Aval indevido

A Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso aprovou a licença prévia emitida pelo governo do estado à Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Jesuíta, um dos 12 empreendimentos hidrelétricos que compõem o complexo Juruena. Na semana passada, a Justiça determinou que as obras das usinas que já possuem licença de instalação fossem paralisadas até que os empreendedores apresentassem estudo de impacto ambiental do complexo inteiro, e que sua análise fosse feita pelo Ibama. O Ministério Público Federal elencou uma penca de ilegalidades no processo.

Por Redação ((o))eco
29 de abril de 2008

Balela

A comissão chega a Mato Grosso entre os dias 15 e 16 de maio para discutir com empresários e autoridades locais uma maneira de conservar a natureza de forma a não anular a economia dos municípios. Sem punição contra crimes ambientais, é claro.

Por Redação ((o))eco
29 de abril de 2008

Viagem

Expedito Junior (PR/RO) e Flexa Ribeiro (PSDB/PA) também fazem parte da comissão. Os senadores chegaram ao ponto de sugerir o trancamento da pauta do Senado enquanto o Ministério do Meio Ambiente não mexesse no decreto que impôs restrições econômicas aos municípios que mais desmatam a Amazônia.

Por Redação ((o))eco
29 de abril de 2008

Ilegal, e daí?

Embora dure até o dia 15 de maio, a primeira fase do período de defeso da manjuba no Espírito Santo já deu sinais claros de que não serviu para muita coisa. Desde o dia 15 de abril, quando começou o defeso, quase 100 quilos de pescado ilegal foram apreendidos por fiscais do Ibama, que participam da Operação Lagosta Legal. Durante nove meses por ano, é proibido retirar a manjuba do mar. Mesmo assim, só em 2006, pouco mais de 273 mil quilos foram coletados pelos servidores do instituto.

Por Redação ((o))eco
29 de abril de 2008

Natureza amiga

Se os cães geralmente não são bem-vindos em unidades de conservação, a exceção da regra fica em Goiás, no Parque Nacional das Emas. Por ali, os labradores receberam passe-livre por uma boa causa. Conforme mostrou uma reportagem do Globo Rural, reproduzida no site G1, o amigo do homem ganhou as matas do Cerrado num projeto de conservação inovador. Conduzido por uma bióloga americana, o trabalho consiste em treinar o faro dos cachorros para que encontrem fezes de animais ameaçados de extinção. Identificação feita, alguns estudos são tocados para se ter uma noção de em que pé estão as espécies. Por enquanto, cinco mamíferos estão sendo farejados: onça-parda, a onça-pintada, o lobo-guará, o tatu-canastra e o tamanduá-bandeira.

Por Redação ((o))eco
29 de abril de 2008

Puros tigres

Os tigres estão em dificuldade em todo o mundo. Hoje, estima-se que haja apenas três mil em estado selvagem – eram aproximadamente cem mil há um século. Soma-se a este quadro o fato de que, dos cerca de 20 mil tigres em jardins zoológicos, criadouros, circos ou até mesmo domicílios privados, somente mil reprodutores fazem parte de programas destinados a preservar a diversidade genética da espécie. Isso faz com que muitos dos animais em cativeiro sejam considerados "genéricos", ou seja, sua composição genética é desconhecida ou eles são considerados híbridos. A boa notícia disso tudo é que um novo estudo feito nos EUA indicou que cerca de 20% destes animais foram considerados como sendo puros de uma das cinco subespécies de tigres. Segundo notícia do The New York Times, a descoberta pode significar um impulso nos esforços para reprodução da espécie.

Por Redação ((o))eco
29 de abril de 2008

Símios nadadores

Os orangotangos compartilham 97% de seu DNA com humanos, são tidos como a segunda espécie mais inteligente depois da nossa, mas não são capazes de realizar tarefas como nadar ou pescar. Este era o conhecimento que a comunidade científica tinha até agora destes símios. Porém, observações feitas por uma equipe de naturalistas com comunidades que habitam florestas equatoriais em Bornéu, na Indonésia, mostraram que a inteligência dos orangotangos vai além. Eles foram fotografados nadando e pescando com uso de instrumentos, o que, para os cientistas, significa que a espécie é a capaz de criar e aprender. As imagens capturadas na Indonésia devem virar livro em maio, mas o site da BBC Brasil dá uma mostra do que virá na publicação.

Por Redação ((o))eco
29 de abril de 2008

Recurso rejeitado

A Usina Açucareira Furlan, com sede em Americana, no interior do Estado de São Paulo, bem que tentou se livrar de uma multa de quase 150 mil reais por crime ambiental, mas não conseguiu. Em 1996, a empresa foi multada por queimar palha de cana-de-açúcar ao ar livre, sem autorização e em área metropolitana do município. Na época, a empresa entrou com recurso, alegando que não planta nem colhe cana, apenas a compra de plantadores independentes. Para a justiça, que considera o processo utilizado pelo agricultor também de responsabilidade da usina, dependendo do tipo de relação estabelecida, o argumento não foi válido. Nesta semana, o recurso foi rejeitado.

Por Gustavo Faleiros
28 de abril de 2008

Só alegria

Depois de aprovado a rodo o zoneamento da silvicultura no Rio Grande do Sul, os “órgãos ambientais” de lá prontamente emitiram as tão esperadas licenças para o empresariado. A página da Sema/RS informa que cinco licenças prévias foram liberadas para Aracruz e Derflin (Stora Enso). Cada uma recebeu aval para plantar 100 mil hectares com eucaliptos, em seis bacias hidrográficas - Rio Ibicuí, Rio Santa Maria, Vacacaí e Vacacaí Mirim, Baixo Jacuí, e Camaquã.

Por Redação ((o))eco
28 de abril de 2008

Julgamento no arrasto

Nesta terça, a Pescado Amaral, de Itajaí (SC), senta novamente no banco dos réus por praticar pesca de arrasto no litoral do Rio Grande do Sul, em 2000. É raro identificar as empresas por detrás da ilegalidade, já que os barcos normalmente não trazem identificação. Mas à época, a ONG Sea Sheapherd Brasil e a Patram tiveram melhor sorte. Trata-se da primeira ação civil pública movida no Brasil contra esse tipo de pesca, destruidora dos mares. Em um primeiro julgamento, a empresa foi condenada a pagar mais de R$ 350 mil. Agora, em segunda instância, a causa vem novamente a público, no Tribunal Regional Federal da 4º Região, em Porto Alegre (RS).

Por Redação ((o))eco
28 de abril de 2008

Número expressivo

No dia 15 de abril teve fim a expedição de dez ornitólogos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) ao Parque Nacional do Viruá, em Roraima. Na ocasião, impressionantes 225 espécies de aves foram verificadas pelos membros do grupo em apenas um dia. Os números totais da viagem, que durou 26 crepúsculos, também chamam a atenção: ao todo, foram avistados 480 tipos diferentes de pássaros. Os estudos servirão de base para o plano de manejo da unidade de conservação.

Por Redação ((o))eco
28 de abril de 2008

Barreira dos 200

Cohn-Haft disse que, em alguns países, os pesquisadores fazem verdadeiros rankings de observação de aves. Mas, neste caso, só valem aquelas avistadas por todos os membros da equipe presentes no campo. Como no Brasil não há competição similar, os ornitólogos que foram ao Parque Nacional do Viruá puderam contabilizar as espécies localizadas individualmente, o que facilitou os trabalhos. “Mas, em todo o mundo, existe o consenso de que visualizar 200 tipos de aves em um só dia é excelente”, conta.

Por Redação ((o))eco
28 de abril de 2008