Transgênicos ganham visto para a Europa

A União Européia aprovou hoje a plantação e comercialização de sementes geneticamente modificadas nos 25 países que formam o bloco. Dezessete tipos de milho transgênico, produzidos pela companhia de biotecnologia americana Monsanto, vão poder ser cultivados no continente. A entrada de produtos geneticamente modificados na Europa foi proibida em 1998, quando o bloco decidiu declarar moratória contra a novidade. Agora, pressionada pelos países exportadores dessa tecnologia, a União Européia está aos poucos cedendo terreno para os transgênicos. O The New York Times ( gratuito, exige cadastro) publicou uma matéria curta sobre o assunto.

Por Lorenzo Aldé
8 de setembro de 2004

Não resolve

Autoridades da cidade e do estado de Nova Iorque estão de cabelos em pé com a regulamentação proposta pelo governo estadual para disciplinar vazamentos de gás nas redes das concessionárias deste serviço na região. As novas regras foram feitas depois que um estudo apontou que a maior delas, a Con Edison, teve 6412 vazamentos em sua rede em 2003, dos quais 2251 foram considerados sérios. O problema é que elas são insuficientes para resolver o problema. Não estabelecem um limite anual para vazamentos, permitem que as concessionárias cheguem ao final de cada ano com 1800 vazamentos sem reparos e determinam que deste total, pelo menos 100 podem ser do tipo mais perigoso – daqueles que envolvem até risco de morte. A reportagem é do The New York Times (gratuito, pede cadastro) e pode ser lida em menos de 1 minuto.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Contradições

Um estudo sobre as práticas ambientais de estações de esqui nos Estados Unidos, registrada pela MIT Tecnnology Review, mostra que aquelas que aderiram a princípios ecologicamente corretos são as que mais poluem o meio ambiente. As que não fizeram isso, curiosamente, têm uma prática de operação muito mais “limpa” que suas concorrentes. Leva 1 minuto para ser lida.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Mineração profana

Estudantes e trabalhadores agrícolas tentam impedir a mineração de ouro no Monte Quilish, considerado sagrado no Peru. Os manifestantes temem que essa atividade contamine as fontes de água do local. O curioso é que, aparentemente, o conflito surgiu após uma corte federal invalidar o zoneamento ambiental da cidade de Cajamarca, que protegia o Quilish, informa a Environmental News Network. A mineradora envolvida é controlada por uma empresa americana que, frente aos protestos, anunciou que fará um abrangente estudo de impacto ambiental, antes de prosseguir com os trabalhos de extração. Menos de 1 minuto de leitura).

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Seco

Cinco estados – Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Tocatins – colocaram suas defesas civis em alerta por conta da baixíssima umidade do ar registrada neles ontem. Em todos, ela ficou abaixo dos 17%. A baixa umidade resseca a pele, irrita os olhos e atrapalha a respiração, ensina reportagem da Folha de S. Paulo (só para assinantes). A melhor receita para enfrentar o problema é beber muita água. Nem 1 minuto de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Floresta vendida

A madeireira Manasa vendeu 67,28% de suas florestas no Paraná para um fundo de investimentos estrangeiros especializado em por dinheiro em estoques de madeira para corte, informa o Valor (só para assinantes). Ela não vendeu a terra. Apenas as árvores plantadas nela. Todas já têm mais de cinco anos de idade e estão maduras para corte. A Manasa, pelos próximos dez anos e com base no que diz o contrato de compra, vai se dedicar apenas à reposição dos estoques, plantando novas mudas de árvores. O fundo comprador, o Viking Global, já é dono de outras florestas dedicadas ao corte no Brasil. Lê-se em 3 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

A Argentina tremeu

Habitantes de catorze províncias argentinas sentiram a terra tremer. O terremoto, que atingiu 6.5 na escala Richter, foi forte. Mas seu epicentro, informa o Clarin (gratuito), aconteceu em área onde praticamente não existem concentrações de seres humanos, a 57 quilômetros da capital da província de Catamarca. Leitura de 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Vilã

Reportagem no The New York Times (gratuito, pede cadastro) relata a luta entre a gigante americana Newmont, maior mineradora de ouro do mundo, e os habitantes de um vilarejo na Indonésia. Seus filhos, de um tempo para cá, começaram a apresentar alto índice de deformidades físicas. Ambientalistas acusam a empresa de derramar poluentes no mar à volta da pequena aldeia, contaminando a vida marinha e, em consequência, todos os que tiram dela seu sustento. O governo da Indonésia confirma, com pesquisas científicas, todas as acusações. A Newmont, diz o jornal, é uma vilã internacional. Enfrenta processos em 4 continentes e é um exemplo da exportação de práticas ambientais selvagens, hoje proibidas pela legislação americana, para países em desenvolvimento. A leitura leva 4 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Selo animal

Na Namíbia, um dos maiores hábitats do Cheetah, o veloz felino é uma ameaça ao gado e, por consequência, é constantemente caçado e morto pelos pecuaristas locais. Para protegê-lo, ambientalistas criaram um selo cheetah-friendly para a carne da Namíbia exportada para a Europa. O selo garante que o produtor preserva os felinos. Para isso, a equipe do Cheetah Conservation Fund ensina medidas simples, como uso de cães e asnos junto ao rebanho e especial atenção aos novilhos, principais vítimas. A notícia é da Environmental News Network e pode ser lida em 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
8 de setembro de 2004

Passivo ambiental

Larry Rother, o correspondente do The New York Times (gratuito, pede cadastro) no Brasil que o governo Lula adora odiar, continua apesar das críticas oficiais dando aulas de jornalismo. Inclusive a nós aqui de O Eco. Na edição do jornal do dia 7 de setembro, publicou reportagem sobre o passivo ambiental que o país herdou da época do desenvolvimentismo do regime militar – um aspecto do passado brasileiro que boa parte do PT federal teima em elogiar. A represa criada em plena Amazônia, mais especificamente no Pará, para fazer girar as turbinas da hidrelétrica de Tucuruí tem uma floresta de problemas. As árvores da área inundada, depois de 20 anos debaixo d’água, viraram um imenso problema ambiental. Sua decomposição lenta e gradual é uma enorme fonte de emissão de dióxido de carbono, que contribui para o fenômeno de aquecimento da Terra. Elas atrapalham a navegação, são fontes de horrendas infestações de mosquito e há a preocupação de que elas estão elevando o nível de acidez da água, o que pode comprometer o funcionamento das turbinas de Tucuruí. Até recentemente, o pessoal da Eletronorte estava combatendo o problema entregando as árvores aos serrotes de madereiras. Elas contratavam gente para mergulhar e serrar os troncos, que depois eram cortados em serrarias na região. No começo do ano, a estatal suspendeu os trabalhos de corte, argumentando que apesar de todos os problemas que provocam elas são benéficas para o ambiente subaquático, provendo os peixes com vivieros onde eles podem se reproduzir. Ambientalistas dizem que isto é uma bobagem, que as árvores representam um risco à qualidade da água e do ar e que sua remoção deveria continuar. Leva 3 minutos para ser lida.

Por Manoel Francisco Brito
7 de setembro de 2004