O nome não basta

Os jornais brasileiros deram grande repercussão para a 62ª Assembléia geral da ONU, realizada nesta terça-feira. Tudo porque em seu discurso de abertura, Lula ofereceu o Brasil para sediar uma nova Conferência nos moldes da Rio-92 em 2012. Além disso, notícia da Folha de São Paulo conta que o presidente também anunciou o nome de um plano de combate ao aquecimento global. O problema é que não passou disso. O programa chama-se “Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas”, mas ainda não há data para o seu lançamento. Nem certeza há sobre se existe mesmo um plano. De acordo com o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ele vai prever, entre outras coisas, um “cerceamento ao desmatamento”. Lula deu principal ênfase à defesa do etanol para rebater as recentes críticas de autoridades mundiais como Fidel Castro e Hugo Cháves. Para ele, a geração de álcool a partir da produção de cana-de-açúcar não afetará em nada a produção de alimentos no planeta. O Globo e o Estadão também divulgaram a informação.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Em teoria

A China está disposta a combater suas emissões de gases estufa e a limpar a nuvem cinza que paira sobre seu território. Pelo menos é o que aparenta, já que toda semana surge uma nova medida proposta pelo país para proteger o meio ambiente. Nesta quarta-feira, de acordo com reportagem da Reuters, foi a vez do plano provisório com um programa de incentivo aos investimentos em controle da poluição ser lançado. A intenção é que, a partir de 2010 e durante cinco anos, as indústrias se reestruturem para usar cada vez menos recursos naturais e diminuir o impacto sobre o água, as costas e o ar. Mas, para tanto, será necessário montar uma estrutura que dê segurança para estas aplicações.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Mais onze para a conta

Nos anos 90, cientistas descobriram novos mamíferos na província de Thua Thien Hue, no Vietnã. Agora, na segunda metade da primeira década do século XXI, a remota região conhecida como corredor verde volta a ser notícia. Tudo porque acabam de ser encontradas onze novas espécies por lá. Dentre elas, está uma cobra, duas borboletas, cinco orquídeas e outras três plantas. De acordo com os pesquisadores, elas parecem ser endêmicas das montanhas do país. Outros dez tipos de flora estão sob análise e podem ser consideradas novidades em breve. Chris Dickinson, técnico do WWF, órgão responsável pelo estudo, disse que este fenômeno acontece apenas em lugares muito especiais e que outros achados podem estar a caminho. A reportagem é do The Guardian.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Confiante

O ex-presidente do Chile e atual enviado especial sobre mudança climática do secretário-geral da ONU, Ricardo Lagos, se mostrou muito otimista com o discurso de Lula em entrevista para a Folha. De acordo com ele, as metas que serão propostas pelo plano brasileiro devem ser respondidas perante as comunidades internacionais. Isto significa, pelo menos em sua opinião, que o Brasil aceitou ter compromissos pós-Quioto e a ser cobrado por eles. Lagos declarou que se trata de um importante passo para que os países em desenvolvimento percebam a importância de entrar nas metas de combate às emissões de carbono, por mais que tenham responsabilidades diferenciadas em relação ao primeiro mundo.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Tempo

Foi-se a época em que estudante protestava contra. A moda agora é berrar a favor. A União Estadual Rondoniense dos Estudantes Secundaristas (UERES) criou comitê de apoio à construção do gasoduto Urucu-Porto Velho.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Megapoluidora

A Vale do Rio Doce, que entre as boas coisas que faz na vida patrocina O Eco, corre brutal risco de dar aquela pisada na bola. Quer porque quer construir uma usina térmica à carvão mineral em Barcarena, no Pará, que vai emitir anualmente o equivalente a 2 milhões e 200 mil toneladas de carbono na atmosfera.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Dúvida

Será que Roger Agnelli, presidente da Vale, não assistiu a ‘Uma verdade inconveniente’, o documentário de Al Gore sobre o aquecimento global?

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Debate

Essa conta, apesar de não constar do Estudo de Impacto Ambiental da obra, é da própria Vale. A emissão da usina é a mesma produzida pela frota de 1 milhão e 600 mil carros que circula no Rio de Janeiro. Para compensar tudo isso, a Vale teria que plantar 4 milhões e 500 mil árvores todos os anos. Na sexta-feira, haverá uma audiência pública em Belém para debater a obra. As discussões prometem ser acaloradas.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Foco

Um dos grandes méritos do filme, que resume em uma hora e meia quase todos os temas ambientais de que se tem notícia, é acenar para o grande público (tendo a figura de di Caprio como chamariz) uma mudança na perspectiva ambientalista: quem está em risco e precisa ser protegida não é a natureza, mas os seres humanos. Os apressados ainda podem conferir o documentário em quatro sessões no Rio de Janeiro antes da estréia oficial (16 de novembro), na quinta-feira (26) e no domingo (30). Consulte aqui a programação para cinemas e horários.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Palmas

O documentário sobre meio ambiente produzido, roteirizado e narrado pelo ator Leonardo di Caprio está em cartaz na edição deste ano do Festival do Rio de Cinema. “A Última Hora” é um amontoado de depoimentos de grandes figuras da ciência e do ambientalismo mundial (como o físico Stephen Hawkins e David Suzuki) falando sobre a crise ecológica na qual a humanidade está afundada até as canelas e levantando soluções para o problema. A segunda sessão, na noite da última terça-feira, teve um público razoável, que recebeu a produção com aplausos ao final da exibição.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Relembre o caso

Em maio deste ano, a TV Globo denunciou que essa comunidade não tinha traços culturais nem se reconhecia como remanescente de quilombolas. Alguns moradores chegaram a declarar diante das câmeras que se auto denominaram quilombolas para obter vantagens para pescar na região e extrair madeira de uma área preservada de Mata Atlântica.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007

Tudo certo

A Fundação Palmares – responsável por emitir certidões de auto-reconhecimento de populações remanescentes de quilombos, permitindo que elas pleiteiem demarcação de terras junto ao Incra – anunciou nesta semana que não houve fraude no processo de certificação da comunidade de São Francisco do Paraguaçu, no recôncavo baiano. Há pouco mais de um mês foi aberta sindicância dentro da fundação para apurar irregularidades no reconhecimento deste grupo, mas não deu em nada.

Por Redação ((o))eco
26 de setembro de 2007