Armas novas

Os americanos, preocupados com o envelhecimento de seu arsenal nuclear, querem realizar nele uma reforma radical. Nesse momento, segundo o The New York Times (gratuito, pede cadastro), trabalham no redesenho de suas armas, para torná-las mais duráveis e confiáveis. Por um lado, já que Washington não pensa em tão cedo se livrar de sua artilharia nuclear, não deixa de ser uma boa notícia. Afinal, parece que pelo menos elas vão ficar mais seguras. O assustador é descobrir que ninguém parece ter se preocupado com este assunto antes.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Darwin em retirada

O Guardian (gratuito) faz uma radiografia da disputa entre teoria evolucionista e criacionismo religiosos para controlar o ensino de biologia nas escolas secundárias americanas. Em 17 estados, os criacionistas foram à justiça para tentar obrigar os currículos a pelo menos ensinarem a história de Adão e Eva como alternativas às teses desenvolvidas por Charles Darwin no século XIX. Mas é na sala de aula que a ciência está enfrentando seu grande teste. Os próprios alunos, insuflados por seus pais, estão questionando a falta de religião nas suas aulas de biologia.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

O destino dos lobos

No Meio Oeste dos Estados Unidos, a reintrodução de lobos cinzas nas florestas da região, iniciada há uma década, é um sucesso, diz o The New York Times (gratuito, pede cadastro). A espécie se deu tão bem neste seu retorno à natureza que o governo federal pretende tirá-la de sua lista de animais ameaçados de extinção. Apenas uma coisa continua impedindo isso de acontecer. A falta de acordo entre as autoridades federais e o estado de Wyoming – um dos 3 onde os lobos foram reintroduzidos – sobre um plano de manejo dessa população canina. O governo de Wyoming não quer manejo algum. Defende a tese que qualquer lobo que interferir com humanos pode ser morto à bala. Acha que essa é a única maneira de equilibrar a disputa por espaço entre os homens e os animais.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Nova era

No Peru, uma dos maiores paraísos para a mineração no mundo, as coisas estão mudando. Escarafunchar a terra para tirar minérios do chão é atividade que trouxe desenvolvimento à várias comunidades do país, mas elas subitamente passaram a se dar conta que o meio ambiente cobra um preço alto por esse tipo de prosperidade. A maior mina de ouro do país, Yanacocha, operada por consórcio norte-americano, está debaixo de ataque para melhorar suas salvaguardas ambientais – e distribuir melhor os lucros que obtêm com a mineração. Diz reportagem da The Economist (área gratuita) que dependendo do que acontecer com Yanacocha, a indústria peruana de minério pode ficar muito diferente do que é hoje em dia.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Façam o que eu digo

O Canadá, cujo governo vende uma imagem de ser amigo do meio ambiente, não se preparou para aderir aos parâmetros de emissão de gases na atmosfera determinados pelo Tratado de Kyoto. O acordo entra em vigor na terceira semana de fevereiro e os canadenses não estão nem perto de conseguir a redução com a qual se comprometeram na época da assinatura. Como lembra a reportagem do Guardian (gratuito), os canadenses reclamaram tanto de chineses, americanos e russos que acabaram deixando seu dever de casa para a última hora.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Mapa da fome

O The Wall Street Journal (só para assinantes) diz que a região de Darfour, no Sudão, palco da última grande crise de refugiados da humanidade, está madura para virar a nova estrela da geografia da fome mundial. A guerra civil na região destruiu mais florestas e impediu o tratamento do solo destinado à agricultura. O que se produz é insuficiente para alimentar a população e boa parte do auxílio que vinham recebendo foi desviado para a Ásia, para ajudar as vítimas do tsunami de dezembro passado.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Coisa de …

Uma das mais efetivas armas femininas para preparar sua pele para enfrentar as agruras do meio ambiente urbano – o uso de cremes hidratantes – continua encarando baita preconceito entre os homens. Pesquisa feita pela indústria de cosméticos, registrada pelo Guardian (gratuito), diz que 31% dos entrevistados já usaram hidratantes. Mas sem qualquer método ou consistência. Em geral, passam os cremes quando instados por suas mulheres ou namoradas ou quando suas peles começam a rachar de tão seca. Os fabricantes, para tentar incrementar o consumo entre o público masculino, têm uma nova estratégia de marketing para esse tipo de produto. Trocar seu nome por uma letra apenas. Ao invés de hidrantantes, passaram a vender aos homens as Loções H – para machos suaves, mas maiúsculos.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Deus nos livre

A China, garante reportagem no Financial Times (área gratuita), está prestes a tornar viável uma tecnologia para reatores nucleares chamada de cama de cascalho. Ela permite que se produza energia a partir de reatores menores, ideais, dizem os cientistas chineses, para utilização em áreas remotamente povoadas. Levando-se em consideração o pouco caso que o governo chinês demonstra em relação a salvaguardar seu meio ambiente, tem gente temendo que a multiplicação dos novos reatores apenas aumentará à vulnerabilidade do país à acidentes nucleares.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

Foi muito maior

Sismologistas da Universidade de Northwestern recalcularam a força do terremoto que originou o tsunami na Ásia e concluiram que ele foi 3 vezes mais violento do que sugerem as medições feitas logo após o desastre. Segundo a Livescience (gratuito), o novo número ajuda a explicar a força da destruição provocada pelo fenômeno.

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005

A guerra dos carros

Houston, cansada do trânsito provocado por carros que quebram no meio da rua, passou lei autorizando qualquer caminhão-reboque que passar por um carro parado na pista a rebocá-lo até o depósito da prefeitura mais próximo. Não é preciso autorização oficial e nem a presença de um policial. Claro, os motoristas-eleitores estão detestando esta medida draconiana. A prefeitura explica que está ficando sem alternativa para abrigar na cidade o crescente número de automóveis. Daí a radicalização no caso do reboque. Houston não tem mais espaço para implementar a medida habitual para enfrentar o aumento do tráfego: construir mais ruas e mais viadutos. No The Wall Street Journal (só para assinantes).

Por Manoel Francisco Brito
10 de fevereiro de 2005