No vermelho

Ambientalistas britânicos estão furiosos com o governo por causa de um corte de 200 milhões de libras (mais de 800 milhões de reais) no orçamento do Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais do país (Defra). O órgão, que estava no vermelho, cuida da proteção ambiental de espécies nativas e do manejo de lixo, entre outras funções, conta o The Independent.

Por Redação ((o))eco
3 de agosto de 2006

Gênio

O cientista-popstar Stephen Hawkins apelou para o mundo virtual na busca de respostas para uma das questões que o têm perturbado nos últimos tempos. Abriu o seguinte tópico numa comunidade na Internet: “Num mundo de caos político, social e ambiental, como a raça humana agüentará mais cem anos?” Mais de 25 mil pessoas deram opiniões das mais diversas, desde apelos religiosos à confiança no desenvolvimento de novas tecnologias. Quando chegou a vez de Hawkins expor a sua solução, o desapontamento foi geral. “Não sei a resposta. Por isso fiz a pergunta”, disse ele. Apesar disso, segundo o jornal britânico The Guardian, o físico deu pistas do que pensa sobre o assunto. Acha que só vivendo em outros planetas o homem conseguirá se livrar dos problemas em que se meteu por aqui.

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3 de agosto de 2006

Contas

A chegada de agosto fez crescer o movimento da bolsa de apostas sobre os números do desmatamento na Amazônia para 2005-2006. Há uma unanimidade geral: o índice vai cair novamente. As divergências são sobre o tamanho da queda em relação a 2004-2005, quando a devastação atingiu 18 mil e 900 quilômetros quadrados. A maioria das fichas está sendo colocada numa redução em torno de 20% na derrubada de árvores na região, o que dá um número entre 15 mil e 16 mil quilômetros quadrados.

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3 de agosto de 2006

Difícil celebrar

Apesar de mais essa esperada queda na taxa de desmatamento na Amazônia, levando-se em consideração que dois de seus principais agentes – o agronegócio e o corte ilegal de madeira – estão retraídos este ano, o número ainda é alto e mostra que o Brasil continua sem conseguir resolver de uma vez por todas o problema da repressão ao corte indiscriminado de árvores na região.

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3 de agosto de 2006

Aplauso localizado

Este ano, o governo resolveu concentrar parte de suas ações contra o desmatamento na região de Carajás, no Pará. Lá, o corte ilegal alimenta com carvão vegetal os fornos das siderúrgicas que brotaram à sobra das operações de extração de minério de ferro da Companhia Vale do Rio Doce. Desde que as ações de repressão começaram em fins do ano passado, o Ibama já apreendeu 200 mil metros cúbicos de carvão vegetal, quantia suficiente para encher as caçambas de dez mil caminhões.

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3 de agosto de 2006

Cara nova

Parte da estratégia do governo para resolver a questão do desmatamento e seus afins, como o trabalho escravo, na região de Carajás passa por imprimir um novo perfil econômico à região, reduzindo sua dependência na siderurgia. A idéia é implementar um distrito com fins marcadamente florestais, que será inaugurado com projetos de replantio de espécies nativas.

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3 de agosto de 2006

Campeões

Apesar da ação, as indicações preliminares são de que o desmatamento na região de Carajás ainda será alto este ano. Ele deve crescer também um pouco, muito pouco, na Terra do Meio, sul do Pará, onde no ano passado o corte de árvores foi praticamente zerado. Outra região onde é esperado um aumento no desmatamento é na Ponta do Abunã, no Amazonas, bem entre Rondônia e Acre. É área cortada pela BR-364, colocada recentemente pelo governo federal sob o regime de limitação administrativa, para tentar organizar a bagunça e impedir a continuação do corte da floresta.

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3 de agosto de 2006

Acordo

O governo federal se prepara também para liberar planos de manejos suspensos desde o ano passado no Pará. Chegou-se a um acordo sobre a transição dos métodos implantados hoje para os que serão permitidos pela Lei de Florestas, que entra em vigor em 2007. Dentro de 15 dias, madeireiros voltam para a mata no Oeste do estado para cortar.

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3 de agosto de 2006

Relação

O programa de descentralização do governo federal, que repassa aos estados uma série de funções de gestão florestal, vai muito bem, na visão de Brasília, com Acre, Mato Grosso e Amazonas. E está melhorando muito com o Pará.

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3 de agosto de 2006

Sobrevida

A tão anunciada morte das ATPFs – os documentos que atestam a legalidade de origem de produtos madeireiros – e sua substituição pelos DOFs (Documento de Origem Florestal) – que serão emitidos eletronicamente – não deve acontecer ainda em agosto, como anda dizendo o Ibama. A passagem de um regime para o outro é mais complicada do que parece. Os estados, que terão papel importante na questão a partir do instante em que os DOFs forem implantados, estão pedindo que o processo ande mais devagar. A transição de dados, como os créditos atuais dos madeireiros em ATPFs para o novo sistema, é complexa. E Brasília ainda não finalizou a compra de todos os equipamentos necessários ao funcionamento do DOF. Com boa vontade, talvez a coisa esteja andando lá para setembro. Mas não é certo.

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3 de agosto de 2006

Agenda

Na semana que vem, o Comitê que acompanha a implantação dos DOFs, formado por Ongs, empresários madeireiros e funcionários dos governos estaduais e federal deve ter a última discussão sobre o texto da Instrução Normativa que regulará a transição do atual regime, baseado nas ATPFs, para o novo.

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3 de agosto de 2006