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Por enquanto, o mato venceu
A justiça federal concedeu liminar proibindo a derrubada de 4 mil hectares de Mata Atlântica em região na fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. O corte daria início a etapa final de construção da Usina Hidrelétrica de Barra Grande e desde quinta-feira 400 pessoas acamparam no local para impedir que as árvores fossem ao chão. O juiz Osni Cardoso Filho, da 3ª Vara Federal de Florianópolis, anulou a permissão do Ibama para o desmatamento e proibiu o órgão de conceder qualquer outra licença para a obra.Como uma decisão judicial anterior tinha proibido o corte de árvores ameaçadas de extinção na região, a liminar exige que o ministério público investigue se o Ibama desrespeitou a Justiça e ameaça o órgão com processo criminal. O pedido para a suspensão do desmatamento faz parte de uma Ação Civil Pública da Rede de ONG's da Mata Atlântica e Federação das Entidades Ecologistas de Santa Catarina contra a obra da usina de Barra Grande. O relatório de impacto ambiental do projeto omitiu que uma gigantesca área de Mata Atlântica primária seria inundada com a conclusão da obra. A fraude foi descoberta quando a represa estava pronta, mas antes que ela fechasse as comportas. E no mês passado o governo deu o sinal verde à usina, com base num acordo de compensação ambiental negociado pelo ministério público.