedade do trabalho de vocês é um alento no mar de pseudociência que assola a nossa imprensa, vide a monstruosa gafe da Folha de São Paulo, no último dia 14 ou 15, que deu crédito aos "ufólogos" (?!) que descobriram (?!) o crânio (?!!!!) de um extraterrestre (?!!!!!!!!!!) no Ceará (?!), sabidamente um prosaico crânio de tartaruga.Parabéns à todos por trazerem sempre notícias bem fundamentadas. Só com informação de qualidade é que podemos tomar as decisões mais corretas.Atenciosamente

Por Redação ((o))eco
18 de novembro de 2005

Pobres carrapatos

De Fabio ConcesiPricewaterhouseCoopersTax and Legal Services. Gostaria de expressar meu contentamento ao ler a matéria da réporter Carolina Elia, sobre Carrapatos. A matéria está ótima. O texto está informativo e descontraído ao mesmo tempo. Parabéns!

Por Redação ((o))eco
17 de novembro de 2005

Vestida de alface IV

De TelmaAmigos,Esta nota matou a charada: realmente não está com nada ESCÂNDALOS ... GUERRAS ... BRIGAS ... ATAQUES ... BATE-BOCAS ... GROSSERIAS ...Não precisamos nos rebaixar ao nível do "Conan, O Bárbaro" (como citado abaixo) para nos fazer entender ... Podemos conduzir as campanhas , esclarecimentos, orientações sempre utilizando o LADO do BEM , palavras BOAS, EDUCADAS ... agindo SEMPRE como se as pessoas que estivessem errando (conforme o nosso conceito) fossem IGNORANTES no assunto, na causa, no efeito ... Nós podemos sempre conduzir as defesas simplesmente com defesas, sem ataques ... apenas mostrando coisas boas, imagens boas, matérias bacanas ilustrativas, conscientes ... "um colírio para os olhos e corações"... podemos atingir este lado do cerebro e com isso ganharmos mais adeptos/defensores !Fica ai a minha sugestão ... sem nenhuma intenção de polemizar ...

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Vestida de alface III

De Sílvia Luiza Lakatos34 anos, jornalista São Paulo, SP Atacar os ativistas pró-animais virou moda. A revista Veja e a Folha de São Paulo já descobriram que, quando querem alavancar o recebimento de cartas e criar "sensação" entre os leitores, basta publicar uma matéria defendendo o consumo da vitela, do foie-gras, do uso de peles na indústria da moda, os rodeios, a rinha de galo, a vivissecção... Enfim, qualquer coisa que atinja em cheio os brios das pessoas que se importam com o bem-estar animal, e que o fazem independentemente de sofrerem críticas e ataques por suas posições.Você mesma, Silvia Pilz, volta e meia utiliza esse recurso em sua coluna. Já defendeu rodeio, já defendeu a liberação da caça... Agora, faz uma crítica gratuita àqueles que se opões ao uso de pedaços de animais mortos na vestimenta humana.Eu poderia simplesmente "passar batido", deixar pra lá... Mas a gente fica com um nó na garganta, sabe?O que leva pessoas inteligentes e bem informadas, como é o seu caso, a gastarem tempo e energia para criar argumentos falaciosos em defesa da exploração animal? Seja franca: tem cabimento criar o bicho, depois tirar a vida do bicho, e transformar os restos mortais dele em casaco, salsicha, bolsa, patê ou seja lá o que for? Tem algum sentido um homem adulto paramentar-se com roupas ridículas e ficar chacoalhando em cima de um touro que, coitado!, fica sendo picado pelas esporas do imbecil? E há coisa mais estúpida do que um monte de marmanjo se armar até os dentes para perseguir e matar animais indefesos? O ser humano não pode muito bem passar sem isso? Tem sentido usar seres menos capacitados do que nós, mas nem por isso menos sencientes, para nossa diversão, alimentação, vaidade? E, oras, não me venha com aquele papo de topo da cadeia alimentar! O ser humano é dotado de inteligência e capacidade de escolha, e estes elementos o tornam plenamente capaz de prescindir do uso dos outros animais.Além disso, devorar pedaços de animais mortos, e cobrir-se com fragmentos de suas peles, são hábitos que remetem a Conan, O Bárbaro. Em pleno século 21, a humanidade poderia muito bem evoluir um bocadinho nos seus conceitos estéticos e dietéticos.Cordialmente,

