Motivo forte

A boa notícia vem dos céus: algumas empresas americanas finalmente decidiram adotar planos para evitar o desperdício de combustível. Uma reportagem do USA Today mostra que cinco companhias estão dispostas a tomar atitudes como reduzir o número de vôos e da frota de aviões e tornar as aeronaves mais eficientes. Ao contrário do que se pode sugerir de cara, não foi o aquecimento global que comoveu os empresários. A postura é estritamente econômica: com o preço do combustível nas alturas, a contenção de despesas falou mais alto. O meio ambiente ainda não está com essa moral no setor.

Por Redação ((o))eco
20 de março de 2008

Rigor

Em conversa por telefone com a reportagem de O Eco, o superintende do Ibama no Rio de Janeiro, Rogério Rocco, garantiu que o licenciamento de Angra 3 ainda está em fase de análise. Há, de acordo com ele, uma série de questionamentos já feitos nas audiências públicas anteriores, o que só deve aumentar com os novos encontros marcados para a próxima semana em Angra dos Reis, Paraty, Rio Claro e Ubatuba. Depois de todo o processo, o instituto deve avaliar o cumprimento dos requisitos legais e liberar, ou não, a permissão prévia de construção.

Por Gustavo Faleiros
20 de março de 2008

Telefone sem fio

Rocco comentou o acidente que deixou sete mortos no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) há cerca de dez dias. Arrastados por uma tromba d’água que elevou o nível das águas em dois metros, os banhistas não conseguiram escapar a tempo. Rocco já conversou com o chefe da unidade de conservação e sugeriu que fosse marcada uma reunião com a prefeitura local e os comerciantes do entorno. Em pauta, a análise da infra-estrutura para melhorar o sistema de comunicação entre o interior e o exterior do parque.

Por Gustavo Faleiros
20 de março de 2008

Em tempo

Dentro da unidade, já existe instalado um sistema de monitoramento de chuvas nas cabeceiras dos rios. O equipamento permite que os técnicos saibam com pouco mais de uma hora de antecedência se uma tromba d’água está a caminho. Com isso, é possível avisar os banhistas a tempo de todos se retirarem. A idéia de Rocco é que, a partir de agora, os bares e a prefeitura também recebam esta informação para que notifiquem os freqüentadores das cachoeiras próximas.

Por Redação ((o))eco
20 de março de 2008

Madeira na Europa

Manifestantes do Greenpeace estiveram nesta quarta de plantão nos portões do Itamaraty, onde estenderam uma faixa em bom português dizendo “Chega de Madeira Ilegal e Desmatamento na Amazônia”. Os dizeres se dirigiam ao não menos português José Durão Barroso, presidente da Comissão Européia, em visita a Brasília. Desde segunda, a ONG tem divulgado informações sobre uma quantidade considerável de madeira nobre que tem deixado os portos na Amazônia com destino à Europa. Eles cobram que a União Européia endureça as regras para importação de matéria prima de desmatamento predatório no Brasil. Veja aqui imagens dos navios sendo carregados em Santarém (PA) e zarpando rumo a portos em Portugal, Espanha e França.

Por Redação ((o))eco
19 de março de 2008

Reserva Legal

Os deputados federais da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável que fazem parte da Subcomissão Destinada a Analisar a Eficácia do Sistema de Reserva Legal apresentaram o seu relatório de atividades. O documento, felizmente, traz recomendações para que a Câmara aprove e aprecie projetos de lei que fortaleçam o controle sobre as Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente. Entre os mecanismos propostos estão o cadastro obrigatório de propriedades e a criminalização daqueles que desmatam as zonas privadas preservadas.

Por Redação ((o))eco
19 de março de 2008

Bondade

A surpresa do relatório da Subcomissão de Reserva Legal não está tanto em suas recomendações, mas sim em quem as assinou. Entre os deputados estão os ruralistas Moacir Micheletto (PMDB_PR) e Homero Pereira (PR-MT).

Por Redação ((o))eco
19 de março de 2008

Conveniência

Aliás, a reunião da Comissão de Meio Ambiente desta terça em Brasília teve momentos curiosos. Destaque para os elogios gerais ao relatório “O Leão Acordou” do Greenpeace, que mostra que o Plano de Controle e Prevenção do Desmatamento do governo federal não conseguiu cumprir boa parte de sua metas. O tradicional inimigo das ONGs Moacir Micheletto (PMDB-PR) pediu a palavra para apoiar uma solicitação de que representantes do Greenpeace compareçam à Câmara dos Deputados para apresentarem os resultados do relatório.

Por Redação ((o))eco
19 de março de 2008

Batata quente

Aliás, em uma longa conversa com lideranças de organizações não-governamentais nesta terça-feira, o deputado Jorge Khoury (DEM-BA), que será relator, na Comissão de Meio Ambiente, do polêmico Projeto de Lei 6424 do Senador Flexa Ribeiro, deixou claro que deve apresentar uma posição ponderada. Para quem não se lembra o PL 6424, apelidado de Floresta Zero pelo Greenpeace, é aquele que visa reduzir o percentual das Reservas Legais na Amazônia. A tendência é que Khoury retome o projeto original sem as modificações tenebrosas feitas na Comissão de Agricultura, como a anistia aos desmatadores, e encaminhe para o plenário.

Por Redação ((o))eco
19 de março de 2008

Sem defesa

Os cerca de 700 gorilas-da-montanha que ainda restam na República Democrática do Congo não têm a quem recorrer. A investigação sobre o caso da morte de dez destes animais no Parque Nacional Virunga, no ano passado, resultou na prisão, nesta terça, de um guarda-florestal que teria organizado a matança. Segundo funcionários da unidade ouvidos pela BBC, a ação do rapaz que deveria proteger a biodiversidade local revela a politicagem que tem regido a segurança do parque. De acordo com peritos, existe uma fabricação de carvão ilegal dentro da UC, e alguns trabalhadores estariam envolvidos com a atividade. Os investigadores suspeitam que a morte dos gorilas tenha sido calculada, como forma de desviar as atenções sobre a fábrica.

Por Redação ((o))eco
19 de março de 2008

Pobres de fora

Um relatório divulgado nesta semana pela União Internacional para a Conservação da Natureza mostra que, para combater a mudança climática, não basta só pensar em turbinas eólicas, carros híbridos ou mercados de carbono. Isso porque essas são soluções feitas pelo mundo desenvolvido para o mundo desenvolvido, não para um grande pedaço do quebra-cabeça da mudança climática: os países pobres e em desenvolvimento. Segundo Gonzalo Oviedo, autor do relatório da IUCN, há muitos países pobres com alta vulnerabilidade e onde são necessários outros tipos de soluções e idéias de baixa tecnologia. Tais soluções, segundo ele, não são fáceis de se desenvolver, mas são "absolutamente fundamentais". A notícia é do jornal Herald Tribune.

Por Redação ((o))eco
19 de março de 2008