Sem queima
A partir desta semana, os produtores de cana da região de Jaú, no interior de São Paulo, não poderão mais realizar a queima controlada da palha de cana-de-açúcar. A decisão é do juiz Gilberto Mendes Sobrinho, da 1ª Vara Federal da cidade, que, em sua sentença, proferida na última segunda-feira, declarou nula todas as licenças expedidas pelo governo estadual e vetou a liberação de novas. Como argumentos para sua determinação, Sobrinho citou o desequilíbrio ambiental causado pela monocultura, o lançamento de gases de efeito estufa e o prejuízo à biodiversidade local provocados pela queima e as doenças respiratórias ocasionadas em trabalhadores rurais. →
“Não é santuário”
Na tarde de terça, durante encontro com o presidente francês, Nicolas Sakozy, na Guiana Francesa, Lula soltou a seguinte frase: "Não somos daqueles que defendem a Amazônia como um santuário da humanidade". De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, Lula defendeu que é preciso adotar um modelo para preservar a Amazônia sem impedir que os habitantes da região tenham acesso a bens de consumo e ao mercado de trabalho. Para isso, a idéia dele é criar acordos de cooperação entre França e Brasil com o objetivo de estudar a biodiversidade da região. Ainda dentro das discussões sobre a Amazônia, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, defendeu uma solução equilibrada para o problema do desmatamento. Segundo ele, as discussões sobre a anistia de desmatadores ilegais foram feitas de maneira equivocada. →
Riqueza mantida
O governo francês vetou à empresa de mineração Iamgold o direito de explorar uma mina de ouro na Guiana Francesa. A natureza suspirou aliviada. A extração seria na região de Kaw, conhecida por sua riquíssima biodiversidade. Pesquisadores e entidades ambientalistas estavam preocupados com os fortes impactos ambientais que a atividade poderia ter na área. Segundo as autoridades francesas, o local é uma das pouquíssimas florestas do mundo que “ainda não foram fragmentadas pela ação do homem”. Os que vibraram com o veto, no entanto, lembram que o trabalho ainda não terminou: o próximo passo do governo deve focar nos caçadores, que ainda fazem a festa sem impedimentos. A notícia é do site Mongabay. →
Futuro próximo
Uma pesquisa divulgada neste domingo pelo jornal O Globo reforçou a celeuma causada no governo com os dados do desmatamento. De acordo com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia (Ipam), se a devastação continuar no ritmo atual, a maior floresta tropical do mundo pode perder 21% de sua cobertura verde em apenas 22 anos. Com isso, os períodos de chuva seriam ainda mais reduzidos, as emissões de gases estufa teriam um aumento brutal e a perda de biodiversidade seria incalculável. “Os danos para o planeta serão irreparáveis”, alertou um dos responsáveis pelo estudo, que aponta o avanço da agropecuária, a abertura de rodovias e a falta de fiscalização como fatores principais do desmatamento. →
Proteção no mar
A região do entorno das ilhas de Piúma e dos Franceses, no sul do Espírito Santo, vai ser vistoriada nos próximos meses por técnicos do Instituto Chico Mendes. O objetivo é observar nódulos formados pela deposição de calcário das algas, locais que abrigam rica biodiversidade. Espera-se, que, enfim, a área seja protegida. Mas como a região já é explorada para pesca e maricultura, o instituto já descartou a possibilidade de proteção integral. →
Critérios
As escolhas realizadas por consultores independentes foram baseadas em alguns critérios. Entre eles estão a proximidade das áreas propostas com outras unidades de conservação, a verificação de uma reserva legal na propriedade e a certeza que o espaço vai contribuir para a manutenção da biodiversidade e dos recursos hídricos. →
Quem faz mais?
