Devagar e para sempre

O jornal The New York Times publicou esta semana uma longa reportagem sobre a vida das tartarugas. Segundo especialistas, os órgãos do bicho não se enfraquecem com o tempo, como acontece com outros animais, inclusive o homem. Daí a sua imensa capacidade de sobreviver a situações inóspitas. “As tartarugas não morrem de velhice”, disse um dos cientistas ouvidos pelo jornal, que completa: “De fato, se elas não forem comidas, destroçadas por um automóvel ou tomadas por alguma doença, elas podem viver indefinidamente”. Advinha qual a maior ameaça aos lentos animaizinhos. Uma dica: o vilão anda sobre duas pernas, tem polegares opositores e se acha o mais inteligente dos seres vivos.

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

A união faz a força

Com o reconhecimento da Ministra, a próxima fase é tirar os Mosaicos do papel, o que significa basicamente criação de conselhos gestores e implementação de ações integradas. Como por exemplo, fiscalização conjunta e compartilhamento de equipamentos. O Eco conversou com chefes de diferentes unidades de conservação envolvidas no projeto e todos revelaram uma esperança de suprir as carências de suas unidades através das parcerias previstas no Mosaico. Evandro Gonçalves Chaves, chefe da Floresta Nacional de Lorena (SP), também acha que as propostas para a criação de corredores ecológicos entre as unidades serão mais eficazes e o processo pode ser agilizado. A ver.

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

No horizonte

Se der certo, quem lucra são os habitantes dos três estados, principalmente os da Bacia do Paraíba do Sul, onde a preservação da Mata Atlântica é vital para a conservação da biodiversidade, do clima e do abastecimento de água tantos das pessoas quanto das indústrias que movem a economia local. Mas por enquanto ainda não há verba garantida para a consolidação dos os mosaicos.

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

A número 1

A Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, no Acre, se tornou a primeira unidade de conservação das 52 existentes no Brasil nesta categoria a ter um plano de manejo aprovado como manda a Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Ou seja, aprovado pelo conselho deliberativo dos moradores. Até então, os planos das Resex eram apenas homologados pelo Ibama.

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

Correção básica

Desde sua criação, em 1990, a Chico Mendes tinha apenas um plano de utilização. Neste plano permitia-se que até 10% de cada propriedade fosse desmatada. Isso vinha gerando um aumento da degradação, como mostrou recente reportagem de O Eco. Agora, no plano de manejo, ao invés de porcentagens, definiu-se que cada seringueiro poderá desmatar 30 hectares, sendo que 50% desta área poderá ser utilizada para pecuária. Quem já desmatou mais do que isso, terá que recuperar.

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

Os estudos continuam

O plano de manejo fez também um zoneamento da Chico Mendes. A reserva foi dividida em quatro categorias. A zona populacional, zona de manejo florestal, zona de uso comunitário, zona de recuperação. Na área de manejo florestal, o plano liberou as atividades madereiras. A condição, entretanto, é que a madeira seja uma fonte complementar de renda e que não seja extraída com estratégias de exploração de larga escala.

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

Escudo

Outro ponto importante no plano de manejo da Chico Mendes, foi o estabelecimento da zona de amortecimento. Os moradores e o Ibama optaram por seguir a Resolução 13 do Conama (1990) que estabelece um arco de 10km no entorno da unidades de conservação. Na face oeste e norte da reserva, a zona de amortecimento terá trechos ainda maiores para proteger nascentes de igarapés que abastecem a Resex mas que estavam fora de seus limites. Já na face sul, a proteção se estende até a BR-317, hoje vista como a maior ameaça para a conservação da Chico Mendes.

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

Contestado

O licenciamento ambiental e a licitação do projeto Portal da Amazônia, que prevê amplas intervenções na orla de Belém (PA), estão sendo contestados pelo Ministério Público Federal no Pará. Segundo o MPF, a licitação da obra foi realizada antes do licenciamento ambiental, procedimento considerado ilegal. Além disso, a Prefeitura de Belém licenciou apenas 2.200 metros do empreendimento, que prevê alterações ao longo de 6.600 metros da avenida Bernardo Sayão. Uma ação civil pública foi ajuizada contra o município, o estado e a construtora Andrade Gutierrez S.A, vencedora da licitação.

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

Golpe de sorte

Proprietária de uma fazenda no Pantanal conseguiu liminar para impedir que o Incra desaproprie suas terras, sob o argumento de que essas se encontram numa área de proteção ambiental. Segundo relatório do Ibama, o imóvel rural não pode ser destinado à reforma agrária porque "o adensamento populacional na região é condenável sob o ponto de vista ambiental".

Por Redação ((o))eco
15 de dezembro de 2006

Destravou

Saiu a licença ambiental do Ibama para a instalação da hidrelétrica de Estreito, no rio Tocantins, na divisa do Maranhão com o estado do Tocantins. As obras, segundo o consórcio de empresas responsável pela usina, começa logo depois de terminado o verão. Ela deve estar pronta para funcionar em 2010 e vai alagar uma área de 555 quilômetros quadrados.

Por Carolina Elia
14 de dezembro de 2006

Entraves

Estreito recebeu a licença prévia do Ibama em fevereiro de 2005. Mas permaneceram duas pendências – nenhuma delas, ao contrário do que imagina o presidente Lula, de cunho ambiental. A primeira dizia respeito a quem pagaria a conta de construção de uma eclusa para a transposição de barcos que navegam no Tocantins. A conta ficou para o contribuinte através do Ministério dos Transportes. A segunda envolvia um estudo pedido pela Funai ao consórcio de Estreito sobre as populações indígenas. Ele só ficou pronto no início de novembro.

Por Carolina Elia
14 de dezembro de 2006

Fim de ano

Este ano foi o sexto mais quente de que se tem notícia, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM) num relatório divulgado nesta quinta-feira. A primeira medição da instituição data de 1861. Segundo a OMM, a temperatura do planeta subiu 0,7°C desde 1900, mas boa parte desse aumento veio a partir de 1976. Os termômetros bateram recordes em diversos locais do globo – a Europa viu o mês de julho mais quente da história e os Estados Unidos tiveram a maior alta entre janeiro e setembro. O documento diz também que 2006 foi o ano mais quente que já se viu no Reino Unido – e os registros do país datam de 1659.

Por Redação ((o))eco
14 de dezembro de 2006