Finalmente o Ministério do Meio Ambiente divulgou os números do DETER, sistema de alerta de desmatamentos na Amazônia produzido pelo INPE. Os números, que sempre foram divulgados com regularidade, conforme eram produzidos, estavam represados há 3 meses, e segundo o ((o))eco, o motivo não foi técnico: simplesmente o MMA esperava o momento oportuno para ganhar dividendos políticos com o anúncio dos dados.
Os números foram bons como já era esperado. Segundo a ministra Izabella Teixeira, houve redução de 23% no desmatamento acumulado nos últimos 12 meses. A notícia do governo é parecida com a análise do IMAZON, que faz seu próprio levantamento em paralelo. A diferença entre os dados do governo e do IMAZON não poderia ser larga, já que ambos utilizam os mesmos satélites para obter os dados brutos.
O estado com maior detecção de área desmatada nos meses de abril a junho foi o Mato Grosso. Em abril, foram detectados 178,5 km2 de desmatamentos, ou 76,7% do total do mês. Mas e aí, o que aconteceu no Mato Grosso para que houvesse esse aumento? Será que foi uma política estadual mais “frouxa”? Ou será simplesmente que as áreas não visíveis, devido à cobertura de nuvens, apresentam resultados piores, que não colocariam o Mato Grosso em destaque negativo? De qualquer forma, o desmatamento detectado no Mato Grosso é significativo.
Leia Também
Leia também
Entrando no Clima#41 – COP29: O jogo só acaba quando termina
A 29ª Conferência do Clima chegou ao seu último dia, sem vislumbres de que ela vai, de fato, acabar. →
Supremo garante a proteção de manguezais no país todo
Decisão do STF proíbe criação de camarão em manguezais, ecossistemas de rica biodiversidade, berçários de variadas espécies e que estocam grandes quantidades de carbono →
A Floresta vista da favela
Turismo de base comunitária nas favelas do Guararapes e Cerro-Corá, no Rio de Janeiro, mostra a relação direta dos moradores com a Floresta da Tijuca →