![]() |
Com 37 milhões de hectares, o departamento de Loreto equivale a quase um terço do Peru, mas é um dos mais pobres do país. Sua população é pouco acima de um milhão de habitantes, dos quais mais de 100 mil são indígenas. Loreto também é bastante isolado, com apenas 390 km de estradas construídas. O transporte atual é em geral fluvial ou aéreo. Por causa desse isolamento, seus recursos naturais têm sido pouco explorados e suas florestas sofreram uma taxa de 3,6% de desmatamento contra a média peruana entre 11 e15%.
Mas essa situação tende a mudar nos próximos anos com os planos de construção de 2,6 mil quilômetros de estradas, várias ferrovias e a transformação de 4,2 mil quilômetros de rios em hidrovias. Está prevista a construção de 5 hidrelétricas e o departamento (equivalente ao que seria um estado da federação no Brasil) de Loreto também está recebendo volumosos investimentos na prospecção e exploração de petróleo.
É impossível evitar que Loreto passe por uma transformação econômica. Por isso, é um desafio imaginar como reduzir o impacto das mudanças que virão. Essa reflexão é o cerne do novo livro Loreto Sostenible al 2021, de Marc Dourojeanni, professor emérito da Universidade Nacional Agrária de Lima, Peru, e também colunista de ((o))eco.
No texto, Dourojeanni não imagina parar as atividades de mineração, exploração de petróleo e de madeira, mas procura pensar quais são as melhores opções que as compatibilizem com um futuro o mais sustentável possível. Ele faz sugestões sobre as formas de melhorar o transporte, a matriz energética e também fala sobre a urgência da regularização fundiária na Amazônia Peruana, um problema também fundamental no Brasil.
A publicação, no original em espanhol, está disponível online e pode ser baixada gratuitamente:
![]() |
Loreto Sostenible al 2021 Autor: Marc Dourojeanni Páginas: 354 (com resumo executivo de 39 pág.) 1ª publicação: maio de 2013 Resumo Executivo |
Livro aborda a Biodiversidade Catarinense
Site Cerratinga reúne informações sobre a Caatinga e Cerrado
Guia da ONU mostra como construir cidades mais resilientes
Leia também

Cerrado em Cores: um mergulho no fantástico mundo das flores e beija-flores
Mais do que uma visão encantadora, a relação dos beija-flores com diferentes flores nativas do Cerrado ajuda na resiliência e regeneração do bioma →

Conheça oito espécies da flora invasora que ameaçam a biodiversidade brasileira
Desde a jaqueira ao lírio-do-brejo, ((o))eco lista as espécies invasoras de plantas que ocupam o maior número de unidades de conservação federais do país →

RS ainda vulnerável: reconstrução lenta e ações preventivas adiadas
É necessário acelerar a aplicação de recursos em projetos inovadores para fortalecer o estado frente a novos desastres →