Clima quente nos EUA
Começa amanhã uma série de encontros nos Estados Unidos que tem potencial elevado de esquentar as negociações do novo acordo climático. Iniciando pela reunião das Grandes Economias em Washington, nos dias 17 e 18, e terminando com o encontro de G20 em Pittsburg, nos dias 25 e 26, os eventos vão permitir que chefes de estado (incluindo o presidente Lula) conversem cara a cara sobre os temas mais espinhosos da diplomacia do clima: metas de emissões e financiamento às ações de combate ao aquecimento. Em conferência com jornalistas brasileiros na manhã desta quarta, os coordenadores mundiais da Campanha do Clima da WWF mostraram-se otimistas de que as rodadas de negociação neste momento possam facilitar um acordo decente em Copenhague, em dezembro durante conferência da ONU. “Na reunião anterior de G20, em julho na Itália, os países assumiram um aumento de 2C na temperatura global como limite, mas há muita coisa a ser definida para isso acontecer.”, afirmou o líder da Iniciativa Global de Clima , Kim Carstensen. Entre o encontro da maiores economias e o forum do G20, haverá ainda uma reunião convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, no dia 22, apenas para tratar sobre mudanças climáticas. É ali que se espera que Lula e outros líderes dos países em desenvolvimento elevem o tom e cobrem de seus colegas do primeiro mundo ação e, principalmente, grana para agir. Mas não só cobranças deveriam guiar a delegação brasileira, diz o Carlos Rittl, coordenador brasileiro de Clima pela WWF. “Sabemos que o Brasil virá mostrar algumas de suas ações, mas é a chance de mostrar compromentimento não só com o fim do desmatamento da Amazônia, mas propor metas, mesmo que numéricas, para outros biomas e setores da indústria e agricultura.” →

