Proteger o quê? – IV

De Edward Wilson Martins - SP Prezados: Lamentável o artigo da Maria Tereza Jorge Pádua defendendo a liberação da caça, que certamente "eco_ou" se não muito mal, pelo menos de forma ultra polêmica. Além de não trazer nada de novo aos argumentos já surrados dos defensores da caça, ainda traz "pérolas" de insensatez do tipo: "Por exemplo, os grandes especialistas em conservação da natureza, em sua maioria, são ou foram caçadores ou pescadores". É o fim... ! Usando o mesmo argumento da articulista, ao defender a caça, afirmamos que é: "É difícil de acreditar que pessoas de boa fé, que querem ajudar a proteção de nossa fauna silvestre, podem prejudicar exatamente o que tanto lutam para salvar, por falta de correta informação ou de suficiente conhecimento do tema". Essa frase serve para a Dra. Maria Tereza, que deveria se informar mais, aprender mais, e não se empolgar com teses que servem bem aos que querem, aos poucos, liberar mais para destruir o que ainda resta preservado. Acho também que o "Eco", em respeito à sua diversidade de leitores, deveria publicar estudo de quem é contra a liberação da caça, suas razões, os tais "ambientalistas radicais e vegetarianos ...", porque de repente vai ficar a impressão, de arrepiar, que o "Eco" é também partidário da caça científica ... das baleias, por exemplo. Cordiais saudações,

Por Redação ((o))eco
18 de janeiro de 2006

Proteger o quê? – III

De Geraldo Alves de Souza FilhoCaçador e Ambientalista SIM!!!É impressionante como os ditos ambientalistas radicais, que são contra a caça amadorista, sempre se apoiam em discursos vagos e que não condizem com a realidade.Refiro-me principalmente ao comentário da senhora Debbie Hirst, que ao discorrer sobre o assunto, ou esconde a verdade, ou realmente não sabe nada a respeito.Os exemplos de que a caça amadorista exerce um importante papel conservacionista de biomas e espécies existem por todo o mundo, inclusive no Brasil!!! Como citou a própria Maria Tereza em sua coluna atual!!!A idéia de que a caça amadorista só é aplicável em ''superpopulações'' animais é outro grande equívoco, populações saudáveis em equilíbrio também dão suporte a desfrutes sustentáveis... Basta fazer uma pequena revisão aqui mesmo nas colunas deste jornal, afinal Marc Dourojeanni escreveu nada menos que quatro artigos a respeito... Manejo de Fauna I, II, III e IV...E a estória (com ''e'' mesmo) dos esterelizantes químicos... como fazer por exemplo nos búfalos em Guaporé, nas capivaras nas regiões sudeste e sul do Brasil? É muito fácil ter estas ''idéias mirabolantes''... difícil (pra não dizer impossível) é aplicá-las... E mais, quem paga a conta? No caso da caça amadorista os praticantes pagam tudo, pesquisa, fiscalização, monitoramento, manutenção das áreas conservadas etc.É exatamente porque o mundo evoluiu que em quase todos países do planeta pratica-se a caça amadorista, inclusive nos países de primeiro mundo sem exceção!!!Os argumentos dos caçadores não prestam mais? Como também disse a Maria Tereza, os grandes ambientalistas do mundo, ou são, ou foram caçadores!!! Mera coincidência? Ou o que não presta mais são os ambientalistas do ''ar condicionado'', ''essencialmente urbanos'', que se ''apaixonam'' pela natureza pela tela de um computador e se informam sobre o assunto nos telejornais e revistas brasileiras?Afinal estamos contrapondo, antes de mais nada, conhecimentos de Maria Tereza Jorge Pádua e de Debbie H... (o que mesmo?)No mais, grande abraço e parabéns a Maria Tereza, pois o Brasil e o mundo precisam de pessoas que digam a verdade e sobretudo com conhecimento de causa!!!

