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18 Sambas-enredo do Meio Ambiente

Carnaval e meio ambiente têm uma longa história que, há anos, é contada nas letras de sambas-enredos. Veja aqui trechos que encantaram e encantam carnavais passados e presentes.

24 de fevereiro de 2017 · 8 anos atrás

Quem disse que carnaval não combina com meio ambiente talvez nunca tenha dado uma olhada mais de perto nas letras de sambas-enredos, que encantaram e encantam carnavais passados e presentes. Historicamente, a ligação das escolas de samba do Rio de Janeiro com a temática ambiental recebeu um “incentivo” devido a um quesito antigo no regulamento, que coercitivamente determinava que os enredos desenvolvidos pelas agremiações tivessem delimitação apenas nacional, mas mesmo após a liberação das fronteiras criativas, a natureza brasileira continua inspirando o imaginário dos sambistas. Confira:

Na vida sou a fonte de energia
Sou chuva, cachoeira, rio e mar
Sou gota de orvalho, sou encanto
E qualquer sede eu posso saciar

Mocidade Independente de Padre Miguel, 1991 – Chuê, Chuá, as águas vão rolar


Amazônia
Que verde encantador
Fauna tão linda
Um verdadeiro festival de cor

Lins Imperial, 1991 – Chico Mendes, o arauto da natureza


Amazônia Terra Santa
Dos igarapés, mananciais
Alimenta o corpo, equilibra a alma
Transmite a paz

Beija Flor, 2004 – Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz


Terra rica em frutos e pesca
Chico foi o mensageiro
Em defesa da floresta

Lins Imperial, 1991 – Chico Mendes, o arauto da natureza


Voa pássaro da paz
Voa livre e vai mostrar
Que essa área verde existe
Para o mundo respirar

Lins Imperial, 1991 – Chico Mendes, o arauto da natureza


Se Deus me deu vou preservar
Meus filhos vão se orgulhar
A Amazônia é Brasil, é luz do criador
Avante com a tribo Beija-Flor

Beija Flor, 2004 – Manôa, Manaus, Amazônia, Terra Santa: Alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz

Se não cuidar
Da fonte das águas, dos rios
Da fauna, da flora, do ar e do mar
Pra que toda forma de vida
Tenha sobrevida pra perpetuar.

Império Serrano, 2005 – Um grito que ecoa no ar. Homem/Natureza – o perfeito equilíbrio


Deixe prevalecer o bem
Contra todas ações do mal
Preservar é sobreviver
Antes que chegue ao seu final.

Império Serrano, 2005 – Um grito que ecoa no ar. Homem/Natureza – o perfeito equilíbrio


Vamos usar a ciência
Com mais consciência no nosso habitat
Tornando o nosso planeta
Um lar aprazível pra gente morar

Império Serrano, 2005 – Um grito que ecoa no ar. Homem/Natureza – o perfeito equilíbrio

Quem chamou de São Francisco foi navegador
Na serra, ele nasce pequenino
Ilumina o destino, vai cumprir sua missão
Se expande pra mostrar sua grandeza
Gigante pela própria natureza

Mangueira, 2006 – Das águas do São Francisco, nasce um rio de esperança


Água, fonte eterna da vida
Terra, templo da evolução
O homem surgiu, brincou de criar
Descobriu tanta riqueza
É preciso progredir sem destruir
Viver em comunhão com a natureza

Portela, 2008 – Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: o sonho vira realidade


Onde na pesca ou na plantação
Pedras preciosas ou mineração
Rios cachoeiras e cascatas
Frutos pássaros e matas
Enobrecem a nação

Mangueira, 1970 – Um Cântico à Natureza


Eu sou a água, sou a terra, sou o ar
Sou Portela
Um sonho real, um grito de alerta
A natureza que encanta a passarela

Portela, 2008 – Reconstruindo a Natureza, Recriando a Vida: o sonho vira realidade


Com a chegada do progresso
Abalando a estrutura mundial
Poluindo nossa terra

Salgueiro, 1979 – O Reino encantado da mãe natureza contra o reino do mal

E quem sofre é a Nação
Nesta batalha
Onde não há vencedor
E a Natureza
Com seu cenário multicor
Refloresce novamente
Com todo seu esplendor

Salgueiro, 1979 – O Reino encantado da mãe natureza contra o reino do mal

Deixa me encantar, com tudo teu, e revelar, lalaiá lá
O que vai acontecer nesta noite de esplendor
O mar subiu na linha do horizonte, desaguando como fonte
Ao vento a ilusão desce
O mar, ô o mar, por onde andei mareou, mareou

Portela, 1981 – Das maravilhas do mar fez-se o esplendor de uma noite

Salve o verde do Xingu… a esperança
a semente do amanhã… herança
o clamor da natureza
a nossa voz vai ecoar… preservar!

Imperatriz Leopoldinense, 2017 – Xingu, o clamor que vem da Floresta


O Belo Monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios
Tanta riqueza que a cobiça destruiu

Imperatriz Leopoldinense, 2017 – Xingu, o clamor que vem da Floresta

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