Futuro ruim

No realclimate.org, o super blog de climatologistas escrito em linguagem para leigo nenhum cair no sono, um “posting” dá conta do feito científico da pesquisa realizada pelos europeus que apareceu na Science. Ela confirma teoria que vinha se tornando cada vez mais corrente sobre o aquecimento global e, de um modo geral, permite aos paleoclimatologistas – a turma que tenta entender o que se passou, e passa, com o clima da Terra nos últimos milhares de anos fazendo escavações em camadas de gelo – realizarem estudos cada vez mais perfeitos. No geral, para os leigos, o blog explica que os resultados são péssimos e indicam que o futuro é pior ainda.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Fim

No próximo dia 30, encerra-se oficialmente a temporada de furacões no mundo e o The Washington Post aproveita a data para voltar a um assunto que ficou muito em voga depois que o Katrina reduziu Nova Orleans a ruínas. Na ponta do lápis, está comprovado que desde 1995 a natureza não produz uma torrente de furacões cuja marca é a extrema violência. Também já está se dando de barato que a próxima década vai dar seguimento a esta tendência. Igualmente, ninguém discute também que a força recente dos furacões deve-se a temperaturas de superfície fora do normal na região central do Atlântico. Não se tem certeza, porém, se tudo isso pode ser atribuído ao efeito-estufa. Agora, o que não falta é razão para desconfiar que isso possa ser a mais pura verdade.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Vítimas

E um jornal, o Guardian, e uma revista, a National Geographic, trazem histórias sobre o drama de dois grupos de criaturas que sofrem barbaramente por conta do aquecimento global. Na revista, as estrelas da tragédia são os ursos polares . O derretimento que graça na Antártica está encolhendo seu habitat, formado essencialmente por gelo. No jornal, a história tem como protagonistas os 980 seres humanos que habitavam o atol de Carteret. Há 30 anos, eles batalham contra o aumento do nível de água no Pacífico, causado pelo aquecimento global. Mas esta semana, desistiram. Chegaram à conclusão que seu torrão natal vai mesmo submergir e estão se mudando de mala e cuia para a Papua-Nova Guiné. São os primeiros refugiados humanos do desastre climático que estamos pacientemente construindo há séculos.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Contramão

Ninguém precisa ir cortando os pulsos por conta do pesado noticiário sobre o crescimento do aquecimento global e suas prováveis consequências catastróficas. Pelo menos não ainda. Há muita gente buscando meios de reverter o processo. Como Nova Iorque, nos Estados Unidos. Segundo o The New York Times, seu conselho ambiental, espécie de órgão regulador, divulgou regras para obrigar as montadoras a produzirem carros mais eficientes e menos poluentes. Basicamente, a cidade imita o que fez a Califórnia e a rigor não pede muito. Apenas que as revendedoras distribuam apenas automóveis que já venham com tecnologias chamadas limpas, como os híbridos de eletricidade e gasolina. As montadoras entraram na justiça contra as medidas. Vão perder na cidade. Mas querem evitar que o estado de Nova Iorque adote as mesmas regras de seu maior centro urbano.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Dinheiro por conservação

As montadoras, desde a semana passada, souberam que a sua briga para continuar a produzir carros que poluem a atmosfera vai ser travada também em outro ringue. No caso, o Congresso americano, onde o senador democrata Barack Obama introduziu projeto de lei que propõe auxílio financeiro para os fabricantes que construírem veículos mais ambientalmente corretos. Os ambientalistas, diz a Grist, gostaram da idéia pela metade. Dizem que se o contribuinte vai pagar para melhorar o ar, dá para exigir das montadoras esforço mais radical de redução da emissão de poluentes por seus carros.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Mercado

E começou semana passada na Bolsa do Rio, coisa que O Eco também frangou, uma mercado para a compra e venda de certificados de redução de emissão de poluentes na atmosfera. Para os leigos, significa que indústrias que poluem demais podem comprar créditos de quem polui menos e ganhar tempo para adequar suas operações a um mundo que cada vez mais parece pedir um tratamento melhor para a natureza. O assunto foi destaque na Environmental News Service.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Ecoempresas

Pode ser que o leitor que viva no Brasil, país que trata muitíssimo mal de seu meio ambiente, possa achar a penúltima frase da nota acima uma piada. Mas o The New York Times tem reportagem que mostra que não. As empresas que desenvolveram, muitas delas por acidente, produtos mais “limpos” há, dez, vinte anos e não tinham como trazê-los ao mercado por conta do custo, estão lavando a alma de 3 anos para cá. Por pressão de acionistas e consumidores, ou a mais pura realidade, tudo isso ficou economicamente viável. Entre a turma que está se aproveitando da onda, estão algumas marcas que um dia podiam ser tranqüilamente associadas à poluição desmedida, como a Cargill, Chevron e General Electric. Ótima notícia.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Plano legal

E outra boa notícia, esta no Le Monde. O governo francês apresentou seu plano para colocar o país no rumo de evitar a perda da biodiversidade. Quer chegar a este ponto em 2010 e prevê ações não só em território nacional, mas a adoção de medidas que evitarão impacto em outras áreas do planeta, como a proibição aos barcos de bandeira francesa de realizarem pesca em águas profundas em qualquer canto dos oceanos. Super exemplo.

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28 de novembro de 2005

Contra pulgas

O mundo luta contra o vírus da gripe do frango, o Brasil tenta escapar dos carrapatos e Nova Iorque, bem Nova Iorque está em tenaz guerra contra pulgas. Aparentemente, os colchões dos nova-iorquinos tornaram-se fazendas de criação do bicho e o The New York Times diz que entomologistas comparam a situação à praga dos gafanhotos que, em tempos bíblicos, devastou os campos do Egito. Os insetos adoram morder humanos e dois já morreram por conta de suas dentadas.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005

Som da devastação

Relatório das Nações Unidas divulgado no fim de semana diz que o uso indiscriminados de sonares pelas marinhas das superpotências ameaçam o senso de direção, e portanto a capacidade migratória, de golfinhos e baleias. A notícia está no The Washington Post.

Por Redação ((o))eco
28 de novembro de 2005