Notícias

Energia limpa contestada

Parte de um estudo da União Européia que estava escondido e agora foi revelado pela Reuters mostra que certos biocombustíveis podem ser até quatro vezes mais poluentes que diesel.

Redação ((o))eco ·
22 de abril de 2010 · 16 anos atrás

Um pedaço escondido de um estudo controverso da União Européia sobre o impacto das energias renováveis no meio ambiente, divulgado em dezembro passado, veio agora à público pela agência de notícias Reuters e mostra que os biocombustíveis podem ser até quatro vezes mais poluentes que o diesel normal.
O estudo levou em consideração a “pegada” carbônica dos biocombustíveis, isto é, o quanto foi emitido para que ele fosse produzido. O combustível feito a partir do grão da soja nos Estados Unidos, por exemplo, tem uma pegada de carbono indireta de 339,9 kg de CO2 liberado para cerca de 280 quilowatts/hora produzido – quatro vezes mais do que o diesel convencional, segundo documento da União Européia.

O biodiesel europeu feito de um tipo específico de couve tem pegada carbônica indireta de 150,3 quilos de CO2 por 280 quilowatts/hora produzidos, enquanto o cálculo do bioetanol europeu feito de beterraba é de 100,3 quilos – ambos ainda bem mais altos do que o gasto do diesel convencional ou da gasolina, que soma 85 quilos de CO2. Os mais limpos continuam sendo o bioetanol de cana-de-açúcar vindo da América Latina, e o feito de óleo de palma do Sudeste Asiático, com 82,3 quilos e 73,6 quilos respectivamente.

Os dados faziam parte de um anexo do documento da União Européia que foi retirado do relatório oficial de dezembro. A agência internacional Reuters usou a lei de liberdade de informação para conseguir uma cópia. (Cristiane Prizibisczki)

 

Leia também

Notícias
19 de dezembro de 2025

STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas

Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas

Análises
19 de dezembro de 2025

Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal 

Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção

Reportagens
19 de dezembro de 2025

Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional

Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.