Carvão ilegal

Nesta manhã de quinta feira, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o presidente do Ibama, Roberto Messias, vão divulgar os resultados da operação Rastro Negro, que investigou a origem do suprimento do carvão vegetal usados pelas siderúrgicas brasileiras. Os números são alarmantes: mais de 50% está sendo fornecido por carvoarias do Mato Grosso do Sul. O Pantanal está sendo destruído a passos largos.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Multas e mais multas

Ao todo, o Ibama vai anunciar quase 500 milhões reais em multas a siderúrgicas que compram carvão ilegal do Mato Grosso do Sul. Serão 119 milhões de reais em multas para 4 siderúrgicas do estado e 380 milhões de reais a empresas do resto do país, principalmente Minas Gerais.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Reincidente

O caso da siderúrgica MMX do mega empresário Eike Batista é dos mais complicados. Novamente foi provado que ela estava comprando carvão sem comprovação de origem e por isso tomará uma multa de 15 milhões de reais. Por ser reincidente, a empresa pagará 10 milhões adicionais.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Bonito, mas…

Sim, multas aos montes impressionam, mas a pergunta que não quer calar é ‘quem vai pagar?’. É notório que o Ibama não recolhe nem 10% das multas que aplica. O Ministério Público já recebeu os resultados da operação Rastro Negro e deve abrir processos criminais. Em última instância, as empresas podem ser fechadas.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Esquema de sempre

O Documento de Origem Florestal (DOF), implementado há pouco mais de um ano, ainda não mostrou a que veio. O mercado ilegal de carvão no Mato Grosso Sul é a prova concreta disso. As carvoarias emitem um documento com quantidades inferiores a que carregam os caminhões e a Polícia Rodoviária Federal, sem equipamento e pessoal suficientes não tem como checar a validade da informação.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Bolsa-tráfico

Não é piada. Realmente tramita na Câmara dos Deputados projeto de lei de Silas Câmara (PSC-AM) que descrimininaliza o tráfico de animais silvestres desde que praticado por gente pobre com o objetivo de garantir sua subsistência.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Anjos

A Federação de Agricultura do Estado do Pará (FAEP) expressou ao governo do estado o desejo da instituição, e de seus associados, de entrar na campanha pelo desmatamento zero. Ofereceu inclusive dinheiro para financiar campanha publicitária em favor do tema. Em troca, querem que as autoridades parem de cobrar passivos ambientais nos 20 milhões de hectares que já foram desmatados no estado.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Papo

O governo paraense diz que topa conversar sobre o assunto com a FAEP, desde que o diálogo tenha como parâmetros terras com atividade produtiva com ocupantes que queiram recuperar suas reservas legais e áreas de proteção permanente.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Árvores

Os sem terra paraenses estão correndo atrás dos fazendeiros. Anteontem, 200 deles, comandados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), invadiram a sede da Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Antes de deixarem o prédio, prometeram ao secretário Valmir Ortega que iriam plantar 200 milhões de mudas de árvores nos assentamentos controlados por militantes da Fetagri.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Mais árvores

A mais surpreendente conversão verde em território paraense aconteceu em Tailândia, um dos principais alvos de recentes operações anti-desmatamento do governo federal na Amazônia. Lá, um consórcio de assentados, pequenos agricultores, empresários e fazendeiros avisou ao governo estadual que planeja plantar 50 milhões de mudas de e árvores em território municipal.

Por Gustavo Faleiros
12 de junho de 2008

Indecente

Acredite quem puder, mas a Câmara analisa o PL 2.800/2008, do deputado Silas Câmara (PSC-AM), que permite a venda “eventual e em quantidade insignificante” de animais silvestres para subsistência do vendedor ou de sua família. A proposta descabida altera a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) e prevê punição para quem montar comércio ou indústria de animais silvestres “sem autorização”. A pena é cadeia, de dois a cinco anos e multa. O texto mantém a autorização para abate de animais silvestres para alimentação, para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória de animais, ou ainda quando se tratar de animal nocivo.

Por Redação ((o))eco
11 de junho de 2008