Mês de estudos

Agora, o Ministério Público Federal terá mais um mês para avaliar os Estudos de Impacto Ambiental das cinco plantas e chegar na próxima reunião extraordinária com argumentos que impeçam as licenças. Por isso, os relatórios serão enviados para a 4ª Câmara Técnica do MPF em Brasília analisar e relatar problemas, já que ela conta com profissionais nas diversas áreas de conhecimento. Entre as termoelétricas, há a da MPX – comandada por Eike Batista – destinada a servir de reserva para outra da mesma empresa que já tem licença de instalação em Pecém.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008

Triste cenário I

A viagem de carro entre Fortaleza, capital cearense, e o distrito de Pecém, em São Gonçalo do Amarante, é uma verdadeira aula ambiental. Além de incríveis sistemas dunares com vegetação nativa, vê-se também o cenário da degradação. De um lado da estrada, um enorme buraco na serra Santa Rosa, localizada no município de Caucaia, denuncia um dos estragos causados pelo Porto de Pecém. Foi de lá que as pedras usadas na construção do empreendimento saíram.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008

Triste cenário II

Infelizmente, não adianta desviar os olhos para o outro lado da rodovia construída em cima de dunas. Na mesma altura, um cemitério em pé de centenas de carnaúbas divide a paisagem com árvores da mesma espécie ainda intocadas. Resta saber até quando elas continuarão imunes ao desmatamento desenfreado.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008

Florestas internacionais

No ano passado, o presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, causou alvoroço com sua proposta de deixar a floresta amazônica do país nas mãos internacionais, em troca de recursos. Esta semana, o assunto voltou à tona, quando Jagdeo participou de um evento em Nova York pela proteção das florestas tropicais e citou novamente a idéia. O New York Times logo fez um editorial aplaudindo as intenções do presidente e dizendo com todas as letras que “grandes países como Brasil” deveriam seguir o exemplo, numa demonstração de atitude contra a devastação das matas. O texto termina em tom de esperança, ressaltando a boa notícia: “O mundo finalmente começa a pensar como Jagdeo”.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2008

Tempos ruins

A pouco mais de um mês das Olimpíadas, a China ainda está longe de resolver seus dramas ambientais. Nos últimos dias, os cidadãos de Pequim foram aconselhados pelo governo a cruzarem os braços e ficarem em casa, pois lá fora a poluição não dava trégua. As luzes de alerta acenderam quando o monitoramento apontou o grau mais alto de sujeira pelos ares, o que teria sido causado por tempestades de areia vindas da Mongólia, informou o site Bloomberg. O sistema de satélites online da Nasa, Earth Observatory, divulgou algumas imagens vistas do alto, que mostram certas regiões do país tomadas pelo pó. O Comitê Olímpico Internacional já cogita a idéia de cancelar provas como a maratona.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2008

Ministério invisível

Foi começar a fazer cócegas no setor econômico do país, e o Ministério do Meio Ambiente teve que baixar a cabeça para se tornar uma “pasta de segunda categoria” no governo Lula. Esta é a visão que o ex-secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, passou em entrevista ao Estado de S. Paulo. Conforme disse ao jornal, “a questão ambiental não era vista como elemento de vantagem” e o ministério foi relegado a dar palpite apenas em assuntos como licenciamento e fiscalização. O braço direito de Marina conta que o MMA tinha dificuldades até para se reunir com o núcleo governamental, e que as reuniões só saíam facilmente quando algum empecilho ambiental entravava os caminhos de outras pastas. “O Ministério foi submetido a um isolamento em relação aos grandes debates nacionais”, lamentou. Apesar dos pesares, Capobianco não deixou de elogiar Lula, afirmando que os grandes resultados só foram alcançados com seu apoio. Veja a íntegra.

Por Redação ((o))eco
29 de maio de 2008

Agora, sai

O martelo foi batido. O Inpe divulga as taxas de desmatamento de abril na Amazônia na segunda-feira. Junto com a numeralha, virá um relatório explicando em detalhes os dados obtidos através das análises das imagens obtidas pelo satélite que trabalha para o sistema Deter.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008

E tem mais

Na quinta seguinte, será a vez do Imazon soltar os dados de seu Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para o mês de abril. Desta vez, o SAD que vem monitorando mês a mês a saúde da floresta no Mato Grosso e Pará, trará uma novidade. Pela primeira vez, coletará informações sobre o desmatamento em todos os estados da Amazônia.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008

Checagem dupla

O Imazon está rechecando os seus cálculos, comparando as imagens do MODIS, sistema de satélite que serve tanto ao SAD quanto ao Deter, com imagens obtidas por outro sistema, o Landsat.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008

Lupa final

O Inpe também está rechecando o seu levantamento. No fim de semana, técnicos do instituto se reunirão com assessores do ministro Carlos Minc para passar a última lupa nos números.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008

Maggi não vai gostar

E não adianta chorar Blairo Maggi. Apesar da campanha que o governador de Mato Grosso anda fazendo contra o Inpe, tanto os seus números quanto os obtidos pelo Imazon mostram que o desmatamento continua subindo no estado e na Amazônia.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008

Decreto do fundo

A semana que vem promete. Além dos números sobre o desmatamento, sai o decreto de criação do Fundo Amazônico, que será gerido pelo BNDES e receberá dinheiro de doações para ser distribuído para atividades que ajudem a conter o desmatamento da região.

Por Gustavo Faleiros
29 de maio de 2008