O fim está próximo

O The Wall Street Journal (só para assinantes) traz um longo perfil do mais novo pregoeiro do apocalipse energético mundial. Collin Campbell, um irlandês, é cada vez mais ouvido, embora nem sempre seguido, no mercado mundial de petróleo. Ele garante que no começo do ano que vem, a humanidade terá extraído do solo do planeta mais petróleo do que conseguirá encontrar no futuro. Daí para a frente, o preço do barril não poderá seguir outro rumo a não ser o da alta absurda de preço. Para manter o crescimento, diz Campbell, o mundo precisará ficar radicalmente mais eficiente no uso de energia e viabilizar o mais rápido possível alternativas para combustíveis fósseis.

Por Manoel Francisco Brito
21 de setembro de 2004

Grama do mal

Grama geneticamente modificada que está sendo testada nos Estados Unidos mostra que nem tudo é maravilhoso no mundo dos transgênicos, conforme professam as empresas de biotecnologia. Ela é produzida pela Monsanto e a Scotss e foi desenhada para ser usada em campos de golfe, informa o The New York Times (gratuito, pede cadastro). Pelo menos em teoria, oferece manutenção mais barata porque é resistente aos herbicidas que são usados para matar ervas daninhas e pragas que crescem num gramado. O problema é que os estudos preliminares de seu uso indicam que a grama transgênica tem capacidade de se multiplicar até mesmo para áreas onde não é desejada. Além disso, há o risco de transferir sua resistência aos herbicidas para as ervas daninhas. A coalizão de opositores inclui até autoridades do governo de George Bush, que em geral costuma ser simpático à causa de sementes e plantas genéticamente modificadas.

Por Manoel Francisco Brito
21 de setembro de 2004

Vai piorar

O The Washington Post (gratuito, pede cadastro), que por conta do fuso horário fechou sua ediçãao de hoje mais tarde do que os jornais brasileiros, informa que a tempestade tropical que passou pelo Haiti já matou 622 pessoas. Isso porque ainda há inundações nas cidades mais atingidas, explica o pessoal da Cruz Vermelha local. Quando as águas baixarem, eles esperam encontrar muito mais corpos.

Por Manoel Francisco Brito
21 de setembro de 2004

Contrabando de Marfim

Calcula-se que 4.000 elefantes sejam abatidos ilegalmente todo ano para suprir o mercado de marfim. Estudos recentes surpreenderam ao apontar a África como o principal destino do tráfico. Antes, o marfim era quase todo exportado para a Ásia, onde era transformado em objetos e bijuterias. Agora, países com Nigéria e Sudão estão investindo não apenas na venda de marfim, mas também nos produtos derivados. O comércio internacional de marfim foi banido há quinze anos, mas o contrabando é intenso. A revista New Scientist (gratuita) traz matéria sobre o assunto.

Por Carolina Elia
20 de setembro de 2004

Problemão Chinês

O rápido crescimento da China está levando a práticas agrícolas que deterioram o solo. Uma área equivalente ao tamanho da Inglaterra trocou o tradicional plantio do arroz pela produção de frutas e legumes. Em parte, isso ocorreu porque o governo chinês controla o preço do arroz e outros grãos, estimulando os agricultores locais a migrarem para culturas mais lucrativas. Mas os chineses, aparentemente, estão usando fertilizante demais e isso está acidificando o solo, causando a acumulação de nitratos e epidemias de fungos. É possível ler mais na revista New Scientist (gratuita).

Por Carolina Elia
20 de setembro de 2004

Pau nas farmacêuticas

Essa é surpreendente. Sete das maiores companhias farmacêuticas do mundo vão hoje a um encontro para levar tremenda bronca. Seus diretores ouvirão que precisam fazer um esforço cavalar para baixar o preço de suas drogas e, principalmente, atender as necessidades de saúde dos países pobres e em desenvolvimento. O pito não será passado por nenhuma autoridade de governo, mas por um grupo de investidores institucionais que são acionistas pesados de farmacêuticas. Diz o Guardian (gratuito) que o grupo estudou durante um ano as práticas comercias e de pesquisa das empresas. Concluiu que em relação a sua principal missão, ajudar a curar doenças, elas vêm fazendo não mais do que o suficiente para ter argumentos contra pressão de governos sobre suas práticas no Tereceiro Mundo. O medo dos acionistas é que se os diretores das empresas continuarem a empurrar o problema com a barriga, elas sofrerão sanções regulatórias em seus países de origem que vai mandar o negócio para o vinagre.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Café novo

A transgenia visceja nos pés de café que estão sendo criados no Instituto Agronômico de Campinas, diz o Valor (gratuito, pede cadastro). Os cientistas estão produzindo plantas híbridas e de menor porte, mas capazes de produzir muito mais que suas “irmãs” de estatura maior, mais natural.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Exportação de lixo

A indústria de reciclagem de lixo na Inglaterra não está reciclando coisíssima nenhuma, informa o Guardian (gratuito). Boa parte do lixo separado que ela recolhe está sendo exportado para a China. Em 2003, os ingleses enviaram para os chineses 200 mil toneladas de plásticos usados e 500 mil toneladas de papelão. Aparentemente desesperada por matéria-prima para manter sua economia aquecida, a China está usando a sua mão-de-obra barata para separar o material que recebe. O problema, diz estudo do governo inglês, é que isto está sendo feito sem qualquer controle de qualidade. Garrafas de plástico estão sendo reusadas sem terem sido devidamente descontaminadas. Muitas estão voltando ao ocidente sob a forma de produtos de exportação.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Filtro Natural

Rios com margens desmatadas têm menos volume e água mais poluída. Já se conhecia o papel das florestas em barrar poluentes antes de atingirem as correntes. Mas novas pesquisas mostram que as florestas que guarnecem os rios também limpam as suas águas, ajudando a processar matéria orgânica e nitrogênio. Destruí-las torna ainda mais dramático o crescente problema de garantir água potável, cada vez mais escassa, para a humanidade. Science Daily.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004

Robô carnívoro

Cientistas de uma universidade inglesa criaram um robô capaz de digerir moscas e, assim, gerar a própria energia. De acordo com a história da NewScientist (gratuito), o propósito é produzir um robô autônomo para missões em lugares inóspitos. Para atrair as moscas, ele será “perfumado” com dejetos humanos. Seus criadores recomendam evitar ficar a contra-vento da engenhoca.

Por Manoel Francisco Brito
20 de setembro de 2004