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A ética do tiro

Há alguns meses, saiu aqui no Eco.Net notícia sobre nova modalidade de caça nos Estados Unidos, a remota, na qual o caçador, sentado na frente de um computador, mira e abate a presa com o seu mouse. O negócio funciona no Texas e está atraindo caçadores de escrivaninha por todo os Estados Unidos. O The Washington Post reporta que criou-se uma estranhíssima aliança no país contra esse tipo de caça, um arco-íris ideológico que inclui desde ambientalistas à deputados federais republicanos ultra-conservadores, passando pela poderosa National Rifle Association, braço de lobby da indústria de armas de fogo. O que os une não é a luta contra caçadores, mas a percepção de que caçar pela Internet levanta questões morais e éticas que embora talvez não sejam muito claras, nem por isso são menos sérias. Um republicano que introduziu projeto de lei para banir a prática diz que uma sociedade que aceita atirar para matar à distância, separando o atirador da vítima e da arma, está dando sinais de que ela tem sérios problemas. É o passo final na direção da banalização da morte. Mesmo para os conservadores, atirar exige algum tipo de ética.

Manoel Francisco Brito ·
9 de maio de 2005 · 19 anos atrás

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