Sem segurança

Os sete ativistas permanecem refugiados no escritório do Ibama e não aceitam participar da manifestação. Eles temem pela segurança do grupo, já que os manifestantes continuam cercando as dependências do instituto. A solução ainda parece estar longe.

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2007

Cerco

Sete ativistas do Greenpeace passaram essa madrugada abrigados no escritório do Ibama em Castelo dos Sonhos, às margens da BR-163 no Sudoeste do Pará. Ficaram lá para se proteger de uma turba ensandecida que os cercou tão logo entraram na cidade escoltando uma carreta que transportava uma tora de castanheira derrubada e incendiada em terra pública. A tora, recolhida em território paraense, está sendo trazida pelo Greenpeace para o Rio de Janeiro e São Paulo onde será a estrela de exposição contra o aquecimento global.

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2007

O pomo da discórdia

Bem, esse pelo menos é o plano do Greenpeace. Se vai funcionar, não se sabe, porque a saída da carreta com a tora de Castelo dos Sonhos ainda é dúvida. É justamente ela que a multidão que cercou o escritório do Ibama em Castelo dos Sonhos quer. Ou melhor, não querem necessariamente a castanheira queimada, mas evitar que ela chegue ao Sudeste. Dizem que será utilizada para fazer propaganda negativa e enganosa sobre o que acontece na Amazônia.

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17 de outubro de 2007

Arco da sociedade

A confusão em Castelo dos Sonhos começou na tarde de ontem, tão logo a carreta chegou na cidade. Ela foi cercada por caminhões, motos e camionetes com dezenas de madeireiros. Os militantes do Greenpeace decidiram se refugiar no escritório do Ibama, que foi cercado pelos manifestantes. Eles ganharam o apoio de assentados do Incra na região.

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17 de outubro de 2007

Machão

O Exército, que tem uma guarnição em Itaituba, próxima à castelo dos Sonhos, mandou 12 soldados protegerem as instalações do Ibama. À noite, os militantes sitiados e os funcionários do órgão federal receberam uma ordem do coronel Dovanin Camargo Jr. Ele disse que era o responsável pela integridade do prédio federal e que só havia uma maneira de assegurá-la. Quem pensou que o coronel iria reprimir a manifestação se enganou. Ele sugeriu que a turma do Greenpeace teria que sair de lá e ficar à mercê da multidão.

Por Redação ((o))eco
17 de outubro de 2007

Galho dentro

Os militantes da Ong, todos brasileiros natos, se recusaram a acatar a ordem e o coronel, contrariado, recuou, deixando seus soldados guarnecendo o prédio.

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17 de outubro de 2007

Matriz suja

O leilão de energia nova do governo federal, realizado nesta terça-feira, mostra que o Brasil está mesmo caminhando a passos largos na intenção de sujar sua matriz de energia. Dos 10 projetos leiloados, 5 foram termoelétricas movidas com combustíveis fósseis, entre eles o carvão, substância mais poluidora. Somadas, as usinas térmicas representaram 70% dos 2300 megawatts negociados.

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16 de outubro de 2007

Em chamas

Um incêndio atingiu nesta terça-feira 110 hectares do Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença (RJ), segundo estimativas de técnicos do Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ). Ainda não se sabe a causa da destruição, mas as fazendas do entorno que promovem queimadas para a renovação do pasto serão investigadas. No momento, cerca de 40 brigadistas tentam combater o fogo e salvar um dos últimos remanescentes contínuos de Mata Atlântica do Médio Paraíba.

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16 de outubro de 2007

Hidros vem aí

Apesar de estarem em desvantagem em relação à geração térmica, as hidrelétricas estão recobrando fôlego. No leilão desta terça-feira, foi retomada a venda de parte do potencial de usina de Estreito (256 MW), no rio Tocantins, que estava parada por pendências com comunidades indígenas que vivem na áreas de influência do reservatório. E também começou a negociação da usina Foz do Chapeco (259 MW), no rio Uruguai, que estava há tempos na lista de espera. A entrada desta hidrelétrica dependia da conclusão da Avaliação Ambiental Integrada (AAI) da bacia do Uruguai feita pelo Ministério de Minas e Energia por determinação do Ministério Público Federal.

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16 de outubro de 2007

A maior

Diga-se, inclusive, que o maior empreendimento vendido neste leilão foi a usina MPX, que pertence ao grupo do empresário Eike Batista e será instalada no Ceará. A MPX vai gerar 615 MW queimando carvão mineral. Batista é mestre em projetos polêmicos: foi expulso da Bolívia com sua usina siderúrgica e não é muito bem visto pelos ambientalistas do Mato Grosso do Sul, onde ele comanda a instalação do pólo siderúrgico do Pantanal.

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16 de outubro de 2007

Crise no Pará

A União das Indústrias Florestais do Estado do Pará (Uniflor) tem reclamado que a demora na liberação de planos de manejo e guias de transporte de produtos florestais já causou diminuição de vendas no estado. E dizem que o cancelamento por ordem judicial dos assentamentos rurais do Incra no oeste do Pará – criados e mantidos de forma irregular – agravou a situação de crise. Segundo a Uniflor, sem matéria-prima, as empresas demitiram mais de 20 mil empregados do setor madeireiro este ano.

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16 de outubro de 2007

Propaganda da boa

Terminou no início de outubro um encontro promovido pela Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) na Europa para divulgar informações sobre sustentabilidade do agronegócio. Entre representantes de embaixadas, governos, empresas e ONGs ambientalistas, a Abiove assegurou que a sustentabilidade da soja está sendo tratada adequadamente. E repetiu o discurso irredutível dos produtores do Brasil, afirmando que graças a uma política ambiental muito rígida, a floresta amazônica está 80% conservada. E que a soja não pode ser considerada vilã no desmatamento, pois ocupa “três milésimos” do bioma Amazônia.

Por Redação ((o))eco
16 de outubro de 2007