Escassez

Para nós brasileiros, que no último ano nos acostumamos a ver estatísticas ufanistas sobre a produção da nossa agro-indústria, a notícia é no mínimo surpreendente. Relatório da Organização de Alimento e Agricultura (FAO), braço da ONU que acompanha a produção de comida no mundo, mostra que pelo 5º ano consecutivo o mundo vai produzir menos comida do que precisa para alimentar todos os seus habitantes. A culpa, diz o The Independent da Inglaterra (área gratuita), tem a ver com um crescimento populacional fora de controle, a exaustão de solos principalmente em países em desenvolvimento, e o crescimento da riqueza em nações da América do Norte e da Europa. Suas populações tendem a consumir mais carne e isso demanda mais grãos para alimentar número crescente de animais. O país onde todas estas razões para a falta de alimentos se encontram é a China. Para tentar descobrir o que pode ser feito para pelo menos lidar com um desses problemas, o excessivo número de pessoas na superfície do planeta, as Nações Unidas estão promovendo uma conferência esta semana em Londres. A taxa de fertilidade das mulheres em todo o mundo é cadente. Mas não ainda o suficiente. O texto é curto. Demanda, para ser lido, 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Outra sobre alimentos

A dieta virou uma obssessão americana. Dela hoje faz parte inclusive a indústria de alimentos. Não há conglomerado americano que viva de bebidas ou comida – e isso inclui de cadeias de fast food como o McDonalds a indústrias como a Kraft – que não apenas tenha desenvolvido linha de produtos mais saudável, mas também incentivado seus consumidores a adotá-los. Reportagem do The New York Times (gratuito, pede cadastro) diz que a súbita mudança de rumo da indústria tem menos a ver com uma nova consciência e mais com eventuais passivos legais. Cresce o número de processos contra a comercialização de alimentos gordurosos ou excessivamente doces. O problema é que ninguém quer parar de vendê-los. Apesar dos alertas, eles são ainda tudo o que a população americana quer comer. Essa é a razão também pela qual ninguém suspende a sua produção. Atrás do dinheiro, tem sempre gente disposta a colocar na rua coisa que, no longo prazo, causa problemas de saúde e muitas vezes até mata. Leva 4 minutos para ser lida.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

O futuro dos verdes

O Le Monde (gratuito) informa que o Partido Verde da França chega a mais um Congresso completamente despedaçado. De um lado estão os radicais, que não aceitam qualquer compromisso com outros partidos no Parlamento. Do outro, as forças mais moderadas, que propuseram moção para que o Partido pare de utilizar a desobediência civil como forma de protestar contra a degradação ambiental. Pouco menos de 10 minutos de leitura.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Fim dos zôos?

O Le Figaro (gratuito) informa que nem o Zoológico de Paris escapa a situaçnao de decadência que vem atingindo estas instituições ao redor do mundo. Seus empregados estão com os salários atrasados e o orçamento mal dá para alimenatr os bichos que estão enjaulados. Tem gente na França dizendo que zoológicos viraram coisas anacrônicas e deveriam ser fechados. Como todo o texto da imprensa francesa, é longo. Exige 10 minutos para sua leitura.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Super negócios

O Globe and Mail (gratuito) de Toronto, no Canadá, radiografa indústrias que nasceram e prosperaram no país por se dedicarem a colocar no mercado produtos ambientalmente corretos. A maioria se especializou em descobrir valor no lixo. Algumas estão transformando os rejeitos em combustível limpo. Outras se especializaram em limpar áreas assoladas por desastres ambientais. Elas são a prova viva de que cuidar do meio ambiente pode ser um ótimo negócio. Leitura de 5 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Combustível de futuro

A The Economist (área gratuita) tem uma curta reportagem sobre gás natural líquido (GNL). Sugere que ele será o combustível do futuro por ser não apenas mais limpo que o diesel e a gasolina, mas porque também é mais barato. Existe há muito tempo. Mas até bem pouco, era economicamente inviável. Precisava de imensas estruturas de gasodutos para ser transportado e distribuido. Tecnologia de desenvolvimento recente permitiu que, de gasoso, tivesse seu estado transformado em líquido. Com isso, sua distribuição ficou tão barata quanto a da gasolina. É o tipo da previsão que só daqui a alguns anos será possível descobrir se é verdadeira. A leitura não chega a durar 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
29 de agosto de 2004

Vista para a lagoa…

Considerada um projeto pioneiro pela estatal Furnas por ser uma usina subterrânea e com operação inteiramente digitalizada, a hidrelétrica de Serra da Mesa, inaugurada em 1998, está causando um efeito colateral preocupante. Localizada no município de Colinas, a 260 km de Brasília, ela é abastecida pelo maior reservatório do Brasil em volume de água. São 54,4 bilhões de metros cúbicos represados em uma área de 1.784 km quadrados. Vizinha ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e cercada de reservas ambientais, a região da usina era até então pouco explorada. Com a chegada da enorme lagoa e sua bela vista, os terrenos passaram a despertar interesse imobiliário. Em alguns deles foram erguidas vistosas casas de veraneio.

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004

… costas para o Parque

Na seqüência do "progresso", veio o asfalto. A estrada de terra que liga Alto Paraíso à Vila de São Jorge, e margeia um bom trecho do Parque Nacional, já começou a ser recapeada. Apesar de contar com licenciamento ambiental, a obra preocupa os ecologistas e até mesmo os donos de pousadas, para quem o melhor sinônimo de preservação ambiental é o sossego. Ele periga sumir de vez com a construção de uma nova hidrelétrica na região: a usina Mirador, que ficará ainda mais próxima do Parque. Sua área de influência afetará ainda nove Reservas Particulares do Patrimônio Ambiental (RPPNs), alagando parcialmente uma delas.

Por Redação ((o))eco
27 de agosto de 2004

Patente de índio

Uma multinacional patenteou anestésico extraído do sapo Suruí e usado por índios brasileiros. Para evitar que este "roubo" intelectual se repita, reuniram-se hoje em Brasília pajés de tribos do Brasil e da América do Sul para pressionar o governo brasileiro e a Organização Mundial do Comércio (OMC) a criar um direito de propriedade intelectual coletivo, que proteja comercialmente os conhecimentos indígenas que passam de geração em geração.  Para defender a idéia dentro e fora do país foi criado o Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade Intelectual (Inbrapi). Leitura de 2 minutos.

Por Manoel Francisco Brito
27 de agosto de 2004

Passeio perigoso

Cerca de mil pessoas contraíram uma doença misteriosa após visitar a ilha de Ohio, no lago Erie, próxima à cidade americana de Cleveland. A ilha recebe cerca de 15 mil turistas por fim de semana no verão. Notícia da Reuters dá conta que as autoridades locais encontraram a possível causa do problema. Diversos poços de água da ilha estavam contaminados pela bactéria fecal E. Coli, associada a 3 tipos de bactérias e um vírus encontrados nos turistas afetados. Lê-se em menos de 1 minuto.

Por Manoel Francisco Brito
27 de agosto de 2004