Entidades civis e pesquisadores esperam que a revisão do Plano Nacional sobre Mudanças do Clima, em 2010, já englobe medidas como o REDD e reconheça o papel de unidades de conservação no combate às mudanças do clima. O assunto foi discutido hoje em Brasília, com a presença do pesquisador Britaldo Soares Filho, do Instituto de Geociências da UFMG. Conforme ele, 37% da redução no desmatamento na Amazônia registrada desde 2004, de 53%, se deve à criação de unidades de conservação. Sem esquecer do desaquecimento da agropecuária e ações oficiais. Além disso, 54% do Carbono estocado na floresta está dentro de unidades de conservação e terras indígenas. Os custos para manejo dessas áreas é estimado em US$ 142 bilhões, até 2050. Mesmo assim, diz Britaldo, combater o aquecimento planetário criando e mantendo áreas protegidas é até 10% mais efetivo e mais barato do que atuar em outros setores, sem esquecer de agir para cortar emissões nos mesmos.
Saiba Mais
Ouro verde
Entrevista Robert Costanza
Acre adere aos mecanismos de REDD
Leia também
Acre adere aos mecanismos de REDD
Acre divulga plano de pagamento por serviços ambientais que prioriza gestão de áreas protegidas, assistência rural e certificação ambiental. O dever de casa deve resultar na redução de 60 milhões de toneladas de carbono em 15 anos. →
Entrevista Robert Costanza
O pesquisador Robert Constanza sugere que o sucesso das economias não deve ser medido pelo valor do PIB dos países, mas por uma outra referência chamada de Indicador Genuíno de Progresso →
Ouro verde
Pesquisa do Ipam mostra que barrar o desmatamento na Amazônia pode render 40 bilhões de dólares ao Brasil e evitar que país lance 4,8 bilhões de toneladas de carbono equivalente no ar. →