Salada Verde

Justo quem

O Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi multado em 120 mil reais por danos ambientais. Segundo o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), o centro vinha lançando esgoto irregularmente em um canal e depositou substância nociva à saúde humana em área de preservação permanente. A reitoria da UFPR disse que a universidade já iniciou as medidas recomendadas pelo IAP, mas que irá recorrer das multas. Entre os financiadores dos projetos da unidade estão o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Petrobras. →

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29 de janeiro de 2009

Cristo no escuro

Há três anos, centenas de cidades ao redor do planeta fazem um ato simbólico de combate ao aquecimento global: simultaneamente, apagam as luzes de seus principais monumentos durante uma hora. O dia escolhido nesta temporada é 28 de março e, pela primeira vez, contará com a presença de um município brasileiro. Nessa quarta (28), a WWF e o prefeito Eduardo Paes anunciaram que o Rio de Janeiro aderiu ao projeto e vai desligar a iluminação de símbolos cariocas, como o Cristo Redentor, Pão de Açúcar e orla de Copacabana. A comunidade do morro Dona Marta e o Jockey Club também optaram pelo ritual. Para mais informações, clique aqui. →

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29 de janeiro de 2009

Menos tinta no papel

A agência de comunicação holandesa Spranq desenvolveu uma fonte de letra para computador que pode ajudar na preservação do meio ambiente. Achou estranho? Pois faz sentido. A fonte apresenta pequenos furos ao longo do traçado da letra, o que economiza cerca de 20% de tinta na hora da impressão. E, de acordo com os funcionários da empresa, a leitura não é comprometida em nada. Usar menos papel também ajuda. Você pode baixar a fonte e obter mais informações aqui, em Português. →

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29 de janeiro de 2009

Monocultura para a Bahia

Por mais incrível que pareça, o governo da Bahia pretende aumentar ainda mais os plantios de eucalipto e cana-de-açúcar no extremo sul do estado. De acordo com o Plano de Atividades para a Execução da Avaliação Ambiental estratégica (AAE) do Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Agroindustrial do Extremo Sul da Bahia, encomendado pelo governador Jaques Wagner (PT), a ideia é encher a região com monoculturas. Conforme um jornal local, a conclusão a que se chega é de que uma nova legislação, que exige a compatibilização do uso do solo e conservação dos recursos naturais, não será cumprida. →

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29 de janeiro de 2009

18 escravos a menos

As coisas andam pretas em Lucas do Rio Verde, um dos municípios com maior cobertura vegetal no Mato Grosso. O Ministério do Trabalho libertou esta semana 18 escravos que trabalhavam sob amira de homens armados, a maioria sem carteira assinada e contratados para derrubar árvores e limpar a área de uma nova fazenda. Ano passado, 4.634 pessoas foram resgatadas em todo o país. Goiás lidera, com 867 libertações, seguido pelo Pará, Alagoas e Mato Grosso. →

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29 de janeiro de 2009

Maior central hidrelétrica

O deputato Edison Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ministro de Minas e Energia Edison Lobão, quer mudar o limite de geração das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), de 30 para 50 MW. Se o projeto for aprovado na Câmara, empreendimentos mais robustos poderão ser erguidos sem a exigência de estudo de impacto ambiental. A brecha tem motivado a construção em sequência de pequenas usinas, que geram impactos cumulativos nem sempre levados em consideração na hora de conceder as licenças ambientais, como no caso das usinas do rio Juruena. →

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29 de janeiro de 2009

Proteção urgente

Aliás, o rio Juruena, junto com o Teles Pires e o Tapajós são, na opinião do ictiólogo Flavio Lima, da USP, alguns dos rios que deveriam receber maior proteção no país. Banham regiões pouco densas e de biodiversidade quase totalmente desconhecida, ainda que com fortíssima pressão de desmatamento. Diversos empreendimentos hidrelétricos estão sendo aprovados, como a sequencia de PCHs no Teles Pires e duas grandes usinas na ordem de 700 MW coladas a terras indígenas Kayabi e Mundurucu (MT-PA), fora os projetos de hidrovia. Tudo isso está saindo antes que se conheça minimamente a riqueza de fauna nesses rios. →

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29 de janeiro de 2009

São Paulo de 1960

A corrida por empreendimentos hidrelétricos nos rios de Mato Grosso remete, para Lima, uma lição não aprendida no passado. Para ele, dá para comparar o que está acontecendo nas terras de Blairo Maggi ao movimento de represamento dos rios paulistas, entre 1950 e 1960. Hoje, só mesmo o rio Ribeira de Iguape, no sul do estado, está livre de usinas. Mas por pouco tempo. Com as alterações no decreto que protegia as cavernas brasileiras, nada mais parece atrapalhar as empreiteiras de construir mais um empreendimento, Tijuco Alto. →

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29 de janeiro de 2009

Corte raso no rio

Para tentar compreender quão impactantes são empreendimentos que transformaram, por exemplo, o rio Paraná (MS-SP) numa sequencia de lagos, Lima compara as represas das usinas ao corte raso de uma floresta. Depois que, de um ambiente de água corrente a região fica estagnada, não há peixe nativo que sobreviva. →

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29 de janeiro de 2009

Conhecimento atrasado

Lima e outros pesquisadores estiveram em Cuiabá nesta semana para participar do Encontro Brasileiro de Ictiologia, onde apresentaram dados sobre a descoberta de mais de 200 espécies no rio Culuene, formador do Xingu. O estudo, tocado por cientistas do Museu de Zoologia da USP, foi encomendado em função da construção de uma PCH. →

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29 de janeiro de 2009