Abrolhos na pindaíba

A Coalizão SOS Abrolhos, grupo formado por diversas ONGs, organizou no último sábado (dia 10) um protesto na costa baiana para pedir ao governo Lula que dê mais atenção ao Parque Nacional de Abrolhos. Considerado um dos berçários de vida marinha mais importantes do país, Abrolhos sofre com a falta de recursos e está sob ataques constantes de produtores de camarão e especuladores imobiliários que pedem a redução da zona de amortecimento que circunda a área protegida. Os manifestantes abriram uma grande faixa, amparada por botes infláveis, com a inscrição: "Lula e [Jaques] Wagner, ABRam os OLHOS". Em seguida, mergulhadores abriram faixas sob a água, como a que aparece na foto ao lado.

Por Redação ((o))eco
13 de novembro de 2007

Nas mãos do Ibama

Mais uma reviravolta no polêmico licenciamento das lavouras de eucaliptos no Rio Grande do Sul. Desta vez a juíza Clarides Rahmeier bateu o martelo e definiu que o licenciamento da silvicultura para áreas com mais de 1.000 hectares é do Ibama. a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) só poderá atuar supletivamente. Em seu despacho, Rahmeier diz também que a Fepam tem agilizado licenças sem respeitar o “princípio da precaução” e a legislação ambiental. A Justiça acatou duas ações civis públicas que denunciaram irregularidades na concessão dessas licenças. A decisão completa da juíza pode ser conferida na internet.

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13 de novembro de 2007

Cadê as UCs?

O protesto também serviu para os ambientalistas cutucarem a turma da Casa Civil da Presidência da República, que como se sabe, já está há um bom tempo segurando decretos de criação de unidades de conservação (UCs) na Bahia. Na região, espera-se o surgimento da Reserva Extrativista Cassurubá, na cidade de Caravelas, além das do Refúgio de Vida Silvestre de Una; do Refúgio de Vida Silvestre do Rio do Frade; do Monumento Natural de Pancada Grande; da Área de Proteção Ambiental do Alto Cariri e do Refúgio de Vida Silvestre de Boa Nova, bem como a ampliação do Parque Nacional do Pau Brasil, do Parque Nacional do Descobrimento e da Reserva Biológica de Una.

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13 de novembro de 2007

Palavras do chefe

Segundo a Coalização SOS Abrolhos, a administração do parque nacional enfrenta “sérias dificuldades para manter a unidade em funcionamento”. Quem confirma é Marcello Lourenço, o próprio chefe do Parque. "O parque conta hoje com apenas três servidores, sua principal embarcação encontra-se fora de operação há um ano e meio, e os recursos de uma compensação ambiental utilizados para a contratação dos guarda-parque estão finalizando".

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13 de novembro de 2007

Regularização fundiária

O Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF) anunciou que firmou parceria com a prefeitura de Santo Antônio do Itambé para regularizar a situação fundiária do Parque Estadual do Pico do Itambé e contratar guarda-parques. Há quase 10 anos a unidade de conservação aguarda implementação efetiva. Catorze famílias serão desapropriadas e reassentadas com apoio do município.

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13 de novembro de 2007

Alta definição

A empresa francesa Spot Image vai fornecer imagens de satélite de alta qualidade das bacias dos rios Manissauá-Miçu e Suiá-Miçu, tributários do Xingu, para o desenvolvimento de atividades de planejamento da paisagem com mais eficiência dentro da campanha Y Ikatu Xingu. As imagens, com resolução de 10 metros, permitirão um mapeamento mais preciso dos cursos d’água, áreas de preservação permanente (APP), remanescentes florestais e nível de degradação das áreas.

