Sobre cana no Pantanal

O ministro Carlos Minc vem alardeando que o Pantanal (imagem ao lado) ficará livre da cana-de-açúcar. Frente a essas declarações, o presidente da ong Ecotrópica, Adalberto Eberhard, lembra que a questão não é exatamente essa, até porque a região é inadequada ao cultivo."O problema são os rios que abastecem o bioma sendo constantemente degradados, especialmente o Taquari. Estamos fechando a torneira que abastece o ecossistema, despejando venenos e desmatando suas cabeceiras. O Pantanal está ilhado e não está tão bem de saúde como pintam, depende totalmente do que acontece em seu entorno, onde se pretende instalar dezenas de pequenas centrais hidrelétricas”, ressaltou o ambientalista.Ouvido pela reportagem, o presidente do Instituto Chico Mendes, Rômulo Mello, garantiu que haverá análise dos impactos dessas usinas observando-se a bacia panataneira e também caso a caso. "A idéia é evitar impactos não-mitigáveis", disse. Segundo ele, muitas delas poderão acontecer, se não gerarem problemas significativos, enquanto muitas não acontecerão. "O licenciamento dirá o que é possível e o que não é possível", ressaltou.

Por Salada Verde
13 de novembro de 2008

MPF contra Aneel

O colunista da Folha de S. Paulo Guilherme Barros afirma que o Ministério Público Federal entrou hoje com uma ação de improbidade administrativa contra o diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Jerson Kelman. Tudo por causa das mudanças no projeto da Usina de Jirau, no Rio Madeira, maior afluente do Amazonas. O consórcio vencedor do leilão da obra, Enersus, quer alterar em nove quilômetros rio acima a empreitada, como mostrou O Eco.

Por Salada Verde
12 de novembro de 2008

Sobre os sapos de Itatiaia

No próximo dia 17 de novembro, uma segunda-feira, o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro Sérgio Potsch palestra sobre anfíbios no Parque Nacional de Itatiaia (RJ). Na ocasião, falará a respeito da dinâmica populacional desses animais, seus hábitos de alimentação e principais características morfológicas. A data estava reservada para a apresentação dos resultados da pesquisa elaborada pela bióloga Denise do Nascimento. Para quem não se lembra, ela foi personagem da matéria Uma pesquisa de arrancar os dedos, publicada aqui em O Eco e que falava sobre a técnica de ablação em dígitos, na qual as falanges de sapos pequenos são retiradas, o que serve como marcação.

Por Salada Verde
12 de novembro de 2008

Desculpas aceitas

Denise, gentilmente, recusou o convite porque a orientadora de sua tese, Monique van Slyus, está na Austrália e gostaria de participar da apresentação. “Achamos justo porque é ela quem faz a metodologia”, explica Léo Nascimento, coordenador de pesquisas no parque. A bióloga, no entanto, ainda é esperada para mostrar seu trabalho ao público, mas já deixou os servidores muito satisfeitos. Isso porque enviou respostas sérias e com embasamento teórico para as dúvidas levantadas acerca da técnica utilizada. Elas estão disponíveis no site da unidade de conservação.

Por Salada Verde
12 de novembro de 2008

Lixo compensado com parque em SP

A Ecourbis, empresa paulistana contratada pela prefeitura para a construção do aterro sanitário Central de Tratamento de Resíduos Leste – obra que gerou conflito durante os primeiros meses do ano por não ser desejada pelos moradores da região – anunciou que construirá seis novos parques na cidade como compensação pelo empreendimento. O maior deles, chamado Parque Natural, terá mais de 2,4 milhões de metros quadrados e será de preservação integral. A empresa prevê investir 35 milhões de reais em compensação ambiental.

Por Salada Verde
12 de novembro de 2008

Parque em SP tem até aterro sanitário

E por falar em áreas verdes paulistanas, o Parque do Carmo, também na Zona Leste da cidade, ganhou mais 800 mil m² de área. Com isso, ele passa a ter 2 milhões de m², subindo para a segunda posição da lista de parques com maior área na metrópole. O maior deles é o Anhanguera, na Zona Oeste, com 9,5 milhões de m². Apesar da nova aquisição, que custou à prefeitura 40 milhões de reais, os paulistanos ainda vão demorar um tempo para curtir plenamente a natureza do local. Isso porque a área possui pontos onde há moradias irregulares, locais atingidos por incêndio e até um aterro sanitário desativado desde a gestão Mário Covas. Não há data para início das obras de revitalização e infra-estrutura.

Por Salada Verde
12 de novembro de 2008

Termelétrica da Vale na Amazônia

A Vale está cada vez mais perto de instalar uma usina termelétrica abastecida com carvão mineral no Pará. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, no final do mês passado o Conselho Estadual do Meio Ambiente daquele estado aprovou a licença prévia para o funcionamento da obra, que deve gerar, anualmente, apenas 600 megawatts de energia. Como já havia adiantado O Eco, há mais de um ano, será pouca energia gerada para tantos danos ambientais. A estimativa é de que a termelétrica seja responsável pela emissão de 2,2 milhões de toneladas anuais de CO2 na atmosfera, ou 0,16% de todas as emissões brasileiras. 

Por Salada Verde
12 de novembro de 2008

Fazendo a diferença

O deputado petista Ademir Brunetto (PT) quer ajudar a combalida natureza de Mato Grosso sugerindo que a cada matrícula escolar seja plantada uma árvore. “Isso daria grande contribuição da sociedade na preservação ambiental”, disse o parlamentar. Do mesmo modo, cada concessionária que vender um veículo zero quilômetro também terá que doar uma árvore.

Por Salada Verde
12 de novembro de 2008

Carga preciosa

Se há flores, para que carregar folhas? Essas formigas pantaneiras usam sua trilha aberta em meio as gramíneas para transportar pétalas em puro amarelo até seu formigueiro. A cena foi captada na RPPN Acurizal, da ong Ecotrópica, no Pantanal.

Por Salada Verde
12 de novembro de 2008