Dever de casa

O condado de San Bernardino, na Califórnia, uma das regiões que apresenta os maiores índices de crescimento dos Estados Unidos, terá que medir a sua participação no aquecimento global e definir metas para diminuir as emissões de gases estufa. A obrigação faz parte de uma decisão judicial anunciada ontem e terá de ser cumprida nos próximos dois anos e meio. De acordo com reportagem do Los Angeles Times, o esforço levará em conta todos os tipos de emissões possíveis, indo além das medidas até agora tomadas contra as mudanças climáticas, restritas a usinas de energia, indústrias e veículos. A mudança veio em boa hora: a expectativa é de que, até o ano de 2030, o condado ganhe novos quinhentos mil habitantes.

Por Redação ((o))eco
22 de agosto de 2007

Dúvida I

Uma espécie de capim tem causado polêmica na Nova Orleans devastada pelo furacão Katrina em 2005. O vetiver (conhecido no Brasil como capim-de-cheiro ou grama-cheirosa, entre outros nomes), uma planta asiática que cresce em qualquer lugar – inclusive desertos e lamaçais – tem ganhado defensores que garantem sua eficácia na resolução de dois sérios problemas da cidade: as enchentes e a infestação de cupins. É que o capim funciona bem nas margens dos rios como barreiras em caso de cheias, ao mesmo tempo em que suas raízes contém uma substância que extermina os insetos. As habilidades maravilham alguns pesquisadores. Só há um porém: teme-se que a planta se torne invasora, se espalhando para lugares onde não é bem-vinda. Os advogados de defesa garantem que a espécie, apesar de ser exótica, já existe há tempos na área e sempre deu prova de seu bom comportamento. A reportagem é do The Wall Street Journal.

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22 de agosto de 2007

Dúvida II

O governo norueguês descobriu que ainda pode retirar cerca de 73 bilhões de barris recheados com petróleo e gás natural do fundo oceânico do Ártico. Há, porém, uma grande dúvida entre os poderosos no país: investir na matéria-prima que foi responsável pelo ressurgimento da economia do país após o fim da segunda Guerra Mundial ou se preocupar com o aquecimento global? No último ano, a exportação do “ouro negro” foi responsável por 36% da receita norueguesa, o que colocou a nação em quinto lugar no ranking dos que mais lucram com sua venda. Apesar disso, a preocupação com as mudanças climáticas é tanta que, em 2012, os nórdicos devem atingir as metas de redução de 10% de suas emissões de gases estufa. Um dos argumentos a favor da prospecção, no entanto, é que Rússia, Dinamarca e Canadá já estão de olho no tesouro marítmo. A notícia é do Washington Post.

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22 de agosto de 2007

Futuro

Até o final do ano serão instaladas na costa da Inglaterra duas turbinas submarinas com capacidade para gerar 1,2 megawatts de eletricidade a partir da força das marés. O projeto é uma demonstração da tecnologia, que segundo os desenvolvedores poderá prover entre 15% e 20% das necessidades energéticas do Reino Unido. As hélices parecem muito com as utilizadas pelas usinas eólicas, têm entre 15 e 20 metros de comprimento e se movem a velocidades entre dez e vinte revoluções por minuto. A empresa que desenhou a máquina garante que isso é lento demais para prejudicar a vida marinha. A notícia é da revista New Scientist.

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22 de agosto de 2007

Solução

Em notícia da Folha de S. Paulo, Paulo Barreto, do Imazon, diz que o desmatamento ilegal na Amazônia acabaria caso a eficiência na arrecadação das multas efetuadas pelo Ibama aumente em 28 vezes. Apenas 2,5% das multas são pagas hoje em dia. O peso no bolso, para ele, pode levar o criminoso a entrar no

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22 de agosto de 2007

Plano recauchutado

O governo começou a repensar a eficácia de seu plano de combate ao desmatamento na Amazônia. Depois da queda acentuada dos desmatamentos de grandes extensões, em função principalmente de influências econômicas e do endurecimento da fiscalização em alguns pontos, o desmatamento na região mudou de perfil. Está mais disperso e fragmentado. De acordo com um representante do governo, a saída será investir em instrumentos econômicos para convencer pequenos produtores a deixarem a floresta em paz. O governo acha que repressão por si só não resolve. Mas ajuda.

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22 de agosto de 2007

Mudança de padrão

Em 2002, apenas 10 municípios brasileiros eram responsáveis pelo desmatamento de 8 mil km2 de floresta amazônica. De acordo com análises refinadas que estão em curso no governo, esse padrão mudou, e muito. Este ano, esses mesmos 8 mil km2 caíram espalhados por mais de 200 municípios.

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22 de agosto de 2007

Compensação

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados discute nesta quarta-feira uma alternativa para proprietários que já desmataram mais do que sua cota de reserva legal tenham situação regularizada. A proposta é que eles possam comprar áreas de mata nativa em bacias hidrográficas diferentes daquela onde se localiza sua propriedade. A medida muda o que determina o Código Florestal. Ele reza que esse tipo de compensação só pode ser feito dentro da mesma bacia.

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22 de agosto de 2007

Incentivo do mal

Foi lançado ontem um estudo que analisa os instrumentos econômicos em vigor no país para conservação da natureza, com foco no que anda acontecendo em Mato Grosso. Ele foi feito pelo Instituto Ouro Verde, liderado por Ana Luísa da Riva, e apoiado pelo Instituto Socioambiental (ISA). O estudo mostra, caso a caso, por que os mecanismos menos impactantes de produção ainda não conseguem concorrer com modelos predatórios, incentivados pelo próprio governo que se diz preocupado com a floresta.

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22 de agosto de 2007

Licitação

O Serviço Floresta Brasileiro (SFB) anunciou intenção de realizar a 1ª licitação para concessão de florestas públicas em novembro deste ano.

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22 de agosto de 2007

Nobre motivo

O governo mineiro quer revogar um dos artigos do decreto que cria a Área de Proteção Especial (APE Confins) abrangendo os municípios de Pedro Leopoldo, Matozinhos e Lagoa Santa, que tem uma zona cárstica de alto valor espeleológico. Motivo: crescimento urbano na região metropolitana de Belo Horizonte. Entidades ambientais prometem protestos.

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22 de agosto de 2007