Área de risco

Na capa do The New York Times (gratuito) está a história fantástica de uma senhora de 50 anos que foi presa por morar dentro de uma caverna cavada por lava no Havaí. Ela foi acusada de acampamento ilegal, distúrbio de paisagens geológicas e poluição - os móveis que ela mantinha dentro da caverna foram considerados lixo. Mas Ms. Harmony é apenas o caso mais radical de um grupo de americanos que decidiu morar bem perto de vulcões. Eles acham a paisagem linda e no último ano o valor desse tipo de terreno no Havaí já aumentou em 20%. Os cientistas avisam: a lava vai cobrir tudo em breve.

Por Redação ((o))eco
30 de junho de 2005

720 horas acordado

Cientistas da Califórnia descobriram que orcas e golfinhos-nariz-de-garrafa não dormem durante o primeiro mês de vida. Como mãe é mãe, elas também não fecham o olho para poder vigiá-los. Um dos motivos para a insônia precoce seria a necessidade de se movimentar para se aquecer, uma vez que o corpo ainda não tem muita gordura. A história está na Folha de São Paulo (só para assinantes).

Por Redação ((o))eco
30 de junho de 2005

Transposição e extinção

Um impacto ambiental não previsto pelo projeto de transposição do rio São Francisco pode obrigar o Ibama a rever a licença da obra. Segundo o professor Wilson Costa, da UFRJ, as alterações do regime hídrico na Caatinga podem levar à extinção de 11 das 17 espécies de peixes anuais registradas na região. Para sobreviver, os peixes anuais dependem de áreas que só ficam alagadas durante o período de chuvas. Eles morrem mas seus ovos só resistem em terra seca, eclodindo quando volta a chover. Costa é o maior especialista do mundo em peixes anuais, e foi responsável pela descoberta de 15 espécies no Nordeste, todas a partir dos anos 90. Mexer na vazão do São Francisco pode alterar a situação das várzeas do rio, único habitat de 11 espécies. Como o estudo de impacto ambiental do projeto não menciona esta ameaça, os opositores da transposição ganham um forte argumento para contestar a liberação da obra.

Por Lorenzo Aldé
29 de junho de 2005

Catarina é furacão

Depois de mais de um ano de polêmica, cientistas brasileiros e estrangeiros bateram o martelo: o Catarina foi um furacão. Ele atingiu o estado de Santa Catarina em março de 2004 e desde então sua classificação causava discórdia entre especialistas. Ciclone extratropical e ciclone subtropical eram as outras alternativas para definir o fenômeno, que nunca tinha ocorrido na região. A conclusão foi apresentada nesta quarta-feira na sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), onde foi realizado um workshop com a presença de 160 pesquisadores dos principais centros de tecnologia do país e convidados do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) e do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR), dos Estados Unidos. Mas a decisão não significa consenso. A palavra final só veio momentos antes da coletiva para a imprensa, no encerramento do evento. Certeza mesmo quanto ao Catarina, os cientistas têm uma: o fenômeno vai se repetir em algum momento no Atlântico Sul.

Por Lorenzo Aldé
29 de junho de 2005

Fim da urgência

O Executivo retirou, nesta quarta-feira, a urgência constitucional de três projetos que trancavam a pauta do plenário da Câmara, entre eles o Projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas. Tasso Azevedo, diretor de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, ainda acredita que o projeto possa ser votado hoje, mesmo sem a urgência constitucional. “Estamos batalhando. Hoje é o limite. Caso não passe, vai complicar”, disse. Se sair da pauta, a proposta, que é a principal aposta do Governo para estimular o desenvolvimento sustentável na Amazônia, só deve ir a plenário no segundo semestre. Na melhor das hipóteses. “Perdemos o timming. Agora pode levar anos para efetivar esta aprovação”, disse a deputada Maria Helena (PPS-RR), presidente da comissão da Amazônia.

