Paraíso?

Viver em uma ilha paradisíaca, rodeada por águas cristalinas e com sol durante quase todo o ano sempre foi a imagem preferida das publicidades para mostrar o lugar perfeito de um bom descanso. Mas essa idéia já não faz a cabeça dos turistas em virtude do aquecimento global, que aumenta o nível dos oceanos e já ameaça porções de terra da Polinésia, como Kiribati e Tuvalu. Reportagem do britânico Independent mostra, no entanto, que elas não estão sozinhas. O vizinho arquipélago de Torres Strait, na Austrália, também começa a temer pela completa submersão. A história de Ron e Maria Passi, únicos taxistas de Murray (uma das ilhas que formam a região), mostra o tamanho do problema: em uma noite, encontraram sua pequena neta coberta de areia dentro do berço, depois que uma onda arremessou um pedaço de madeira contra a casa.

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5 de maio de 2008

Crença

Enquanto o mundo não mostra ações realmente efetivas para conter o aumento do aquecimento global, resta a esperança. Pelo menos é o que parece pregar Rajendra Pachauri, chefe do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês). Durante encontro do Banco de Desenvolvimento da Ásia neste domingo, na Espanha, o indiano disse acreditar na assinatura de um acordo eficiente para substituir o Protocolo de Quioto já no final de 2009. Pachauri embasa sua opinião na crescente preocupação popular em relação aos efeitos do acúmulo de carbono na atmosfera, fato que pode gerar pressão em Washington e em outros governos em favor de metas de redução das emissões. A notícia é do Planet Ark.

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5 de maio de 2008

Tempos que não voltam

Desde a última quinta-feira, e até o dia 31 de maio, os habitantes de Lima, no Peru, terão um programa diferente para fazer: visitar a exposição “Climate Change, so does my life”, do fotógrafo Thomas Mueller. Para notar os efeitos do aquecimento global, ele visitou 13 regiões do país espalhadas pela costa, montanhas e florestas. O resultado das conversas com membros de comunidades de 29 cidades é um amplo material sobre o impacto das mudanças do clima na vida de artesões, pescadores e camponeses. Matéria do site TreeHugger traz, por exemplo, a descrição de Samuel Francisco Ramirez, morador de Morropon. Segundo ele, a água para as lavouras já não existe na mesma quantidade de antes, já que o canal de Chira está secando. Já Maximo Crispín, habitante de Ausangate, em Cuzco, diz que as chuvas chegam apenas em dezembro, quando antes apareciam todo mês de outubro.

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5 de maio de 2008

Eike x Meio Ambiente

Mais um empreendimento com potencial impacto ao meio ambiente começa a gerar imbróglios jurídicos na conta do mega empresário Eike Batista. Desta vez, a Defensoria Pública do Ceará entrou com uma ação civil para impedir a construção de uma termoelétrica a carvão do grupo MPX no Pecém, praia a 60 quilômetros de Fortaleza. Com capacidade estimada em 1.080 MW, a planta vai emitir alta quantidade de gases estufa e pode reduzir a níveis ínfimos a oferta de água para a população de São Gonçalo do Amarante, que vive no local. Como se não bastasse, o defensor Thiago Tozzi, autor do processo, viu que o Estudo de Impacto Ambiental do projeto está incompleto. A reportagem é da Folha de São Paulo.

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5 de maio de 2008

Mais

Segundo o presidente da Associação Mundial de Energia Eólica, Anil Kane, a previsão é de que até 2010 o mundo tenha 170 mil MW de energia gerados por cata-ventos. Otimista, ela fala em um mercado de 100 bilhões de dólares em um futuro não muito distante. "A energia eólica é a única capaz de atender as necessidades por eletricidade no futuro", argumenta.

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5 de maio de 2008

De vento em popa

De acordo com a Associação Mundial de Energia Eólica, o setor é o que mais cresce entre os ramos industriais. Em 2007, a expansão dos negócios foi de 26% com a adição de 19 mil megawatts de energia em diferentes países. O total de energia eólica vem crescendo a um ritmo bastante forte, segundo a associação. Em 1997, cata-ventos geravam apenas 7475 MW. Dez anos depois, o total é de 93.849 MW. A Europa concentra 61% das turbinas, seguida pela América do Norte, 20%. A América Latina detém apenas 0,6% dos geradores eólicos.

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5 de maio de 2008

Solução

Índios xavantes da terra indígena Maraiwatsede, em Mato Grosso, foram à Brasília se reunir com procuradores da república, Ibama, Incra e Funai para tentar solucionar os conflitos decorrentes da invasão de suas áreas por grileiros e posseiros. A terra reconhecida em 1998, fica no município de Alto Boa Vista, abriga 760 índios e tem sido palco dos maiores índices de desmatamento em áreas indígenas no estado.

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5 de maio de 2008

E os pássaros?

Ativistas ingleses têm levantado nos últimos anos diversas dúvidas sobre o impacto visual das turbinas e principalmente nas rotas de aves migratórias. Para Kane, as críticas são "ridículas". O setor de aviação, segundo ele, mata muito mais pássaros que os geradores eólicos.

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5 de maio de 2008

Medrosas

O discurso ecologicamente correto de grandes empresas pode até soar bem e convencer muita gente, mas a verdade é que elas estão morrendo de medo da iminente regulamentação sobre as emissões de gases de efeito estufa e a vêem como um risco significativo para suas atividades. Este é o resultado de um estudo global feito pela Carbon Disclosure Project com 144 grandes empresas, entre elas a Nestlé, PepsiCo, Unilever e Procter & Gamble. Segundo a pesquisa, 96% das empresas vêem as regulamentações ligadas às alterações climáticas como um risco potencial para suas ações.

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2 de maio de 2008

Outros números

Além deste dado, a pesquisa também mostrou que 58% das empresas indicaram a redução do consumo de energia como a melhor forma de gerir tais riscos e somente 26% dizem ter criado mecanismos específicos de redução dos gases de efeito estufa. 58% é também a porcentagem de empresas que divulgam suas emissões diretas. As emissões indiretas são divulgadas por apenas 12% das empresas.

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2 de maio de 2008

E aí, Chico Mendes?

Não é que exatamente um ano após a boataria que precedeu a divisão do Ibama e a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, as conversas de corredor voltaram entre o funcionários do Ministério do Meio Ambiente. Agora as especulações versam sobre o nome que substituirá João Paulo Capobianco na presidência do ICMBio.

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2 de maio de 2008

Commodities florestais

Em encontro com o príncipe Charles na quarta-feira, a governadora do Pará Ana Julia Carepa propôs taxar os mercados financeiros com o intuito de guardar recursos para investir em produtos florestais não-madeireiros. A sugestão contempla o latex, sementes, óleos e fibras. O herdeiro do trono britânico achou melhor não se posicionar sobre o tema, mas mostrou desconhecer um tanto da realidade nacional: para ele, o governo brasileiro faz muito pela conservação da Amazônia.

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2 de maio de 2008