Instituto defende regulamentação para o carvão vegetal como forma de reduzir desperdício de madeira e pressão sobre matas nativas. Conforme balanço energético, 14% da energia primária no país vem da madeira. →
Dados colhidos no sistema de licenciamentos do Ibama mostram que, desde 2003, a emissão de licenças para obras de grande porte e elevado impacto ambiental cresceu quase 400%. A tendência é verificada desde 1998, acompanhando o crescimento econômico do país. A amostragem, todavia, é meramente quantitativa. Pelo que se tem visto em obras como das usinas de Barra Grande, Jirau e de Santo Antônio, do Arco Metropolitano no Rio de Janeiro e tantas outras outras, a qualidade dos processos ainda deixa muito a desejar. Mais de 220 autorizações já foram concedidas este ano. Não satisfeito, nos próximos dias o governo anuncia novas medidas para "desburocratizar e acelerar" o licenciamento, reduzindo o tempo médio para carimbar as autorizações, hoje de cerca de treze meses. →
Membros do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) foram acionados pelo Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Ministério da Agricultura, chefiado pelo economista Eduardo Sampaio Marques, que por sua vez é comandado por um tal Célio Brovino. Eles passaram duas semanas entre Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Paraná e São Paulo recolhendo dados em fazendas e entidades de classe para mostrar que a agropecuária nacional é coisa séria. Mas o chamado Programa de Imersão no Agronegócio Brasileiro preferiu não ver probleminhas como trabalho escravo, destruição de florestas, invasão das terras públicas e outras formas de violência. →
Voltando ao infinito tema de detonar com o Código Florestal porque o Brasil precisa de mais terras para produzir, o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) acha que o Cerrado está muito bem de saúde e que pode liberar ainda mais espaço à agropecuária. Segundo ele, há necessidade de expansão econômica no sul do Piauí, sul do Maranhão, noroeste da Bahia e Tocantins. →
O município de catarinense de Itaiópolis, 2º no ranking de cidades que mais desmataram a Mata Atlântica nos últimos anos, de acordo com o Atlas de Remanescentes Florestais da não-governamental SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), deve ganhar mais uma área protegida. O esforço é do Instituto Rã-Bugio, que protocolou junto ao Instituto Chico Mendes (ICMBio) a criação de mais uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) no município, desta vez com 36,3 hectares. Até o momento, o Instituto já iniciou a criação de quatro RPPNs nas cabeceiras do rio Itajaí, que somam 443 hectares de Mata Atlântica. Duas delas já estão em fase final de criação. →
Encerrou-se há poucos dias, em Alta Floresta (MT), a nova oficina sobre Desenvolvimento e Conservação organizada pela Escola da Amazônia. Da experiência participaram onze alunos de São Paulo, e seus relatos podem ser conferidos no blog Amazonarium. Lá eles contam sobre seus contatos com a imensidão da floresta, com madeireiros, pecuaristas e artesãos e dos debates sobre exploração aliada à conservação dos recursos naturais. Saiba mais: Escola da Amazônia Imagens cristalinas da Amazônia →
Com mais de três décadas de mergulhos e fotografias submarinas no currículo, Carlos Secchin acaba de lançar seu primeiro livro infantil. Obra tem suplemento especial para escolas. →
A Baesa (Energética Barra Grande S.A.) venceu Pelo terceiro ano consecutivo o Prêmio Fritz Müller, oferecido pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) a organizações com projetos socioambientais. Uma das ações premiadas foi o Programa de Reintrodução da Dyckia distachya, que trata da reintrodução da rara e ameaçada bromélia no entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica Barra Grande. A usina levou a destruição de mais de dois mil hectares com matas nativas com araucárias. Essas, já eram. Mas a Fatma acha tudo tão bom e esquece tão fácil de certas ilegalidades que chegou criar a categoria Gestão Socioambiental no prêmio para agraciar a empresa. A premiação será dia 31 de agosto. →
Descontente com a decisão soberana do Supremo Tribunal Federal, que conclui que o Brasil não precisa e não deve importar lixo, como pneus usados, a União Européia disse que o julgamento da corte não encerra a disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC). A informação é do Estado de S. Paulo. Os europeus querem fazer de tudo para meter goela abaixo de outros países o lixo que produzem, violando para isso acordos internacionais como a Convenção de Basiléia. Como O Eco mostrou (veja aqui), importamos quase 500 mil toneladas de pneus desde 1997, enquanto por aqui não se decidia que abrir as fronteiras para lixo era mau negócio. →
Como sua página afirma, o Instituto Internacional para Exploração de Espécies da Universidade Estadual do Arizona (Estados Unidos) elenca costumeiramente dez espécies para lá de interessantes decobertas no ano que passou. A listagem traz de um café sem cafeína de Camarões a um peixe do período devoniano, passando por minúsculos exemplares de cavalo-marinho (foto) e serpente, além de um bicho-pau com quase 60 centímetros. Mas o destaque vai para a Microbacterium hatanonis, bactéria encontrada (pasmem) em sprays de cabelo. Confira aqui a lista. →