Por Lorenzo Aldé
29 de junho de 2005

Otimismo de Marina

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados para explicar por que o Plano de Prevenção e Controle ao Desmatamento na Amazônia, que instituiu 142 ações de 13 ministérios coordenados pela Casa Civil, teve resultado tão frustrante até agora. A ministra mostrou-se otimista. Garantiu que o governo deverá gastar R$ 390 milhões até 2007 para combater o desmatamento. Disse também que, desde 2003, foram criadas 27 delegacias de combate ao crime ambiental e que o desmatamento vem desacelerando na região. Segundo Marina, apesar de a Amazônia ter perdido 26.130 km² entre julho de 2003 e julho de 2004 (o equivalente a um estado de Alagoas), a taxa de desmatamento deixou de crescer 27% ao ano. No governo Lula, o desmatamento cresceu, mas "apenas" 6% ao ano. Marina também anunciou uma notícia preocupante: a tarefa de criar um projeto para uso sustentável da Amazônia caberá ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Que de sustentabilidade entende pouco.

Por Carolina Mourão Lorenzo Aldé
29 de junho de 2005

Safra cai mas soja avança

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira uma pesquisa sobre a produção agrícola de 2004 nos municípios. Os dados mostram que a produção de grãos no país diminuiu 3,65% em relação a 2003, devido, principalmente, a fatores climáticos. Isso não refreou a expansão territorial da soja: apesar da queda de 4,6% na produção do grão, a área plantada aumentou 16,5% em 2004, ultrapassando os 21 milhões de hectares. Não por acaso, das dez cidades que mais cresceram na produção agrícola, sete estão no estado de Mato Grosso, que sozinho produz 29,3% da soja nacional e 48% do desmatamento na Amazônia. A liderança é de Sorriso. Com pouco mais de 46 mil habitantes, o município é o maior produtor de soja e o quarto maior de milho do Brasil.

Por Ana Redação ((o))eco
29 de junho de 2005

Mulher em pêlo, árvore no chão

A notícia é da Reuters. Fala de tática utilizada pelos madeireiros ilegais na Índia para enganar a polícia. Talvez seja melhor dizer seduzir os policiais para impedí-los de fazer seu trabalho. Eles estão empregando mulheres para tirar a roupa no meio do mato bem na frente dos fiscais. Segundo as autoridades, o mulheril deixa os homens da lei atônitos, sem saber o que fazer: prendê-las ou olhá-las. Enquanto isso, os madeireiros escapam com seu butim.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Sem salmão

Boa parte da frota de pesqueiros no Oeste dos Estados Unidos está parada. Nada surpreendente, não fosse agora a época de pico para a pesca do salmão no Oceano Pacífico. Os barcos estão proibidos de pescar por ordem do governo federal, que espera com a medida repovoar o rio Klamath, no Oregon, de onde até 2001, desciam para o mar salmões aos milhões. Nesse ano, o manejo da pesca, por razão ainda desconhecida, foi mal gerido. No ano seguinte, conta reportagem do The New York Times, também. Resultado, matou-se mais salmões do que se devia e sobraram poucos para subir o Klamath e reproduzir nas suas cabeceiras. Isso provocou queda drástica nos estoque de salmão na costa do Oregon. Daí a proibição da pesca. Os pescadores, claro, estão detestando.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Viva a gasolina

O Senado americano aprovou ampla legislação sobre energia, diz o The New York Times. Ela prevê subsídios de 18 bilhões para o setor. A maioria do dinheiro, entretanto, vai para financiar a expansão do uso de combustíveis fósseis. O efeito-estufa agradece . A medida ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

A energia eterna

A França foi escolhida para abrigar a primeira usina do consórcio ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), que tem como principais membros Rússia, Estados Unidos, China, Coréia do Sul, França e Inglaterra. Ela vai tentar desenvolver a tecnologia de produção de energia através da fusão nuclear, usando como base a água do mar. Ninguém sabe se vai dar certo. Mas sabe-se que o projeto a ser instalado na França vai custar 10 bilhões de euros. Provavelmente mais, diz notícia do Le Figaro. O The New York Times tem reportagem mostrando que a fusão nuclear é o atual “cálice sagrado” da Ciência. Se a teoria virar realidade, a Terra entrará no paraíso da energia que não é só limpa, mas eterna.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Onde os macacos reinam

Gilbratar pode ser território britânico, mas quem tomou conta do estreito foram os macacos importados de Marrocos por Churchill. Atualmente são cerca de 230 macacos que roubam pães nas cozinhas, entram nos quartos dos hotéis, invade as casas e tomam banho em piscinas alheias. De tanto roubar doce de criança, eles já apresentam problemas de cárie, conta o The New York Times (gratuito). Apesar dos turistas adorarem os macacos, a população local quer vê-los mortos.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005