Salmão pirata

O Ministério Público do Estado de Pernambuco começou a apurar as denúncias feitas pela revista Época em agosto de 2003 sobre publicidade enganosa e riscos à saúde do salmão vendido no Brasil. A reportagem afirmava que esse tipo de peixe é colorido artificialmente com substâncias que, em larga escala, podem causar problemas de visão e alergias. A prática de tingir o salmão se deve ao fato de que, quando criado em cativeiro, o peixe não consegue adquirir sua cor natural - conseqüência de uma alimentação em águas oceânicas rica em camarão e krill. Por isso, ele fica acinzentado e vale muito menos no mercado. Quase todo o salmão consumido no Brasil vem de fazendas subaquáticas americanas, onde 95% dos peixes dessa espécie são coloridos artificialmente. O MP Federal ainda não entrou no caso porque não o considera de interesse da União. A procuradora do MP de Recife vem pedindo registros de investigação em diversos estados para saber se já houve outros pedidos de apuração no Brasil.