Por Lorenzo Aldé
17 de janeiro de 2006

O Incra como catástrofe ambiental

De Tietta PivattoBonito - MSPrezado Fábio Olmos,Acabei de ler seu artigo no boletim eletrônico "O Eco", e quero parabenizá-lo pela perfeita leitura da máquina de desmatamento que é o Incra. Compartilho totalmente com sua visão e opinião sobre o assunto.Moro em Bonito, MS, ao lado do PARNA Serra da Bodoquena, que se tiver curiosidade de verificar no site do Ibama, vai perceber que seu desenho mostra exatamente o que não foi possível ser desmatado para pecuária. Ainda assim, em recente participação na Avaliação Ecológica Rápida do Parque, pude ver muitas áreas desmatadas que foram incluídas para garantir a manutenção do ecossistema local, num futuro projeto de recuperação.Estamos agora testemunhando a briga travada entre o diretor do Parque e o Incra, cujo plano de assentamento para a região praticamente cerca toda a borda do Parque, além de estar pleiteando uma fazenda tradicional da região em cuja área encontraram-se vestígios indígenas e uma das mais importantes cavernas calcárias da Serra da Bodoquena. Da mesma forma que testemunhou na Amazônia, o que vemos aqui são assentamentos em área de relevo totalmente inadequado na morraria pedregosa, transformados em pasto e em reserva de madeira e caça para os assentados. Também sabemos que alguns dos "sem-terra" que aguardam lotes na região não se enquadram no perfil desejado para este programa.Moro aqui há seis anos e a cada ano vejo as condições ambientais se reduzindo, os rios cristalinos que são propagandeados pelo turismo cada vez mais degradados, e os ambientalistas perdendo espaço. Temos um escritório do Ibama, SEMA Estadual e Municipal, três Ongs e um punhado de biólogos e engenheiros florestais, entre outros tantos defensores do meio ambiente, e ainda assim estamos perdendo a luta para o desmatamento. Obriga-se proprietários de sítios turísticos a fazer licenciamentos ambientais caros e demorados, enquanto em menos de dois meses a licença para desmatamento está autorizada, ainda que as propriedades desrespeitem Reservas Legais e APPs.Vou encaminhar seu artigo para vários colegas da região que também compartilham com esta visão. Que fique claro porém que sou a favor de uma reforma social que dê chance à parte mais pobre da sociedade de sobreviver com dignidade, mas que também tenham direito a um meio ambiente saudável, como deveria garantir nossa Constituição. Existe na região, em áreas longe do Parque, assentamentos produtivos e que estão conseguindo gerar renda para seus moradores. Eles não deveriam ser transformados em cúmplices destes crimes ambientais como tem feito governo e poderosos em geral, mas serem respeitados e terem direito a uma vida digna.Abraços,

Por Lorenzo Aldé
17 de janeiro de 2006

Proteger o quê? – II

De Debbie Hirst Ambientalista radical (se isso significa ser contra caça!) e vegetarianaCausar sofrimento é errado. Ponto final. A lei fala que abate (que é o que caça basicamente é) precisa ser feito para não causar sofrimento ao animal, e não tem com garantir isso na caça. Tambem, é pouco comprovado que caça realmente maneja a população dos animais numa maneira coerente. Manejar superpopulação de animais silvestres é um dever atualmente da raça humana, porque nossa interferência está causando um grande desequilíbrio. Mas o argumento que precisa fazer isso através de caça está totalmente falaz.Hoje existe esterilizantes químicos que podem ser muito facilmente utilizados para realizar um resultado muito mais eficaz que o de caça. Caça não discrimina entre os velhos, jovens, fêmeas ou machos. Esterilizante químico faz.Chega com o argumento que caça é necessário. O mundo já evoluiu. Convoco os malditos "ambientalistas radicais e (pasma) os vegetarianos" de estudar estes métodos que já existem fora do Brazil, porque os argumentos dos caçadores simplesmente não prestam mais.

Por Lorenzo Aldé
17 de janeiro de 2006

Proteger o quê? – I

De Claudio TulioDebbie,A aversão pura e simples de pessoas que se manifestam contrárias a práticas de uso sustentável de qualquer recurso natural renovável biótico é a força motriz e alicerce principal das práticas de desmatamento no Brasil.Aos olhos destes não podemos usar sabiamente a nossa fauna e flora mas podemos buscar o "desenvolvimento" com gado (europeu e asiático), com o café (das árabias), com o arroz (da Ásia), com a soja (sei lá de onde), com o eucalipto (da Oceania) etc. etc. etc.Tudo isso às custas do DESMATAMENTO de nossos remanescentes nativos. O problema é que muitas pessoas que se dizem "ecologistas" são justamente aquelas que ao verem uma vaca holandesa pastando em uma forrageira exótica suspiram: "A natureza é linda". Estes sempre apelam para o lado emocional e fingem não ver que nossos ecossistemas estão sendo MASSACRADOS pela expansão da fronteira agrícola para o USO ALTERNATIVO do solo.Muitas pessoas são contra a caça e bebem leitinho todo dia de manhã. Mal sabem da crueldade que significa para o meio ambiente em trocar todo um ecossistema nativo pela Brachiária decubens... Todos os animais que existem nestas áreas são mortos pois perdem abrigo, nidificação, alimentos. Imagine a cena de uma fêmea de veado não podendo dar à luz porque o seu ninho foi destruído por um trator de esteira para formar pastagem para quem acha que a caça é um "absurdo" tomar seu leitinho todo dia. Com relação a Leis e normas, saiba que a caça no Brasil é Legal (Lei 5197/67 - código de caça; Lei 9605/98 - desde que autorizada pelo Ibama), razoavelmente regulamentada (Port. 310-p e 79 - não me lembro o ano).

