Problemas em série

A BBC Online (gratuito) produziu uma série de matérias sobre os maiores problemas ambientais que a humanidade enfrenta . Os bichos-papões mais cotados foram: escassez de comida, de água, de energia , mudanças climáticas, poluição e o extermínio da biodiversidade. A primeira reportagem é sobre como o crescimento populacional da espécie humana tomou o espaço das demais e provocou o que está sendo chamado de a sexta grande onda de extinção.

Por Carolina Elia
13 de outubro de 2004

O espaço aberto da soja transgênica

O presidente da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) disse que a soja transgênica já está sendo plantada no estado e que foi o ministro Roberto Rodrigues quem incentivou os produtores a iniciar o plantio. O professor John Wilkinson, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), lamenta que o Brasil esteja indo, neste problema, para o fato consumado, sem criar regras que protejam quem não quer produzir nem consumir transgênico. Os choques de opinião entre os dois estarão no programa Espaço Aberto Miriam Leitão, na Globonews, nesta quarta-feira às 9:30 da noite.

Por Redação ((o))eco
13 de outubro de 2004

Viva Lutz

Com o Festival Viva Lutz, em Porto Alegre, a Fundação Gaia homenageia o seu patrono, José Lutzenberger, falecido em maio de 2002. Um dos maiores nomes do ambientalismo nacional, Lutzenberger fundou em 1971 e presidiu por 12 anos a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan). Destacou-se pela criação de áreas protegidas no Rio Grande do Sul, projetos ambientais junto a empresas e o incentivo à agricultura orgânica e à reciclagem de lixo. Entre 1990 e 1992, foi secretário especial de Meio Ambiente do governo Collor, participando da organização da Eco 92. O Viva Lutz começa no dia 15 de outubro com o painel "Soluções", na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A ministra Marina Silva é aguardada como convidada especial. Para o dia 16 estão marcadas atrações artísticas no Parque Farroupilha. No evento também será lançado o livro "Sinfonia inacabada", uma biografia de José Lutzenberger escrita por Lilian Dreyer.

Por Lorenzo Aldé
12 de outubro de 2004

Terapia de choque

Segundo estudos, cerca de 90% dos corais da terra morreram nas últimas décadas. Esse animal marinho milenar é muito sensível à poluição e a mudanças de temperatura. Muitas espécies não estão conseguindo conviver com os problemas do mundo moderno. Numa tentativa desesperada de salvá-las, um biólogo marinho desenvolveu uma técnica estranha, mas a principio eficaz: dar choque nos corais. A eletricidade estimula o processo de crescimento. A notícia saiu na BBCNews ( acesso gratuito).

Por Carolina Elia
8 de outubro de 2004

A MP vem aí

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, garantiu ontem que o plantio de sementes transgênicas em solo brasileiro este ano voltará a ser regulado por Medida Provisória, informa O Estado de S. Paulo (só para assinantes). Era tudo o que Lula e sua ministra do Meio Ambiente, Marina da Silva, disseram que não iria acontecer. Mas não há muito o que fazer. O projeto de Lei sobre os transgênicos foi modificado no Senado, onde passou há dois dias, e por isso teve que retornar para a apreciação da Câmara dos Deputados. O plantio da safra de soja deste ano já começou.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004

Deu a outra

É tudo o que Marina da Silva, nossa ministra do Meio Ambiente, queria ter: reconhecimento internacional pelo seu trabalho em favor da natureza e um mega prêmio para comprová-lo. Quem conseguiu o feito, no entanto, foi a sub-ministra do Meio Ambiente do Kenya, Wangari Maathai, informa o The New York Times (gratuito, pede cadastro). Ela foi escolhida para ser o Nobel da Paz este ano e tornou-se a primeira mulher africana a levar o título desta categoria desde que ele foi criado em 1901. Foi a primeira vez também, admitiu o presidente do comitê do Nobel, que foram levadas em consideração questões ambientais na escolha de seu vencedor. Mathai, bióloga de formação, lutou contra a corrupção e em favor dos direitos das mulheres no Kenya. Mas sua fama vem mesmo da luta contra o desmatamento e o desenvolvimentismo desenfreado. Ela acaba de lançar campanha para plantar 30 milhões de árvores em seu país.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004

Geladeiras verdes

A Bosch anunciou que começará a produzir no Brasil geladeiras que não utilizam o gás HFC, considerado prejudicial ao meio ambiente. Segundo o Valor (só para assinantes), vai se utilizar de tecnologia desenvolvida pela ONG Greenpeace e parece que o destino primordial dos refrigeradores será o mercado europeu.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004

O salmão de Buda

Cientistas e ricaços americanos amantes da pesca, que querem preservar o salmão siberiano em rios na Mongólia, têm um aliado incomum: Gantulga, um sujeito de 26 anos que se veste com um camisolão cor de laranja por uma razão bastante apropriada. Ele é um monge budista. Gantulga e seus companheiros de mosteiro comprometem-se a fazer pregação moral contra a pesca do salmão e a destruição de seu habitat. Os gringos endinheirados comprometem-se a investir na economia local para criar alternativas de subsistência para a comunidade. A aliança é cheia de complicações. O budismo prega a integração com a natureza. Dela faz parte o código de conduta que impede o homem de maltratar a fauna. E aí reside o problema, segundo o The Wall Street Journal (só para assinantes). Para fazer seu trabalho, os cientistas contratados pelos pescadores precisam “selar” os peixes. E os pescadores querem pescá-los. É difícil, mesmo para gente como Gantulga, explicar estas contradições ao seu rebanho. O processo todo também é criticado pelos ambientalistas. Eles acusam os financiadores de não ter interesse na preservação, mas na privatização dos rios da Mongólia para seu deleite pessoal.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004

Bancos verdes

O Valor (só para assinantes) diz que vai de vento em popa a adesão de bancos brasileiros à principios de proteção do meio ambiente na concessão de créditos. O próximo a implementá-las deve ser o Banco do Brasil, revela a direção do International Finance Corporation, braço do Banco Mundial.

Por Manoel Francisco Brito
8 de outubro de 2004

Energia ambulante

O Greenpeace decidiu transformar energia renovável em um assunto popular. No dia 5 de outubro, iniciou a Expedição Energia Positiva para o Brasil, que vai passar por 21 estados em 80 dias. A viagem será feita por uma carreta movida a óleo vegetal, sobre a qual foi instalado um quartel-general da energia limpa. Lá dentro serão feitas palestras e demonstrações sobre as diferentes formas de energia. Todas as lâmpadas e equipamentos eletrônicos da expedição usam energia solar. O objetivo do projeto é propagar os benefícios de se substituir combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás e nuclear) por energias renováveis. Quando a carreta passar por Brasília, o pessoal do Greenpeace vai bater na porta do governo federal e entregar um dossiê sobre a capacidade brasileira de desenvolver energias renováveis. O documento foi escrito por especialistas e ressalta o número de empregos e o lucro que esse tipo de investimento pode gerar para o país.

Por Redação ((o))eco
7 de outubro de 2004