João Marcos Rosa, 26 anos, é um fotógrafo promissor, e mineiro. Formado em jornalismo e com pós-graduacão em políticas culturais, tem bons trabalhos em seu arquivo. Está na profissão a menos de 10 anos, mas já colabora com algumas revistas especializadas em meio ambiente e foi premiado em concursos de fotografia de paisagens e árvores floridas. Isto não seria necessariamente representativo de qualidade fotográfica, se seus passos não medissem uma incansável busca por cenas inusitadas envolvendo a vida selvagem brasileira. Neste ensaio, acompanha uma ousada pesquisa de conservação de harpia, imponente ave de rapina dos céus amazônicos.
Mais, aponta uma procura por temas que fogem do massificado movimento no mercado de fotografia de natureza, que nos últimos anos vem formando documentaristas, “registradores de bichos e paisagens” e adeptos dos automáticos tecnológicos dos equipamentos. Além, obviamente, da produção de livros de espécies ditas ameaçadas ilustrando as livrarias, mas que nada realmente novo revelam para emocionar os olhos, o que denota a rareada formação de fotógrafos no conceito da palavra. Mas algumas fotos de João me chamaram a atenção; ele pode estar no caminho certo, no clique certeiro do movimento impassível das matas, logicamente dependendo apenas de acreditar em seu próprio modo de ver a natureza. Não apenas olhar.
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