Fotografia

A natureza na lente do geólogo, com Adriano Gambarini

Há 14 anos no ramo, Adriano Gambarini é um dos mais requisitados fotógrafos de natureza no país. E um dos poucos que consegue belas imagens do mundo subterrâneo.

Redação ((o))eco ·
14 de julho de 2006 · 18 anos atrás

Algumas pessoas parecem ter nascido para se dedicar à arte de fotografar a natureza. Adriano Gambarini é uma delas. Profissional há 14 anos, ele já tem um arquivo com 45 mil imagens, muitas das quais relativas à biodiversidade brasileira. É autor de seis livros e conta no currículo com artigos publicados em revistas nacionais e estrangeiras, como a National Geographic e a GEO Magazine. Entre suas principais obras, destacam-se “Natureza, Conservação e Cultura: um ensaio sobre a relação do homem com a natureza no Brasil”, “No Caminho da Expedição Langsdorff”, “Parque Nacional da Serra da Capivara” e “Ouro de Minas”. O fascínio pelo mundo e suas paisagens também o levou a publicar “Camboja”, que faz parte de um projeto de uma coleção de livros sobre países asiáticos e africanos. Viajante inveterado há 20 anos, já documentou todo o Brasil e 17 países. Este conhecimento de campo o faz trabalhar freqüentemente como editor fotográfico e repórter de guias de turismo.

Na área ambiental, documenta o Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco para o Ministério do Meio Ambiente, além de expedições de estudo de fauna e ecossistemas para o Instituto Pró-Carnívoros, Instituto Terra Brasilis, Conservation International e IBAMA.

Geólogo por formação, espeléologo e mergulhador, Gambarini acompanhou pesquisas científicas durante cinco anos no Vale do Ribeira, Chapada Diamantina e Bonito. Esta técnica aliada a um conhecimento em iluminação o tornou referência na fotografia de cavernas. Uma imagem, disponível na galeria de fotos aqui de O Eco, foi vencedora do XXIII Prêmio Internacional de Espeleologia, na Espanha, ano passado.

“A fotografia é um conceito, não apenas uma forma. Técnica e tecnologia todos tem acesso, mas o feeling impresso na alma, e que nos conduz a olhar as cenas de outra maneira, devemos entender com o coração. É um modo afinado de ver a beleza subliminar deste mundo em que vivemos”, diz.

Leia também

Notícias
20 de dezembro de 2024

COP da Desertificação avança em financiamento, mas não consegue mecanismo contra secas

Reunião não teve acordo por arcabouço global e vinculante de medidas contra secas; participação de indígenas e financiamento bilionário a 80 países vulneráveis a secas foram aprovados

Reportagens
20 de dezembro de 2024

Refinaria da Petrobras funciona há 40 dias sem licença para operação comercial

Inea diz que usina de processamento de gás natural (UPGN) no antigo Comperj ainda se encontra na fase de pré-operação, diferentemente do que anunciou a empresa

Reportagens
20 de dezembro de 2024

Trilha que percorre os antigos caminhos dos Incas une história, conservação e arqueologia

Com 30 mil km que ligam seis países, a grande Rota dos Incas, ou Qapac Ñan, rememora um passado que ainda está presente na paisagem e cultura local

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.