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Vestida de alface II

De Debbie Hirst Bancaria americana, trabalhando no BrasilAlguns comentários ao seu artigo:Submeto que o fato que até você comenta sobre o vestido feito de verduras prova que PETA realizou exatamente o impacto desejado! Como uma jornalista você deve entender que muitas coisas são feitas para atrair a midia (Submeto que até seus artigos, as vezes claramente escritas para gerar polemica, são da mesma familia?!) A luta de defesa de animais é baseada em informação, porque nos acreditamos que não é na genetica da raça humana o desejo de causar sofrimento, então atraves de educação e informação pessoas vão modificar seu comportamento. Quando a midia da cobertura ao material, um grupo maior é atingida - por exemplo, graças ao seu artigo mais pessoas sabem do evento de Peta, que você alega desprezar.Querida, você parece bem jovenzinha tambem no seu foto, então acho interessante suas criticas sobre os jovens atras de PEA e as atitudes "estudantis" (a proposito, não tenho afiliação ou envolvimento com este grupo). Estou uma ativista agora na minha meia-idade. Quando estava aluna, importei mais com festas, cerveja e meninos. Tenho o maximo respeito para jovens que respondem a uma chamada mais nobre do que a do bar mais perto. Tem tantas historias do sucesso dos movimentos feitos pelos jovens, até no Brasil. Você é muito injusta quando você despreza este movimento.Finalmente, mesmo que eu tenha quase certeza que sua ultima frase foi feita para gerar polêmica, vou pegar a isca. Um drogrado tem prazer quando ele toma drogas. Um sadista tem prazer quando ele abusa das pessoas. Muitas pessoas tinham (e até tem) prazer dos resultados do trabalho escravo. Receber prazer de um ato não justifica o ato. Se isso fosse a verdade, não teria mais animais sendo abusados em nome de sustentação da raça humana, porque isso me daria mais prazer que qualquer outra coisa na minha vida!

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Para não engolir sapos

De Adrian Antonio Garda Graduate Student, Department of Zoology and SN Oklahoma Museum of Natural HistoryGostei muito da reportagem publicada pela jornalista Marina Lemle no site O Eco. Tanto a leitura que ela fez das desclarações como o modo de explicar onde está a polêmica são muito bons.Tenho apenas uma colocação a fazer. A frase inicial "Anfíbios do Brasil estão no centro de uma polêmica que opõe cientistas nacionais e estrangeiros" leva a discussão para o rumo errado, em minha opinião.Diversos brasileiros (como eu) acreditam que a análise subsequente dos dados pelos pesquisadores "estrangeiros" não é errada, e que estamos sim subestimando a quantidade de anfíbios em declínio no nosso País. Isso ficou muito claro a partir de um simpósio feito durante o último congresso de herpetologia do brasil, realizado na PUC-Minas. Havia quem concordasse com Stuart e quem concordasse com "os brasileiros".Alguns pesquisadores internacionais, por sua vez, concordam com a posição dos pesquisadores brasileiros envolvidos na confecção da lista. Assim, talvez tenha faltado um pouco de pesquisa de campo dos jornalistas para verificar que, dentro do próprio Brasil, não há consenso sobre o assunto. Entendo que é difícil arrumar tempo para fazer isso (minha irmã é jornalista).É errado, em minha opinião, centrar a questão em um tom nacionalista, quando dentro do Brasil não há consenso sobre o assunto. No mais, acho a reportagem de excelente qualidade e somente o fato de colocar nossos sapos na mídia já é um ponto extremamente positivo. Agradeço a atenção,