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13 de novembro de 2007

Pré-requisito

Várias universidades ao redor do mundo são centros de estudos acerca dos impactos do aquecimento global. Mas, para a união das instituições de ensino do Reino Unido, isso não basta. De acordo com seus membros, é necessário que outras medidas sejam tomadas para reduzir as emissões de gases estufa dentro do campus. Faz sentido. Uma faculdade de porte médio na Grã-Bretanha lança cerca de 12 mil toneladas de carbono por ano na atmosfera, um número considerado bem alto. Reportagem do The Guardian mostra, no entanto, que as alternativas para alcançar o objetivo não foram muito bem aceitas pelos acadêmicos: cortar viagens de pesquisadores para conferências e fazê-los trabalhar durante o verão. Além disso, existe uma proposta de selecionar estudantes estrangeiros através de perguntas sobre seus cuidados com o meio ambiente. Seria um bom pré-requisito.

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13 de novembro de 2007

Maria vai com as outras

O Ministério de Meio Ambiente da Suécia publicou, na última semana, um estudo com resultados curiosos: os homens emitem mais carbono do que as mulheres. Apesar do sexo feminino ganhar a disputa quando se trata do consumo de produtos de beleza, higiene pessoal, roupas e sapatos, o masculino ganha no lançamento de gases estufa a partir da aquisição de aparelhos eletrônicos pródigos em gasto de energia. Além disso, os rapazes tendem a viajar mais de carro, avião, barco ou motocicletas. Notícia do blog do Herald Tribune conta que a autora do documento, Gerd Johansson-Latham, considera que as moças são muito menos responsáveis pelas mudanças climáticas. E vai além: caso os machos seguissem o bom exemplo delas, assegura, o problema seria muito menor.

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13 de novembro de 2007

Chance de ouro

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore tem uma nova chance de transportar a sua cultura verde para outros campos. Ele acaba de ser contratado como parceiro de uma importante firma de investimentos norte-americana, a Kleiner Perkins Caufield & Byers. A companhia justificou sua escolha ao dizer que a entrada do guru ambiental em seu time será importante para encorajar suas empresas a investirem em novas tecnologias. Reportagem do New York Times mostra que essa é uma excelente oportunidade para o vencedor do Nobel da Paz criar novos negócios calcados na preservação ambiental. Como bom cidadão que aparenta ser, Gore garantiu a doação de seu salário integral para a Alliance for Climate Protection, uma organização não-governamental de apoio às causas ecológicas.

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13 de novembro de 2007

Chega de conselhos

A partir de agora, não cuidar da preservação do planeta é considerado um crime. Pelo menos para Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção do Clima da ONU. A afirmação aconteceu em Valência, na Espanha, onde o IPCC faz uma reunião com delegações de 145 países para produzir um resumo de 30 páginas do Quarto Relatório de Avaliação (AR4). Ele será levado para Bali, na Indonésia, em dezembro. Segundo Boer, depois que os últimos documentos do painel foram divulgados e mostraram os possíveis cenários calamitosos causados pelas mudanças climáticas, ignorar o senso de urgência não é nada menos do que uma “irresponsabilidade criminosa”. Notícia da Associated Press veiculada pela Folha de São Paulo mostra que, pelo visto, essa síntese levará em conta a qualidade, e não os pitacos dos países que mais emitem CO2.

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13 de novembro de 2007

Mineração indígena

A Câmara ganhou semana passada mais uma Comissão Especial. Desta vez para analisar projetos de lei que abrem terras indígenas para mineração. Na liderança do grupo, os deputados Edio Lopes (PMDB-RR), Bel Mesquita (PMDB-PA) e Eduardo Valverde (PT-RO). Esburacar solo indígena para extrair minérios é algo previsto na nossa Constituição, mas ainda não regulamentado. Na relatoria da Comissão e cheio de esperança, Valverde quer apresentar parecer sobre o polêmico assunto ainda neste ano. Ele coordena a Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas.

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12 de novembro de 2007

Morte e mato

Sem regras claras a exploração mineral em áreas indígenas é fonte de muita degradação ambiental e cultural, além de conflitos violentos. Basta lembrar que, em abril de 2004, 29 pessoas foram mortas por índios Cinta-Larga em um garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Roosevelt, em Espigão d´Oeste (RO). O estopim da violência seria o contrabando de diamantes.

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12 de novembro de 2007