Mais um round

Na segunda-feira, 4 de julho, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) recebe ambientalistas para discutir a resolução que possibilita a exploração de Áreas de Preservação Permanente (APPs). A reunião será realizada às 9h na Fundacentro, que fica na rua Capote Valente, 710, no bairro de Pinheiros, São Paulo. Estarão presentes o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, o consultor jurídico da instituição, os membros do Conama e diversas ongs ambientais. Uma delas, o Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), apresentará um vídeo com entrevistas de especialistas sobre os malefícios que a resolução pode causar ao meio ambiente. O vídeo será enviado às 27 Procuradorias Gerais de Justiça de todo país. Por pressão dos ambientalistas, a votação da resolução já foi adiada duas vezes. Agora está marcada para os dias 27 e 28 de julho.

Por Ana Redação ((o))eco
1 de julho de 2005

Na escola

Boas iniciativas ambientais patrocinadas por empresas são desenvolvidas por todo o Brasil, e não é preciso grande fortuna para bancá-las. Um exemplo vem das cidades de Joinville e Itaiópolis, em Santa Catarina. Há 13 anos, a Empresa Brasileira de Compressores (Embraco) dá prêmios em dinheiro para as escolas locais que apresentarem os melhores projetos de

Por Ana Redação ((o))eco
1 de julho de 2005

A Coruja Buraqueira

A Coruja Buraqueira (Athene cunicularia) foi fotografada protegendo filhotes próxima do ninho - um buraco no chão de um gramado na Asa Norte em...

1 de julho de 2005

Mangue 1 x 0 Shopping

Uma ação popular conseguiu paralisar a construção de um grande shopping em área de mangue no bairro Santa Mônica, em Florianópolis. A ação foi movida pelo advogado Marcelo Peregrino Ferreira contra a Prefeitura da capital catarinense. De acordo com o desembargador Edgard Lippmann Júnior, do Tribunal Regional Federal (TRF), que concedeu liminar suspendendo a obra, a Prefeitura não poderia autorizar o shopping porque a área pertence à União. "A paralisação da obra não podia ser postergada, pois depois a situação talvez não tivesse mais retorno", afirmou Lippmann. O Grupo Santa Fé, proprietário do shopping, anunciou que vai recorrer. "Se o terreno do shopping está ilegal, todo o bairro está", afirmou, em nota.

Por Lorenzo Aldé
30 de junho de 2005

Véspera de campeonato

Enquanto o jornal britânico The Guardian (gratuito) deu destaque na capa para os acertos finais da reunião do G-8, que tratará de aquecimento global, a imprensa americana não deu a mínima para o assunto. Sinal da importância que cada país está dando para o encontro. O primeiro ministro britânico, Tony Blair, se esforça para convencer os participantes a se comprometerem a diminuir as taxas de emissão de carbono. Já o governo Bush vem remando na direção contrária. Até agora, os Estados Unidos estão levando a melhor.

Por Redação ((o))eco
30 de junho de 2005

Área de risco

Na capa do The New York Times (gratuito) está a história fantástica de uma senhora de 50 anos que foi presa por morar dentro de uma caverna cavada por lava no Havaí. Ela foi acusada de acampamento ilegal, distúrbio de paisagens geológicas e poluição - os móveis que ela mantinha dentro da caverna foram considerados lixo. Mas Ms. Harmony é apenas o caso mais radical de um grupo de americanos que decidiu morar bem perto de vulcões. Eles acham a paisagem linda e no último ano o valor desse tipo de terreno no Havaí já aumentou em 20%. Os cientistas avisam: a lava vai cobrir tudo em breve.

Por Redação ((o))eco
30 de junho de 2005

720 horas acordado

Cientistas da Califórnia descobriram que orcas e golfinhos-nariz-de-garrafa não dormem durante o primeiro mês de vida. Como mãe é mãe, elas também não fecham o olho para poder vigiá-los. Um dos motivos para a insônia precoce seria a necessidade de se movimentar para se aquecer, uma vez que o corpo ainda não tem muita gordura. A história está na Folha de São Paulo (só para assinantes).

Por Redação ((o))eco
30 de junho de 2005

Transposição e extinção

Um impacto ambiental não previsto pelo projeto de transposição do rio São Francisco pode obrigar o Ibama a rever a licença da obra. Segundo o professor Wilson Costa, da UFRJ, as alterações do regime hídrico na Caatinga podem levar à extinção de 11 das 17 espécies de peixes anuais registradas na região. Para sobreviver, os peixes anuais dependem de áreas que só ficam alagadas durante o período de chuvas. Eles morrem mas seus ovos só resistem em terra seca, eclodindo quando volta a chover. Costa é o maior especialista do mundo em peixes anuais, e foi responsável pela descoberta de 15 espécies no Nordeste, todas a partir dos anos 90. Mexer na vazão do São Francisco pode alterar a situação das várzeas do rio, único habitat de 11 espécies. Como o estudo de impacto ambiental do projeto não menciona esta ameaça, os opositores da transposição ganham um forte argumento para contestar a liberação da obra.

Por Lorenzo Aldé
29 de junho de 2005

Catarina é furacão

Depois de mais de um ano de polêmica, cientistas brasileiros e estrangeiros bateram o martelo: o Catarina foi um furacão. Ele atingiu o estado de Santa Catarina em março de 2004 e desde então sua classificação causava discórdia entre especialistas. Ciclone extratropical e ciclone subtropical eram as outras alternativas para definir o fenômeno, que nunca tinha ocorrido na região. A conclusão foi apresentada nesta quarta-feira na sede do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), onde foi realizado um workshop com a presença de 160 pesquisadores dos principais centros de tecnologia do país e convidados do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) e do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR), dos Estados Unidos. Mas a decisão não significa consenso. A palavra final só veio momentos antes da coletiva para a imprensa, no encerramento do evento. Certeza mesmo quanto ao Catarina, os cientistas têm uma: o fenômeno vai se repetir em algum momento no Atlântico Sul.

Por Lorenzo Aldé
29 de junho de 2005

Fim da urgência

O Executivo retirou, nesta quarta-feira, a urgência constitucional de três projetos que trancavam a pauta do plenário da Câmara, entre eles o Projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas. Tasso Azevedo, diretor de Florestas do Ministério do Meio Ambiente, ainda acredita que o projeto possa ser votado hoje, mesmo sem a urgência constitucional. “Estamos batalhando. Hoje é o limite. Caso não passe, vai complicar”, disse. Se sair da pauta, a proposta, que é a principal aposta do Governo para estimular o desenvolvimento sustentável na Amazônia, só deve ir a plenário no segundo semestre. Na melhor das hipóteses. “Perdemos o timming. Agora pode levar anos para efetivar esta aprovação”, disse a deputada Maria Helena (PPS-RR), presidente da comissão da Amazônia.

Por Lorenzo Aldé
29 de junho de 2005