Depende do ponto-de-vista

Um relatório desenvolvido por diversas Ong’s ambientalistas do planeta traz, ao mesmo tempo, uma boa notícia para a biodiversidade brasileira e outra ruim para o planeta em geral. Três espécies de macacos constantemente listadas entre as mais ameaçadas do mundo e habitantes das terras tupiniquins foram retiradas das relações. O problema é que 25 tipos de primatas ao redor do globo terrestre podem estar com os dias contados. De acordo com o estudo, todos os seus indivíduos juntos não enchem sequer um campo de futebol. Notícia da Folha de São Paulo mostra que 29% das 394 espécies desses animais conhecidas correm sérios riscos de desaparecimento.

Por Redação ((o))eco
26 de outubro de 2007

Liderança

A França pretende se tornar uma das nações mais preocupadas com o meio ambiente e, para isso, anunciou nesta sexta-feira a criação de um plano chamado “revolução ecológica”. Ao lado do Nobel da Paz, Al Gore, o presidente Nicolas Sarkozy disse que é preciso encontrar maneiras de aumentar os impostos referentes à importação de produtos que não estejam de acordo com as normas de Quioto. E também de diminuir os custos do comércio de artefatos ambientalmente sustentáveis entre os membros da União Européia. Notícia do site ecoticias conta que o chefe de estado francês deve propor metas para reduzir os impactos dos setores de transporte, agricultura, edificações e saúde.

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26 de outubro de 2007

O perigo mora ao lado

A sede das Olimpíadas de 2008, Pequim, não parece dar mostras de que a qualidade de seu ar será compatível com as exigências de uma competição esportiva de alto nível. Nesta sexta-feira, um representante do governo para assuntos climáticos pediu que as crianças e idosos permaneçam dentro de suas casas em virtude da espessa camada de neblina e fumaça que se formou na cidade. De acordo com a Reuters, está é uma prova do alto índice de poluição da capital chinesa. O sistema respiratório dos seres humanos pode ser facilmente contaminado em um estado de alarme como esse.

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26 de outubro de 2007

20 anos depois

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançou nesta quinta- feira o Global Environment Outlook 4 (GEO 4). Trata-se de um catatau de 572 páginas feito por mais 300 pesquisadores em todo o mundo para avaliar o estado dos problemas ambientais nas últimas duas décadas. A publicação surge exatamente 20 anos depois do famoso relatório da ONU “Nosso Futuro Comum”, coordenado pela igualmente famosa Comissão Brundtland. Nas palavras do presidente do PNUMA, Archin Steiner, as conclusões do relatório não buscam traçar um panorama “sombrio”, mas avaliar os avanços e derrotas neste período.

Por Redação ((o))eco
25 de outubro de 2007

“Problemas persistentes”

Difícil é não ver o quadro todo como algo bem sombrio. As conclusões do relatório de fato mostram que houve melhoras significativas na prevenção à contaminação de solo, ou ainda uma redução importante (95%) nos gases que danificam a camada de ozônio. No entanto, algumas questões já identificadas como graves pelo relatório de Brundtland em 1987 só pioraram, tais como o aquecimento global, a preservação de mananciais de água, o desmatamento e a extinção das espécies. Para o presidente do PNUMA estes são “problemas persistentes” cujas tendências nos últimos 20 anos são bastante “desfavoráveis”.

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25 de outubro de 2007

Pegada humana

A conclusão maior do relatório é de que nós seres humanos estamos usando recursos naturais bem acima da capacidade de resiliência do planeta Terra. Segundo os cálculos do GEO4, a média por ser humano, com tudo que come, veste, usa, compra durante seu período de vida é de aproximadamente 21 hectares explorados. Essa média séria sustentável se estivéssemos em 15 hectares por habitante do globo.

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25 de outubro de 2007

Água e biodiversidade

Alguns exemplos de que as coisas não caminham bem. Cerca de 70% de toda água doce disponível está sendo usada em irrigação. Neste últimos anos, o consumo nos países em desenvolvimento cresceu 50%. Nas nações ricas, o salto foi de 18%. A extinção de espécies é considerada como a mais rápida da história humana: 30% dos anfíbios, 23% dos mamíferos e 12% dos pássaros estão ameaçados.

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25 de outubro de 2007

“Desmatamento? Onde?”

A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, convidada a participar de seminário com membros do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), nesta quinta no Rio, soltou seu discursos usual de que o trabalho do governo federal no combate ao desmatamento está funcionando, mesmo diante do acréscimo de 138% na derrubada de árvores em Mato Grosso durante o mês de agosto (sobre 2006). Segunda ela, a subida no desflorestamento de 8% nos últimos quatro meses, é oscilação normal, mas que deve ser combatida.

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25 de outubro de 2007

É a fiscalização

Para a ministra, a diminuição no desmatamento não aconteceu devido à queda nos preços internacionais de commodities, como a soja. O decréscimo de 65% no desmatamento em território nacional se deve muito aos trabalhos de fiscalização, apreensão e multa efetuados pelo governo, disse Marina.

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25 de outubro de 2007

Metas em debate

Marina Silva também afirmou que o governo discute internamente se o Brasil vai ou não adotar compromissos legais para diminuir suas emissões de gases estufa. A verdade, porém, é que a possibilidade de o país assumir metas nas rodadas de negociações do clima, é muito pequena. A ministra revelou que o governo deve manter a intenção de receber incentivos de países ricos, como novas tecnologias e recursos financeiros para evitar o desmatamento. “Já diminuímos 65% do desflorestamento em três anos com recursos próprios e ajuda da China, nos satélites que enviamos em conjunto”, explicou.

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25 de outubro de 2007

A chuva do IPCC

Durante a mesa que abriu a reunião do IPCC no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, uma frase chamou a atenção entre os presentes. O curioso é que ela foi repetida pelos dois palestrantes estrangeiros: Mohan Munasingue (Vice-Presidente do painel) e Leo Meyer (membro da Unidade de Suporte Técnico do grupo III). Os cientistas brincaram com o dilúvio que abala a vida dos cariocas desde quarta. “Fomos nós, do IPCC, que trouxemos a chuva”, disseram, para depois concluirem que eventos drásticos como esse serão mais freqüentes no futuro.

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25 de outubro de 2007

Incentivos dos ricos

Newton Paciornik, assessor da Coordenação Geral de Mudanças Globais do Clima do Ministério da Ciência e Tecnologia e um dos negociadores da posição que o Brasil levará para a 13ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que ocorrerá em Bali, em dezembro, disse que o país deve continuar com a postura de não assumir metas internacionais para reduzir emissões de carbono. Mas assegurou que isso não significa aceitar um papel neutro no combate ao aquecimento. De acordo com ele, o Brasil deve reafirmar a postura de pedir incentivos financeiros das nações desenvolvidas para reduzir o desmatamento.

Por Redação ((o))eco
25 de outubro de 2007