Por Lorenzo Aldé
17 de janeiro de 2006

Reforma na reserva

Capt. Donald Reid (ret)Diretor- Administrador - Andetur Brasil Ltda.AndreiaUpdate: Possibly we can still save the SERNATIVO RPPN. As a result of your report and our request to IBAMA, the agency that is bringing the "Sem Terras" will consider letting our ONG administer the RPPN for them. Dra. Cecelia, as you know, moved to Recife and spent the money that she received when she sold the reserve. Tomorrow we have a meeting here in Natal to discuss out proposal. I spent this last weekend in Acari discussing the new Roteiro Seridó project which we would be trying to emplant in the sertão. The fiscals from IBAMA are watching the movement of the farmers close to the line of the reserve.Thank you!

Por Redação ((o))eco
16 de janeiro de 2006

Uma heroína diferente V

De Silvestre GorgulhoDiretor-Geral da Folha do Meio Ambiente Mais do que dar meu depoimento sobre tudo que a Maria Tereza Jorge Pádua escreveu sobre a horoína de Abaeté-MG, quero deixar aqui registrado a importância destes heróis anônimos deste Brasilzão velho de Deus . Como a heroína de Abaeté, eles dignificam o serviço público, pelo trabalho digno, pela honestidade em tratar a coisa pública e pela dedicação com que se envolvem no trabalho do dia-a-dia. Longe dos mensalões, dos conchavos, das maracutaias e dos interesses politiqueiros, são esses heróis - que - graças a Deus - são muitos, apesar da mídia ignorá-los, que constroem este País.Salve as Creuzas, as Marias Terezas e todos que anonimamente têm garra e coragem para defender a verdade e a vida.

Por Redação ((o))eco
13 de janeiro de 2006

Uma heroína diferente IV

De Reginaldo Anaissi Costa Senhor Editor, O artigo da sempre competente Mª Tereza Jorge Pádua, sobre uma heroína urbana que já fez muito mais pelo meio ambiente do que muitos que se dizem ambientalistas, além de demonstrar quem é Mª Tereza, faz justiça aqueles que, como a Creuzinha, trabalham, e como trabalham, quase no anonimato, mas que são fundamentais para a realização de tais trabalhos. A história da Creuza se confunde com a história do IBAMA e, principalmente nesse momento, onde alguns não conhecem nossa história e outros fazem questão de esquecê-la. Eu me considero um privilegiado por conhecer a história do IBAMA e, principalmente, por conhecer a Creuza e ser considerado seu amigo. Parabéns mesmo.

Por Redação ((o))eco
12 de janeiro de 2006

Uma heroína diferente III

De Flávio Quando li o título da matéria pensei: pronto, inventaram a heroína transgênica, o "barato" vai ser muito maior.Mas quando comecei a lê-la vi que se tratava de algo muito sério. E, casualmente, falando de uma pessoa que conheci há alguns anos. Realmente é tudo o que está descrito e mais alguma coisa que, provavelmente, o espaço não permitiu colocar.A Creuzinha, como sempre a chamamos, conseqüência do seu pouco mais de 1,50 m, é a prova viva que nos pequenos frascos estão o melhor perfumes e, quando necessário, os piores venenos! Resolve tudo, sabe tudo, não manda recado, não faz concessões, não tem meio termo, ou está muito alegre ou muito brava e quando é este o caso é melhor não encarar!Sempre foi secretária dos presidentes do IBAMA (entre os quais a colunista) e sempre defendeu o IBAMA, o presidente de plantão e o meio ambiente com unhas e dentes.Por traz de sua "brabeza" tem um grande coração, sempre dividindo com suas colegas tudo o que ganhava, fosse uma bala ou um saco de bombons.As vezes ficava sem para ela, mas sempre dividia. É um orgulho saber que está sendo lembrada e num jornal tão importante.A bem da verdade acho que merece uma estátua em qualquer parque nacional (ela não ia querer por poluir o ambiente e por medo de cobras) mas acho que a homenagem foi bem feita!Um abração Creuzinha, não sei se você lembra de mim, sou o Flávio Âncora!

Por Redação ((o))eco
11 de janeiro de 2006

Uma heroína diferente II

De Inah Guatura É muito bom vermos reconhecidos valores que, muitas vezes, podem passar desapercebidos daqueles que não compartilham no cotidiano a vida de um Gabinete como é o do IBAMA. Como Chefe do Gabinete do IBAMA desde 2003 ratifico as palavras da Maria Tereza relativas àquela que torna nossa vida em prol do meio ambiente mais fácil, executando tudo com o dinamismo daqueles que estão iniciando sua vida profissional e com a competência que agregou ao longo de sua carreira como servidora pública. Parabéns Creuza, você merece! Um abraço,

Por Redação ((o))eco
11 de janeiro de 2006