Um ponto

O encontro entre Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, Tasso Azevedo, diretor do Serviço Florestal Brasileiro, e Demian Fioca, presidente do BNDES, para discutir a abertura de duas linhas de crédito para fomento de atividades nos distritos florestais que o governo está criando na Amazônia foi curta e objetiva. Decidiu-se concentrar esforços para botar de pé linha de crédito específica para incentivar o reflorestamento em um milhão de hectares no distrito de Carajás, no Leste do Pará. Ela vai destinar um volume razoável de dinheiro para financiar a compra, pelas siderúrgicas da região, da produção de eucaliptos em pequenas propriedades. Falta apenas decidir a quantia. Fioca e Azevedo já chegaram a um número, que precisa do aval da área técnica do BNDES.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

Radiografia

O distrito florestal de Carajás deve ser criado formalmente em março com 25 milhões de hectares dos quais 40% estão desmatados. Vivem lá cerca de 200 mil pessoas ocupando propriedades com tamanho médio de 40 hectares. Nos últimos anos, o principal fator de pressão para a derrubada de árvores na região tem vindo da necessidade dos produtores de ferro guza de obterem carvão vegetal para fazer seus fornos funcionarem. A média anual de desmatamento estava girando em torno dos 150 mil hectares. O governo interviu pesado na região no ano passado.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

Destino

Brasília ainda não sabe o que fazer com os 100 mil metros cúbicos de carvão vegetal que foram apreendidos em Carajás no ano passado. O desejo do governo era vender todo esse volume. A idéia enfrenta obstáculos legais.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

Dois pontos

Além da questão do financiamento para fomentar o replantio de floresta em Carajás, há outros dois pontos a serem resolvidos para colocar o distrito florestal da região de pé. A primeira é a adesão das siderúrgicas a um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que prevê a redução de sua produção de ferro guza para ajustá-la a capacidade da região de produção legal de carvão vegetal. A segunda é definir mecanismos para incentivar o plantio de árvores nativas. A política de reflorestamento do governo prevê um limite de 40% dos um milhão de hectares que serão destinados ao reflorestamento para o plantio de eucaliptos.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

Dúvidas

Não será tarefa fácil incentivar o reflorestamento com espécies nativas no distrito florestal de Carajás. Os proprietários locais, sempre que conversam com gente do governo sobre o assunto, fazem quatro perguntas. Onde conseguem sementes, onde conseguem mudas, se elas vão crescer e quem compra a madeira que for explorada? As respostas que ouvem são, pela ordem, na floresta, plantando, difícil dizer e “existem, na região, 11 pólos madeireiros”.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

Redução

Está acertado que o projeto do governo para o distrito florestal de Carajás prevê uma flexibilização da exigência de reserva legal, que na Amazônia é de 80% da extensão total de uma propriedade. Ela será reduzida para 50% para fins de recuperação, coisa que já está prevista em lei.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

No forno

Por falar em reserva legal, o governo tem um decreto pronto para permitir que os estados façam o seu zoneamento ecológico-econômico em etapas. Hoje, eles são obrigados a reordenar a ocupação de seu território por inteiro, de uma só vez. E o que a reserva legal tem a ver com isso? O decreto vai permitir que cada área a ser reordenada tenha um percentual de reserva adaptado às suas necessidades de recuperação da cobertura florestal.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

Nos demos mal

Bem fazem os metereologistas, que sempre lembram como é difícil prever e confiar no clima. Nem bem O Eco decidiu fazer uma capa homenageando a quantidade de chuvas do verão carioca, o sol deu o ar de sua graça e brilhou no fim de semana. Ele voltou a sumir nesta segunda-feira.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

Dedo do homem

Pesquisadores europeus concluíram que a erupção do vulcão de lama Lusi, na Indonésia, em maio do ano passado, teve causas humanas. Devido à intensa perfuração para exploração de gás no entorno de um aquífero, o vulcão jorra de sete a 150 mil m3 de lama por dia e deixa inabitada uma área de pelo menos 10km2 ao seu redor. O artigo completo dos cientistas sobre o caso pode ser lido no site da revisa GSA Today.

Por Redação ((o))eco
29 de janeiro de 2007

Depois da chuva

Essa imagem cai muito bem ao ar londrino do atual verão carioca, com poucos dias de sol, muita chuva e temperaturas, pelo menos para quem esperava...

Por Redação ((o))eco
26 de janeiro de 2007

A Serra da Canastra

O rio São Francisco nasce onde lobos-guarás, veados, gaviões e patos mergulhões vivem em meio a campos de cerrado protegidos por um parque, no interior de Minas Gerias.

Por Adriano Gambarini
26 de janeiro de 2007

Em tempos de artigo 23

Agora que a regulamentação do artigo 23 da Constituição tornou-se para o governo a solução para todos os embates no licenciamento ambiental, o Mato Grosso está produzindo um bom estudo de caso. Lá, o Ministério Público Federal entrou com um recurso no Tribunal Regional Federal (TRF-1) para suspender as obras da hidrelétrica de Paranatinga II, no rio Culuene. O argumento é de que a obra afetará o Parque Índigena do Xingu, portanto não pode ser licenciada pelo órgão estadual de meio ambiente (Fema). A responsabilidade é do Ibama, dizem os promotores.

Por Redação ((o))eco
26 de janeiro de 2007