Otimismo de Marina

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados para explicar por que o Plano de Prevenção e Controle ao Desmatamento na Amazônia, que instituiu 142 ações de 13 ministérios coordenados pela Casa Civil, teve resultado tão frustrante até agora. A ministra mostrou-se otimista. Garantiu que o governo deverá gastar R$ 390 milhões até 2007 para combater o desmatamento. Disse também que, desde 2003, foram criadas 27 delegacias de combate ao crime ambiental e que o desmatamento vem desacelerando na região. Segundo Marina, apesar de a Amazônia ter perdido 26.130 km² entre julho de 2003 e julho de 2004 (o equivalente a um estado de Alagoas), a taxa de desmatamento deixou de crescer 27% ao ano. No governo Lula, o desmatamento cresceu, mas "apenas" 6% ao ano. Marina também anunciou uma notícia preocupante: a tarefa de criar um projeto para uso sustentável da Amazônia caberá ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Que de sustentabilidade entende pouco.

Por Carolina Mourão Lorenzo Aldé
29 de junho de 2005

Safra cai mas soja avança

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira uma pesquisa sobre a produção agrícola de 2004 nos municípios. Os dados mostram que a produção de grãos no país diminuiu 3,65% em relação a 2003, devido, principalmente, a fatores climáticos. Isso não refreou a expansão territorial da soja: apesar da queda de 4,6% na produção do grão, a área plantada aumentou 16,5% em 2004, ultrapassando os 21 milhões de hectares. Não por acaso, das dez cidades que mais cresceram na produção agrícola, sete estão no estado de Mato Grosso, que sozinho produz 29,3% da soja nacional e 48% do desmatamento na Amazônia. A liderança é de Sorriso. Com pouco mais de 46 mil habitantes, o município é o maior produtor de soja e o quarto maior de milho do Brasil.

Por Ana Redação ((o))eco
29 de junho de 2005

Mulher em pêlo, árvore no chão

A notícia é da Reuters. Fala de tática utilizada pelos madeireiros ilegais na Índia para enganar a polícia. Talvez seja melhor dizer seduzir os policiais para impedí-los de fazer seu trabalho. Eles estão empregando mulheres para tirar a roupa no meio do mato bem na frente dos fiscais. Segundo as autoridades, o mulheril deixa os homens da lei atônitos, sem saber o que fazer: prendê-las ou olhá-las. Enquanto isso, os madeireiros escapam com seu butim.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Sem salmão

Boa parte da frota de pesqueiros no Oeste dos Estados Unidos está parada. Nada surpreendente, não fosse agora a época de pico para a pesca do salmão no Oceano Pacífico. Os barcos estão proibidos de pescar por ordem do governo federal, que espera com a medida repovoar o rio Klamath, no Oregon, de onde até 2001, desciam para o mar salmões aos milhões. Nesse ano, o manejo da pesca, por razão ainda desconhecida, foi mal gerido. No ano seguinte, conta reportagem do The New York Times, também. Resultado, matou-se mais salmões do que se devia e sobraram poucos para subir o Klamath e reproduzir nas suas cabeceiras. Isso provocou queda drástica nos estoque de salmão na costa do Oregon. Daí a proibição da pesca. Os pescadores, claro, estão detestando.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Viva a gasolina

O Senado americano aprovou ampla legislação sobre energia, diz o The New York Times. Ela prevê subsídios de 18 bilhões para o setor. A maioria do dinheiro, entretanto, vai para financiar a expansão do uso de combustíveis fósseis. O efeito-estufa agradece . A medida ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

A energia eterna

A França foi escolhida para abrigar a primeira usina do consórcio ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), que tem como principais membros Rússia, Estados Unidos, China, Coréia do Sul, França e Inglaterra. Ela vai tentar desenvolver a tecnologia de produção de energia através da fusão nuclear, usando como base a água do mar. Ninguém sabe se vai dar certo. Mas sabe-se que o projeto a ser instalado na França vai custar 10 bilhões de euros. Provavelmente mais, diz notícia do Le Figaro. O The New York Times tem reportagem mostrando que a fusão nuclear é o atual “cálice sagrado” da Ciência. Se a teoria virar realidade, a Terra entrará no paraíso da energia que não é só limpa, mas eterna.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Onde os macacos reinam

Gilbratar pode ser território britânico, mas quem tomou conta do estreito foram os macacos importados de Marrocos por Churchill. Atualmente são cerca de 230 macacos que roubam pães nas cozinhas, entram nos quartos dos hotéis, invade as casas e tomam banho em piscinas alheias. De tanto roubar doce de criança, eles já apresentam problemas de cárie, conta o The New York Times (gratuito). Apesar dos turistas adorarem os macacos, a população local quer vê-los mortos.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Lei ameaçada

Quem diria, o governo Bush decidiu mexer até no que parecia ser sagrado para democratas e republicanos: o Endagered Species Act - uma lei que protege os animais e as plantas ameaçados de extinção nos EUA. A Casa Branca comprou o argumento de alguns setores industriais que a lei é exagerada. Ela impede quase qualquer tipo de atividade em regiões considerados “habitat crítico”. O que atrapalha e muito os planos de empresários. Tem um pássaro, por exemplo, que vive em áreas ricas em gás e petróleo, relata o The New York Times.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Money,money,money

Ainda no The New York Times, há uma matéria sobre o novo foco de interesse dos empresários do Vale do Silício, Califórnia. De uns tempos para cá eles tem investido cada vez mais em tecnologia limpa: energia solar e alternativas de combustível. Vontade de melhorar o mundo? “Não”,diz um dos adeptos à causa ambiental, “ apenas uma grande chance de ganhar dinheiro. As verdinhas são a minha motivação ecológica.".

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005

Uma possível solução

Em entrevista à Folha de São Paulo, pesquisadores do Ipam alertam que compradores internacionais de grão e carne começaram a exigir produtos brasileiros que não degradem o meio ambiente. Em outras palavras, não desmatem a Amazônia. A exigência, que ainda não se consolidou, pode forçar o pessoal do agronegócio a entrar na linha. O movimento ganhou força com o anúncio da astronômica taxa de desmatamento da Amazônia entre 2003-2004.

Por Redação ((o))eco
28 de junho de 2005