O Fórum Econômico Mundial, em Davos, teve início nesta quarta-feira com a divulgação de um ranking dos países mais amigos do meio ambiente. Entre 149 nações, o Brasil ficou em 35º lugar. Quem abriu a lista foi a Suíça, local onde a reunião acontece. Uma rápida análise dos resultados indica que a riqueza é fator fundamental para alcançar uma maior sustentabilidade. Mesmo assim, os Estados Unidos amargaram a 39ª colocação, ficando atrás de países como Chile e Equador. As últimas cinco posições ficaram a cargo do continente africano. Os critérios para a elaboração da lista foram saúde ambiental, poluição do ar, recursos de água, biodiversidade, recursos naturais produtivos e mudanças climáticas. A notícia é da agência EFE e foi veiculada pela Folha Online. →
Antes rabo de tubarão do que cabeça de sardinha
Ainda ligada à França, a ilha de Mayotte, no Oceano Índico, consegue manter status de hotspot da biodiversidade. Não há dúvida que a natureza é o grande motor do turismo na ilha. →
História
A equipe do Plant Your Tree, formada pelo engenheiro florestal Ricardo Machado e seus três sócios, está acostumada a fazer replantio de espécies nativas da Mata Atlântica. Em 2001, quando a empresa ainda não existia, eles decidiram propor ao Ibama o projeto de formar um corredor de biodiversidade entre a Fazenda Santa Maria, o Parque Nacional de Foz do Iguaçú e a mata ciliar do lago formado pela barragem de Itaipu. Dois anos depois, o estado do Paraná ganhava uma faixa de floresta com quatro mil metros de extensão e 60 de largura. →
Realidade
Já é possível adquirir uma floresta virtual sem gastar nenhum centavo. A proposta é da empresa Plant Your Tree, que disponibilizou uma plataforma de negociação no site de relacionamento facebook. Patrocinado por firmas que disponibilizam os recursos destinados às novas mudas, o projeto prevê o plantio de um hectare a cada dez mil árvores vendidas. No momento, a área beneficiada é a microbacia do rio Tucano, no município de Santa Terezinha do Itaipu (PR). Disponibilizada pelo Ibama a partir do programa Corredor Trinacional de Biodiversidade, o local é um dos espaços escolhidos para servir de ligação com coberturas vegetais da Argentina e Paraguai. →
Dança das cadeiras
Mal começou o ano e se anuncia a primeira dança de cadeiras no Ministério do Meio Ambiente. Na liderança da Diretoria de Áreas Protegidas desde 2003, Maurício Mercadante cede o bastão a João de Deus Medeiros, professor de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina. Ele já vinha auxiliando o governo em estudos e implementação de áreas protegidas na Região Sul. Mercadante deve assumir cargo como assessor da secretária Maria Cecília Wey de Brito, na Secretaria de Biodiversidade e Florestas. →
Estava demorando
Passando por cima da resistência de ambientalistas e do bom senso, os Estados Unidos anunciaram que vão iniciar a exploração de petróleo e gás no Alasca, depois de 15 anos de moratória. O Minerals and Management Service (MMS) vai iniciar em fevereiro o recebimento de candidaturas para a exploração. Além da rica biodiversidade marinha, a região é o habitat dos ursos polares, que já prejudicados com o degelo polar, devem ser ainda mais ameaçados com os trabalhos. O governo, porém, diz que as explorações só vão ocorrer a 50 quilômetros da costa, o que não causaria riscos aos animais. A notícia é do Independent. →
Danos de Mauá
A usina hidrelétrica de Mauá vai barrar o rio Tibagi, um dos últimos sem intervenções no estado, e que circunda uma área considerada de mega biodiversidade para o Paraná. Por causa de inúmeras denúncias de fraudes no estudo de impacto ambiental, que subestimou os danos da obra, o empreendimento tem sido alvo de diversas ações na Justiça. →
Ilhas no deserto
No Peru existem maravilhas por todas as partes. Mas poucos conhecem o esplendor das lomas costeiras, uma mancha que concentra umidade e diversas espécies em um ambiente seco. →
Símbolos seguros
Enquanto os Estados Unidos comemoram a saída da águia-símbolo da lista de espécies ameaçadas, o Brasil resolveu o problema pela raiz, escolhendo um símbolo pra lá de ordinário. →
