O jardim do Zé

O jardim não teve inauguração oficial, banda de música nem placa de bronze, mas está lá, bem na porta de entrada de Santa Vitória do Palmar, no extremo sul do Brasil, há cinco anos. O povo o conhece como “o jardim do Zé”. Isto porque, ao contrário do que sempre acontece com o ajardinamento da obras públicas, sempre por conta do município, o jardim foi pago pelo Zé. Quem é o Zé? De tão modesto ele prefere deixar o nome de fora. Sabe-se que é pai do ex-prefeito. Há pelo menos uma pista para explicar sua paixão pelo jardim: ele já foi membro da Comissão de Meio Ambiente da cidade, antes da gestão do filho. O jardim do Zé era apenas um canteiro no meio da avenida de acesso à cidade, com um pouco de grama rala. Até o dia em que Zé se fartou do visual pobre e resolveu dar uma incrementada. Primeiro, deu um jeito na grama. Depois, gastou alguns trocados comprando sementes de flores do campo. “Algumas horas por dia, alguns dias por mês, é tudo o que me toma. E o efeito fica bonito, não é?”. Fica. Santa Vitória e os viajantes agradecem.

Por Redação ((o))eco
28 de março de 2005

No topo do mundo

Na CNN (gratuita), uma longa reportagem sobre uma das mais famosas vias férreas do mundo, por onde roda com agenda regular o Expresso Glacier, trem...

Por Manoel Francisco Brito
25 de março de 2005

Cadê as crianças

Reportagem do The New York Times (gratuito, pede cadastro) diz que as cidades americanas com melhores índices de qualidade de vida têm um ponto em comum: a falta de criancas. A razão não é a velha e boa desculpa que as mulheres estão parindo mais tarde por conta de terem carreiras profissionais. O fenômeno, diz um estudioso entrevistado pelo jornal, é provocado justamente por ações que aumentam a qualidade do espaço urbano, como restaurantes e lojas mais refinadas, canteiros de flores arrumados nas calçadas, restrições à circulação de carros e residências mais elaboradas. Tudo isto torna as cidades muito caras e empurra pessoas abaixo dos 35 anos, grupo com maiores chances de reprodução, para os subúrbios.

Por Redação ((o))eco
25 de março de 2005

Ratos na Páscoa

Na Austrália, o coelhinho da Páscoa tem um forte concorrente. É o ratinho da Páscoa, simbolo criado há duas décadas no interior do país como uma espécie de protesto contra os piores inimigos dos fazendeiros locais, os coelhos, que entra ano sai ano devastam um bom percentual das colheitas usando-as como alimentos quando as plantas ainda estão no solo, em fase de crescimento. O ratinho da Páscoa tem como modelo o Bilby, um roedor nativo do país. A reportagem é do The Wall Street Journal (só para assinantes).

Por Redação ((o))eco
25 de março de 2005

Só um certo alívio

Lula vetou sete dispositivos da Lei de Biossegurança antes de sancioná-la. Foi, diz reportagem da Folha de S. Paulo (só para assinantes), uma maneira de fazer um agrado aos seus subordinados da área ambiental do governo, que levaram uma sova na tramitação do projeto no Congresso. As mudanças, mais cosméticas, aliviam pouco o peso da derrota.

Por Redação ((o))eco
25 de março de 2005

Perigo transgênico

Agora no final de março, saiu o mais extenso relatório já publicado na Inglaterra comparando testes de impacto ambiental de sementes naturais e geneticamente modificadas sobre o meio ambiente. Segundo o Guardian (gratuito), o estudo condena veementemente o uso do solo inglês para plantio de transgênicos e recomenda ao governo que ao invés de plantá-los para atender às necessidades da indústria de alimentos, é melhor importá-los se houver real interesse na preservação da natureza no país. O relatório também não livra a cara da agricultura tradicional. Mostra que ela também faz muito mal ao meio ambiente e sugere que seja bem mais regulamentada do que ee atualmente.

Por Redação ((o))eco
25 de março de 2005

Fumaça

Uma refinaria da British Petroleum explodiu no Texas e lançou espessa nuvem de fumaça negra no ar. Diz o Houston Chronicle (gratuito) que analise revelou que a fumaça continha seis elementos químicos poluentes, mas todos em grau baixo o suficiente para não causar nenhum impacto ambiental de monta. Para as 15 pessoas mortas no acidente, não chega a ser um grande consolo.

Por Redação ((o))eco
25 de março de 2005

Kyoto americano

Há uma brigalhada, misturada a um pesadelo burocrático, em curso no estado de New Hampshire, nos Estados Unidos. Em alguns de seus lagos melhor preservados, descobriu-se através de medições a presença de mercúrio em nível tão alto que proibiu-se o uso dos peixes locais como alimento. A EPA – agência que regula o meio ambiente – disse que a culpa eram as emissões de mercurio de usinas de geração de energia elétrica e determinou que elas imediatamente iniciassem programas para reduzí-las. Na letra pequena da regulamentação, no entanto, a EPA resolveu encarar o processo como uma espécie de protocolo de Kyoto e permitiu que eventuais reduçõees nas emissões de uma usina posssam ser usadas como crédito para adiar consertos em uma que seja mais poluidora. Os ambientalistas detestaram, diz o The New York Times (gratuito, pede cadastro). Acham que isso só servirá para atrasar a execução do programa de redução e estão fazendo carga sobre o Legislativo para proibir a troca de créditos.

Por Redação ((o))eco
25 de março de 2005

Naufrágio

A restauração dos Everglades da Flórida, uma das mais importantes áreas de pântano do mundo, corre risco de parar, diz reportagem da Environmental News Service (gratuita). Relatório do Corpo de Engenheiros do Exército, responsável pelo projeto afirma que o cronograma não está sendo cumprido, que as obras já lacançaram custo de 12 bilhões de dólares, bem mais que o previsto, e que o estado da Flórida está boicotando os trabalhos, permitindo que as áaguas dos pântanos recebam poluição em índices acima dos aceitáveis.

Por Redação ((o))eco
25 de março de 2005