A moda do carvão

Importar carvão mineral, combustível dos mais poluentes, virou moda entre as empresas brasileiras. Depois da Vale do Rio Doce e Gerdau anunciarem que terão uma térmicas movida com o insumo, é a vez da Energias do Brasil , grupo controlado pela portuguesa EDP, lançar em parceria com o empresário Eike Batista dois projetos de usinas a carvão. Serão duas plantas no Nordeste, uma no Maranhão e outra no Ceará, que juntas vão gerar 1050W. Quanto poluente será jogado no ar, ainda não aparece no cálculo das empresas.

Por Redação ((o))eco
26 de julho de 2007

Ajuda providencial

Se os projetos de geração com fontes renováveis de energia, como eólica, bagaço de cana e solar, estão dificeis de sair do papel, o mesmo problema não deve atingir as térmicas a carvão no Nordeste. As usinas estão listadas no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e terão crédito em condições especiais no BNDES. Além disso os governos estaduais do Ceará e Maranhão vão conceder isenção fiscal aos empreendimentos.

Por Redação ((o))eco
26 de julho de 2007

Globalização

A mega cadeia de supermercados norte-americana Wal-Mart resolveu endurecer as regras para produção do camarão que compra do exterior, especialmente da Tailândia. Quer que os produtores compensem a destruição de manguezais necessária para o estabelecimento das fazendas, aumentem os testes e documentação do que há nos lagos onde se cultiva o crustáceo e padronizem o tratamento da água descartada, entre outras coisas. A rede é a maior compradora de camarões dos EUA, com 3,5% das aquisições. Segundo reportagem do Wall Street Journal, a tendência é que a medida concentre o fornecimento em produtores grandes que podem arcar com as mudanças necessárias para adquirirem certificação. Enquanto isso, os pequenos (que representam 80% dos produtores locais) reclamam do excesso de rigidez.

Por Eric Macedo
26 de julho de 2007

Ambição

O governo britânico planeja construir cinco “eco-cidades” no país que não emitam gases do efeito estufa, cada uma com 5 mil a 20 mil lares e rede de transportes ligada a outras cidades maiores, já existentes. A idéia é incluir nos projetos jardins, espaços verdes e casas de qualidade para famílias, não apartamentos. Aquecedores serão a biomassa e energia solar. Segundo o jornal The Times, o primeiro ministro Gordon Brown pretende estabelecer que todas as novas casas do país sejam neutras em emissões até 2016. Ambientalistas reclamam do prazo considerável estipulado pelo político. Acham que até 2010 estaria de bom tamanho.

Por Eric Macedo
26 de julho de 2007

Sem comparação

O Sudão se junta ao Reino Unido e à China como um dos países que têm sofrido com enchentes nos últimos dias. As chuvas mataram 55 pessoas e destruíram 25 mil casas até agora, e continuava a cair até a última quarta-feira. Segundo o site Planet Ark, trata-se da maior inundação de que se tem notícia no país.

Por Eric Macedo
26 de julho de 2007

Medida

O Estadão publicou notícia sobre o anteprojeto de lei preparado pelo governo federal para proibir a entrada no país de resíduos danosos ao meio ambiente e à saúde – entre eles os pneus usados. Responsável pelo texto, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Luciano Zica, afirma que a proposta vai para o Congresso em agosto. A medida foi tomada por pressão da Organização Mundial do Comércio (OMC), que fixou um prazo para que o Brasil acabasse com o oba oba da legislação, com brechas que permite a importação de pneus usados. Na União Européia há uma norma que proíbe os países de despejar os pneus nos seus castos aterros sanitários. E onde eles vão parar? Em algum país em desenvolvimento. Isso é que é solidariedade.

Por Redação ((o))eco
26 de julho de 2007

Assentamentos x pesquisa

Pesquisadores que desenvolvem o maior e mais antigo estudo sobre fragmentação de florestas tropicais na Amazônia denunciaram na revista Nature que o projeto está sofrendo sérias ameaças por caçadores, madeireiros e assentamentos rurais. Segundo a pesquisadora Regina Luizão, que falou à Agência Fapesp, não param de chegar colonos a pedido do Incra. A publicação na revista científica foi um pedido de socorro. O projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, que analisa pedaços da floresta entre 1 e 100 hectares, existe há 28 anos a uma distância de 40 quilômetros de Manaus, onde estima-se que estejam sendo assentadas pelo menos 180 famílias.

Por Redação ((o))eco
26 de julho de 2007

Placar do fogo

Os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificaram no sertão da Bahia as maiores quantidades de focos de calor nesta quarta-feira. Foram 169 incêndios, seguidos por Tocantins (90) e Piauí (78).

Por Redação ((o))eco
26 de julho de 2007

Bons ventos

Um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Worldwatch Institute mostra que o crescimento da energia eólica em 2006 foi 32% maior do que o do ano anterior (que tinha sido um recorde). Foram 15,2 mil megawatts (MW) a mais em potência instalada. Ao todo, agora estão espalhados pelo mundo 74.200 MW. Os Estados Unidos lideraram o salto, com 2.400 MW (ao todo, têm 11.600 MW), sendo seguidos de perto pelos dois países que mais produzem energia do tipo no mundo, Alemanha (com 20.600 MW) e Espanha (11.615 MW).

Por Eric Macedo
25 de julho de 2007

Por fora

Juntos, esses três países representam 59% das instalações globais de usinas eólicas. Mas, segundo a Worldwatch Institute, a Ásia também apresentou forte aumento no ano passado. A Índia aparece como líder do continente, com 1.840 MW instalados. Mas a China está próxima de alcançá-la, com 1.350 MW em 2006, dobrando a sua capacidade instalada para 2.600 MW (ela é o sexto país do mundo em usinas instaladas). O relatório diz que o governo chinês planeja dobrar novamente esse número em 2010, mas especialistas dizem que essa meta será facilmente ultrapassada.

Por Eric Macedo
25 de julho de 2007

Índios expulsos

A Justiça do Rio Grande do Sul confirmou a sentença que devolveu ao município de Faxinalzinho a posse de terras invadidas por índios. Segundo a juíza Vânia Almeida, não há nada que prove a ocupação da área por essa população, nem mesmo laudos da Funai. Expulsos da terra indígena Rio da Várzea por dissidências internas, eles passaram a ocupar um ponto de captação de água do município gaúcho. A União e a Funai ainda podem recorrer da decisão.

Por Redação ((o))eco
25 de julho de 2007

Água paga

Em São Paulo usuários de água das bacias dos rios Piracicaba, Capivari, Jundiaí e Paraíba do Sul começam a receber nesta quarta-feira os boletos para pagamento pelo seu uso no estado. O dinheiro servirá a programas e obras nas próprias bacias. A cobrança é calculada pela soma do volume de água captado, do volume de água não devolvido e da quantidade de poluentes lançado nas águas. O preço será definido pelos comitês de bacias hidrográficas de acordo com as metas estabelecidas no plano de melhoria e recuperação de cada bacia. Mas o consumidor final não precisa se preocupar. Rosa Maria Mancini, coordenadora de Recursos Hídricos da Secretaria do Meio Ambiente, afirma que o valor será de cerca 0,60 centavos de reais ao mês.

Por Redação ((o))eco
25 de julho de 2007