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Cobras criadas

De Manoel M S Sobrinho Sr. Editor,Venho parabenizá-los pela excelente reportagem sobre o processo de formação de novas espécies em ilhas do litoral brasileiro. Tal tipo de divulgação vem reafirmar a riqueza de nossa fauna e flora e a importância da pesquisa no assunto.Cabe, no entanto, uma observação. Segundo o tom da reportagem, dá-se uma visão lamarquiana ao processo de evolução.Trechos como: "(...)elas viram seus habitats se modificarem e para sobreviver precisaram desenvolver, geração após geração, novas características físicas e de comportamento (...)", ou ainda, "(...)O principal motivo das alterações genéticas foi a escassez de alimento. Habituadas, em terra, a comer pequenos mamíferos como ratos e gambás, as jararacas se viram obrigadas a buscar outras dietas depois que o alimento se extinguiu (...)"; dão a entender que o ambiente provocou modificações genéticas nos indivíduos, quando na realidade essas modificações ocorreram ao acaso (variabilidade) e o ambiente selecionou (seleção natural) os indivíduos mais aptos, e esses sim, transmitiram essa carga genética para os descendentes (visão neodarwiniana).Volto a reafirmar a qualidade do material jornalístico publicado por O Eco, desejando longa vida ao site e parabéns ao seu grupo de trabalho.Atenciosamente,

Por Redação ((o))eco
16 de novembro de 2005

Vestida de alface

De Adriana Lisboa Oi, Silvia,Acabo de ler o seu artigo em O Eco. Eu em parte concordo com você - um vestido de alface não é nada atraente. Sou membro da PETA e, aqui no Brasil, do instituto Nina Rosa, embora profissionalmente minha praia seja a literatura (sou escritora e tradutora). No entanto, não se trata de "relaxar um pouco e entender que o fascínio existe, que nem sempre ele é produto de devastações ambientais e que, mesmo quando é, produz algum tipo de prazer, ainda que seja tão somente estético - o que já é muita coisa." Acredito que não é exatamente a preservação do ambiente que está em jogo, aqui, mas uma luta contra o especismo - contra o milenar equívoco filosófico que leva o homem a achar que é superior aos outros animais e que, por isso, pode dispor deles. Esse é o mesmo princípio, como ensinou com extrema clareza o filósofo Peter Singer (o mais importante nome de bioética), que leva, por exemplo, o homem a achar que é superior à mulher, ou o branco a achar que é superior ao negro, ao índio.Um outro desdobramento é que, mesmo se cairmos na esparrela da superioridade/inferioridade, existe um dado factual, que é o de que os animais sofrem quando submetidos a certas práticas. Chinchilas confinadas sofrem, galinhas em granjas industriais sofrem, ratos de laboratório sofrem - a vida inteira.É contra esse sofrimento que eu pessoalmente me rebelo e isso o que me leva a ser vegetariana, a não usar couro, lã, seda ou peles de animais e a evitar comprar produtos testados em animais. Em útlima análise, é isso o que me leva a, apesar de tudo, achar um vestido de alface, por mais insosso que seja, mais atraente do que um casaco de peles.Com um grande abraço,

Por Redação ((o))eco
15 de novembro de 2005

Mal acostumados

De Luiz Gustavo Gonçalves Sobre as matérias que se referiam à invasão do Parque Nacional pelos guarani, tenho basicamente duas coisas a colocar:1) O Parque do Iguaçu, como de resto boa parte dos Parques Nacionais, se constitui numa zona de extremo e histórico conflito. Por isso, o isolamento "para turista ver" de uma área como aquela, a fim de resguardá-la da "ação predatória" dos "grileiros pilantras" que de uma hora para a outra se tornaram as pessoas que viviam no local, é e sempre será insustentável, ambiental e eticamente. 2) Os índios, tal como são pintados nas matérias, aparecem todos por seus aspectos, vamos dizer, negativos para a "platéia culta": usam celular, não sabem caçar, usam roupas (!), dormem sob lonas pretas (MST!!) entre outras coisas. Em suma: não são mais "índios". Mas, quem define isso? Os jornalistas? Os leitores? FURNAS, que dá merreca de terras pra assentamentos deles? Acho que faltou investigação in loco, ouvindo todas as partes. Não é isso que está no manual da faculdade?

Por Redação ((o))eco
11 de novembro de 2005