Protesto contra fiscalização

Se na semana passada políticos de Mato Grosso se manifestaram contra a Operação Três Fronteiras, que desde 8 de outubro combate crimes ambientais nas divisas dos estados de Mato Grosso, Rondônia e Amazonas, agora é a vez de lideranças locais de Colniza. A cidade, famosa por enquadrar-se no topo do ranking entre as mais violentas do país, é também campeã de desmatamento na Amazônia. Circula na cidade uma carta convocatória para que a população proteste na próxima quinta (23). “Vamos dar um grito de liberdade, somos gente que trabalha em busca do pão nosso de cada dia, cada um do seu modo, mas somos seres humanos, estamos sendo tratados como animais irracionais”, diz um trecho da carta, que pode ser lida na íntegra aqui.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Reação dos desmatadores

Nunca é demais lembrar como as cidades campeãs de desmatamento na Amazônia costumam reagir a operações de fiscalização. Em 2007, fiscais foram presos dentro da câmara de vereadores de Parnaíta (MT) por causa de ações de embargo de madeireiras ilegais. No início deste ano, ato semelhante ocorreu em Tailândia (PA),  quando começava a Operação Arco de Fogo, sem contar outros vergonhosos episódios que intimidaram ambientalistas e servidores públicos em Novo Progresso (PA) nos últimos anos.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Prazo para legalizar comércio de madeira

Empresas e pessoas físicas que comercializam produtos florestais no estado do Rio de Janeiro, mas estão com pendências no Sistema DOF (Documento de Origem Florestal), têm um prazo de mais 90 dias para regularizar a situação junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). A medida, publicada no Diário Oficial Fluminense em 16 de outubro, pretende tornar transparente o transporte e armazenamento de recursos extraídos da vegetação.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Multas a caminho

O DOF, que nasceu administrado pelo Ibama em 2006 para substituir as frágeis Autorizações para Transporte de Produtos Florestais (ATPFs) em papel, é agora atribuição do governo fluminense, a exemplo de outros estados que assumiram esta gestão, como Mato Grosso, Rondônia e Pará. De acordo com a assessoria de imprensa do IEF-RJ, há empresas cadastradas no sistema que ainda não atualizaram as informações sobre o transporte e armazenamento de madeiras e subprodutos florestais. Até agora, mais de 150 firmas já entraram em contato com a sede do órgão, e outras devem seguir o mesmo caminho. As que não comparecerem, serão investigadas e estarão sujeitas a multas.

Por Salada Verde
20 de outubro de 2008

Agropecuária ganha sobrevida em Noronha

O Ibama e o Ministério do Meio Ambiente tentam revogar a decisão do juiz Flávio Lima, da 10ª Vara Federal de Pernambuco, de aumentar o prazo final dado aos moradores de Fernando de Noronha para a entrega de bovinos e caprinos que vivem dentro do Parque Nacional Marinho da região. Antes do imbróglio judicial, os responsáveis pela criação dos animais tinham até este sábado, dia 18, para entregá-los à Marinha Brasileira, que iria transportar os bichos e vendê-los a preço de mercado no continente.

Por Salada Verde
17 de outubro de 2008

Impacto ambiental é grande

O acordo, feito com 90% dos proprietários, é de fundamental importância para a recuperação de ninhos de tartaruga marinha e o fim da degradação de áreas verdes no interior do parque – impactos causados pela presença de bovinos e caprinos, assim como a sujeira nas praias. A decisão do juiz Flavio Lima, no entanto, pode atrasar o trabalho em até oito meses, já que o barco cedido pela Marinha está com a agenda lotada até junho de 2009.

Por Salada Verde
17 de outubro de 2008

Quem vai Querê?

Mais de duas dezenas de entidades ambientalistas gaúchas assinaram um manifesto entregue esta semana no Ministério do Meio Ambiente, contrário à hidrelétrica de Pai-querê, no Rio Pelotas, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Segundo as ONGs, a obra planejada desde 1979 pode atingir remanescentes de Mata Atlântica e espécies raras de animais e de plantas. O caso merece ainda mais atenção porque os estudos ambientais foram elaborados pela Engevix, mesma empresa que não viu milhares de hectares com araucárias no polêmico processo da usina de Barra Grande, na mesma região.

Por Salada Verde
17 de outubro de 2008

Deputado quer explicações de Minc

O vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), quer saber do Ministério do Meio Ambiente por que certas plantas ficaram de fora da Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, com 472 citações. Nos estudos que fundamentaram a relação, da Fundação Biodiversitas (MG), havia 1.495 espécies ameaçadas. "Há uma discrepância enorme entre os números divulgados. O questionamento é relevante, já que o tema envolve conseqüências irreversíveis para os recursos genéticos do patrimônio natural brasileiro", comentou Trípoli em nota divulgada por sua assessoria de imprensa. Com a palavra, Carlos Minc.

Por Salada Verde
17 de outubro de 2008

No mundo da fantasia

Com o sugestivo título “Incra combate o desmatamento na Amazônia”, o instituto distribuiu hoje uma nota em que tenta mostrar quão preocupado está com o meio ambiente. Cita, entre outras coisas, que tem ajudado no combate aos crimes ambientais levando fiscais do Ibama abordo de seus carros e dando dinheiro para as operações. Diz que tem dezenas de registros em que o próprio Incra comunicou os ilícitos aos órgaos foscalização, num universo de milhares de assentamentos, diga-se. Ainda segundo a nota, desde 2003 o Incra instalou 314 assentamentos em 36 milhões de hectares na Amazônia com planos de manejo “totalmente controlados” e vocação para o extrativismo. Em Mato Grosso, não há nenhum.

Por Salada Verde
17 de outubro de 2008

Vistorias nos assentamentos

Para mostrar comprometimento, o presidente do Incra ordenou nesta sexta que todas as superindentências nos estados façam vistorias em cada um dos assentamentos para identificar irregularidades como serrarias, fornos de carvão, desmatamento ilegal e outros crimes ambientais. Antes tarde do que nunca. Pelo menos em Mato Grosso, em diversos assentamentos implantados – muitos dos quais com mais de 10 anos – as únicas visitas que os assentados recebem é a religiosa chegada do funcionário responsável pelo crédito rural.

Por Salada Verde
17 de outubro de 2008